AOS MEUS IRMÃOS DE ARMAS E VELHOS COMPANHEIROS DE LONGAS JORNADAS
Estou muito indignado com o que estão fazendo com as nossas Forças Armadas, notadamente ao nosso Exército submetendo-o de maneira revanchista ao desprezo e a penúria.
No entanto mais decepcionado estou com irmãos de armas ativos, que parecem estar descrentes e apáticos sem apresentarem nenhum gesto de oposição aos desmandos e descalabros dos canalhas e poltrões derrotados em 64 e agora no poder.
Há sempre uma maneira de se contrapor as decisões espúrias e sem conteúdo justo o legal. Não se esqueçam que a HONRA, o DEVER e o PATRIOTISMO - são as questões eternas que importam para uma nação. Observem que no presente está o acontecimento e no futuro a conseqüência.
Consta que a manifestação mais viril da raça era um atributo da carreira das armas, mas agora meus irmãos de armas, parece-me que não estamos conseguindo nem mesmo conservar os nossos instintos agressivos sem mantermos os instintos de defesa. Isto é crucial para uma comunidade castrense.
Alguns estão se entregando, se deixando intimidar, talvez sem sentir, sendo anestesiados ou seduzidos pelo príncipe das trevas, de plantão no governo, acatando ou aceitando as decisões espúrias e desmoralizantes daqueles canalhas e poltrões.
Tudo indica que aceitam até mesmo a afirmação de Martin Buber - “Não se tem mais escolha a não ser a escravidão voluntária ou a rebelião inútil.” Vivem a sua morte morrendo a sua vida.
Aqueles que toleram os desmandos dos canalhas, embusteiros e mistificadores do poder terminam aceitando o engodo das palavras do príncipe e vão aderindo as suas seduções. Alguns outros chegam a escolher as opções ideológicas que os poltrões lhes ofertam –Direita ou Esquerda – e se esquecem da virtude que está no Centro.
Esses nunca atentaram para a declaração de Ortega e Gasset (A Rebelião das Massas) quando afirmou que: “Esquerda e Direita são duas opções para os imbecis”, mas esqueceram de observar mais atentamente os argumentos dos militantes de ambos os lados(Esquerda - Direita) onde é mostrada com freqüência que seus raciocínios partem de pressupostos fundamentalmente diferentes.
Tais pressupostos - muitas vezes implícitos – são os que oferecem a consistência existente por trás da repetida oposição de indivíduos e grupos em inúmeras questões não relacionadas. Eles têm visões diferentes de como funciona o mundo. Para se ver como são inconstantes e sem caráter os poltrões agora, em termos políticos, estão formando parcerias e alianças de grupos diferentes, ocultando interesses divergentes e sempre com objetivos e metas excusas e obscuras.
Nós das lides castrenses aprendemos que a verdadeira glória consiste essencialmente em SERVIR e não em DOMINAR. Sabemos, no entanto que embora sendo o homem pelos seus selvagens antecedentes, estúpido e mau, torna-se necessário uma autoridade que crie a moral social sob pena de castigo.
Aí perguntam os hipócritas: Mas, e a liberdade? - A liberdade não é o direito de fazer o que se quer e sim a oportunidade de fazer o que se deve. Liberdade não é permissividade, é um produto do saber social e da disciplina consciente.
Assim é interessante aqui citar uma expressão de Nietzsche, quando afirma que: “Para o verdadeiro homem de guerra soa mais agradavelmente “TU DEVES” do que “EU QUERO”.
Está na hora meus caros irmãos de armas, e, companheiros de longas jornadas de apresentarmos um protesto, uma reação e nos unirmos contra os inimigos gratuitos e canalhas de sempre, para não permitirmos que nos intimidem e tentem atingir a honra de nossas Forças Armadas, que é a expressão da Alma Nacional.
Não podemos perder nossas qualidades sociais e nem nossas virtudes viris. Vamos restaurar e preservar os nossos valores. Na realidade o que está faltando é um grito forte e enérgico para que saibam que estamos vivos e atentos. Muitas vezes é necessário gritar para que ouçam e bater para que sintam.
Estas são verdades tão simples que se tornam monótonas ter de repeti-las para aqueles que propositadamente não desejam escutar e às vezes são insensíveis ao tato.
A propósito, existe um dito popular no nosso adagiário brasileiro, que afirma: – “Por falta de um grito muitas vezes se perde um rebanho” - É muito oportuno também relembrar as palavras do Cardeal de Retz, complementadas pelo senhor Barrit:
“QUANDO OS QUE TÊM O PODER PERDEM A VERGONHA OS QUE OBEDECEM PERDEM O RESPEITO” e “NÃO SE PODE CHEGAR A UM FIM MORAL POR MEIOS IMORAIS.”
Os canalhas e os poltrões são atrevidos e corruptos, mas, acima de tudo covardes e quando sentem uma reação, vão como os ratos se esconder nos buracos.
Certa vez, li no nosso jornal-trincheira “Ombro a Ombro” uma frase muito sugestiva citada por um dos nossos companheiros, que dizia:
“A OMISSÃO DOS VALENTES E HONESTOS É QUE PERMITE A VITÓRIA DOS POLTRÕES”.
Parece-me que estamos acordando, depois de muito sermos insultados, mas, a Mídia distorcida, manipulada, conduzida e paga, não dá trégua, porém não pode nos calar. Pelo menos o Presidente do Clube Militar e outros já se manifestaram, embora de uma maneira tímida. Temos que apóia-los incondicionalmente em qualquer circunstância. Lembrem-se que “A UNIÃO FAZ A FORÇA”. É a hora de exigirmos o respeito e a consideração que nossas Forças Armadas merecem com muita honra. Não podemos continuar cegos, surdos e mudos.
E para complementar, gostaria de relembrar àqueles que dirigem, administram e comandam, as palavras de Napoleão Bonaparte aos seus Generais:
“UM COMANDANTE-CHEFE NÃO PODE DAR COMO DESCULPA PARA SEUS ERROS NO CAMPO DE BATALHA UMA ORDEM EMITIDA PELO SEU MINISTRO OU PELO SEU SOBERANO, QUANDO A PESSOA QUE DÁ A ORDEM ESTÁ AUSENTE DO CAMPO DE OPERAÇÕES E TEM APENAS MEIA-CONSCIÊNCIA OU CONSCIÊNCIA NENHUMA DAS ULTIMAS EVOLUÇÕES DOS ACONTECIMENTOS.
SEGUE-SE DAÍ QUE TODO COMANDANTE-CHEFE QUE LEVA A CABO UM PLANO QUE CONSIDERA FALHO, INCORRE EM ERRO; SUA OBRIGAÇÃO É A DE ARGUMENTAR, É A DE INSISTIR PARA QUE O PLANO SEJA ALTERADO E, ENFIM, É A DE DEMITIR-SE PARA NÃO SERVIR DE INSTRUMENTO DA DERROTA DE SEU EXÉRCITO”.
E falando de Napoleão Bonaparte lembrei-me também de um de seus generais –TURRENE- que na iminência de uma decisiva batalha, tremia que só vara verde, de medo, mas mesmo assim pediu a sua montada e com a espada em riste falou para que todos lhe ouvissem:
“TREME VELHA CARCAÇA E TREMERÁS MAIS AINDA QUANDO SOUBERES AONDE VOU TE LEVAR”, e ao comando de CARGA (o grito) conduziu sua tropa a batalha.
É muito sugestivo.
E por último, um alerta aos detratores, canalhas e poltrões, é bom atentar para um dito do Oriente – Médio:
“NÃO SE DEVE INSULTAR OU PROVOCAR UM POVO (UMA INSTITUIÇÃO) PACATO, PORQUE SERÁ MUITO DIFÍCIL CONTROLÁ-LO QUANDO SE ENFURECER”.