Em todas as atividades existem bons e maus profissionais. Em toda a comunidade, onde convivem diversos tipos de pessoas, existem as de boa índole e as de má índole. Dentre vários profissionais, de uma mesma carreira, existem os honestos e os desonestos. Não se poderia achar que as Forças Armadas estariam blindadas ou imunes a acontecimentos, que possam envolver pessoas desonestas. Isso seria um grande equívoco.
Porém, o caso que veio a tona durante um programa jornalístico hoje (24 de junho) chama a atenção pelo inusitado. O Ministério Público Militar, do qual nunca tive a menor dúvida sobre a seriedade de seus integrantes, leva ao conhecimento da imprensa um fato administrativo, de superfaturamento em licitações no Hospital Central do Exército que ocorreram em 1995. Não errei! 1995, portanto, há dez anos atrás.
Não tenho o direito de achar que está havendo um erro, e que isso não poderia ter acontecido. Lógico que sim. Porém, essas contas, essas licitações, já passaram, pelo tempo decorrido até mesmo pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e provavelmente foram aprovadas.
O momento que atravessamos, onde está em evidência a corrupção no meio político, nada melhor que uma acusação de corrupção no meio militar.
Gostaria que essa acusação fosse acompanhada pela imprensa para que a notícia dada não caia no imaginário popular de que houve improbidade administrativa no HCE. Que os militares, de altas patentes, como noticiou o Jornal Hoje, também se utilizaram de meios espúrios para auferir ganhos ilícitos. No popular... também roubaram. É importante que se tenha a noção exata dos acontecimentos. Havendo culpa que se saiba, o que provavelmente acontecerá, mas, se os agentes da administração do HCE vierem a se explicar e a Justiça Militar não aceitar a denúncia ou vier a absolver os militares envolvidos, que a população também seja informada.
Claro que pode ter acontecido, mas no mínimo o fato está estranho.