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DA MULHER DE LÓ
Pensar muito em passado e futuro rouba parte do tempo produtivo. Algumas mensagens parentais e letras de músicas, no entanto, reforçam tal possibilidade.
E algumas características astrológicas no mapa astrológico de uma pessoa contribuem para a tendência de se permanecer em terreno conhecido. Para deixar as coisas como estão ou esperar que aconteçam do acaso, para não se aventurar no desconhecido.
A predominância do elemento terra fortalece vínculos materiais, situações tradicionais e o conservadorismo. E do elemento água aumenta o peso dos vínculos afetivos e emocionais.
Mas tem hora que seria melhor abençoar e agradecer ao passado e deixá-lo em seu lugar. Lá, bem para trás, à beira do caminho, ainda mais quando traz inibição, limitação, tristeza ou desesperança.
E, então, esperar o melhor do futuro e pensar que pode trazer situações novas e diferentes. E viver o momento presente porque "o melhor lugar do mundo é aqui e agora".
O medo de mudar, a insegurança e o comodismo prendem ao passado, impedem a abertura de outras portas e a vivência de opções originais.
Adiam outras escolhas.
Pode não ser fácil mas é possível, é revitalizador "queimar meus navios" e partir de um jeito diferente em busca de outro porto, cumprir a travessia simbolizada na carta do "seis de espadas": já se deu a partida, não tem mais volta.Vai-se ao sabor das ondas no meio oceano e ainda não se sabe como e onde aportar mas novidades estão à frente.
Assim, ao sentir-se canceriana, saudosa e romanticamente tentada a se abraçar aos doces, conhecidos, sedutores e nostálgicos braços do passado, quando o inconsciente se embala ao som de antiga cantiga "já conheço os passos desta estrada, sei que não vai dar em nada, seus segredos sei de cor" , ali pode estar outra opção: pensar no simbolismo da história bíblica da mulher de Ló, que quando criança eu ouvia impressionada, sentadinha no banco da Igreja. Embora advertida, a mulher de Ló não resistiu, olhou para trás e... ... deu no que deu: virou uma estátua de sal. A aridez do sal e a paralisia (estátua) que moram no medo “pavloviano” de que se repita experiência difícil ou dolorosa.
Pode-se, congelada na insegurança dos ventos da mudança e confortavelmente (ou não) instalada na cautelosa poltrona "do elemento terra", do já vivido, "alguém me avisou pra pisar neste chão devagarinho"... ... relutar à repetição e reafirmação do já experimentado e por um outro lado, alimentar a aquariana vontade de seguir em frente,livre,leve e solta de amargas amarras passadas.
Há momentos quando é preciso firmemente pedir:
Eu estou liberta da "síndrome do café requentado". Encomendar ao Cosmos, um pó de café novo e fresquinho para saborar e reanimar com alegria, em boa e fértil companhia.
“Hoje eu vou fugir de casa...Vou deixar alguma coisa velha esparramada pelo chão”...