993300>A notícia - "Filho de Pelé preso com gangue" - publicada hoje na última página do Jornal de Notícias, surpreende o mais incrédulo dos cidadãos:
"O filho do jogador de futebol mais famoso do mundo, Pelé, foi preso, ontem, acusado do tráfico de drogas e de pertencer a uma organização criminosa do Rio de Janeiro que pode ser responsável pela onda de sequestros sobre mães de jogadores de futebol que ocorreu nos últimos tempos no Brasil. Além do filho de Pelé, Edison Cholbi do Nascimento, mais conhecido por Edinho, foram detidas ainda mais 50 pessoas".
Como é possível?... É. O mundo actual não cessa de espantar além de todos os limites e colocar a humanidade em inquietante estado de alerta, tanto mais que não se vislumbra método curial que estanque eficientemente a criminalidade advinda do uso e reabuso de narcóticos. O entretecimento social dos estupefacientes pode atingir indiscrimidamente todas as famílias e colectividades. Não há costura imune a semelhante praga.
Para combater a droga, as organizações que por todo o lado voluntariamente vão surgindo, estribam-se desde logo em parâmetros de continuidade. Daí, como o combate passa a ser um excelente negócio, desde logo também se expande o trauma do bombeiro incendiário. No momento e em todo o planeta, há mais "salvadores" do que vítimas tóxico-dependentes e criminosos. O miserabilismo instala-se tacitamente nas sociedades.
Edinho, embora disponha da ilimitada possibilidade de ser um cidadão proveitoso e notável, tem sido para Pelé um problema permanente. Em 1999, foi condenado a seis anos de prisão por homicídio cometido sobre um aposentado que atropelou em circunstância assaz criminosa. Enfim... Até quando Edinho continuará a guiar contra o pai?...
António Torre da Guia |