O debate sobre o desarmamento está sendo conduzido pelos senhores apenas em alto nível. Infelizmente, um nível fora do alcance da esmagadora maioria dos votantes no referendo que se aproxima.
É necessário então, que algo seja dirigido também para esta camada da população, sob pena de haver uma fragorosa derrota dos que defendem o direito à legítima defesa.
Li em algum lugar há algum tempo, uma estatística que procuro agora reproduzir aproximadamente de memória:
Do total de homicídios praticados com arma de fogo no Brasil
50% seriam praticados pela polícia;
45% por bandidos e
2% por magistrados, membros do Ministério Público, militares, policiais, seguranças, etc.
3% restariam então para os crimes passionais, brigas de trânsito, brigas de bar, conflitos de vizinhos, tiros acidentais, etc.
Ou seja, 97% dos homicídios continuariam a ser praticados normalmente, simplesmente porque seus agentes não seriam alcançados pelo desarmamento. Sendo que com o conseqüente aumento da audácia dos bandidos, pode se esperar até mesmo um agravamento da situação.
A confirmação desta estatística por um órgão sério é urgente. Se confirmada, o desarmamento estaria ferido de morte.
Caso contrário, prevalecerá a mentira que tem sido divulgada insistentemente de que a esmagadora maioria dos homicídios com arma de fogo são cometidos por pessoas sem antecedentes. O que faz a população acreditar em uma redução de mais de 50%.
Boa sorte a todos nós.
José Salústio Amaral"
(Texto extraído de http://midiasemmascara.org/cartas.php)