Usina de Letras
Usina de Letras
35 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63217 )
Cartas ( 21349)
Contos (13301)
Cordel (10360)
Crônicas (22579)
Discursos (3248)
Ensaios - (10672)
Erótico (13592)
Frases (51733)
Humor (20173)
Infantil (5600)
Infanto Juvenil (4942)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141303)
Redação (3357)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2442)
Textos Jurídicos (1966)
Textos Religiosos/Sermões (6355)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->Chefes militares: ainda existem? -- 27/04/2005 - 14:12 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Unidos em torno dos chefes



José Magalhães (*)



"Devemos nos manter unidos em torno dos chefes."



Quantas vezes ouvi esta frase !



E nós nos mantínhamos... e nós nos mantivemos... talvez ainda haja os que se mantém.



Eu, porém, já não vejo sentido - não nessa união, mas no "em torno".



Cheguei à conclusão que a união em torno dos chefes só serviu para protegê-los. É, proteger a eles, a suas carreiras, aos cargos que ocupavam e

às mordomias que desfrutavam. Nossa união e nossa disciplina serviu apenas de anteparo à fragilidade de suas lideranças.



Lideranças ? Não, lideranças não ! Comandantes, por hierarquia, e chefes, por uma questão funcional; mas líderes, por respeito, por

competência, por confiança, por apreço... jamais ! Justamente por faltar-lhes a liderança, conclamavam-nos. Se a tivessem, bastaria nos

apontar o caminho. Não souberam fazê-lo, não souberam nos conduzir, nos liderar.



Mantivemo-nos unidos... parados... estaganados... cercando-os... protegendo-os. Nossa pseudo-união foi o blefe que permitiu continuarem no carteado de suas realizações pessoais. Nos enganaram, não cuidaram de nossos

destinos - que lhes confiamos. Nos faltaram, não foram leais conosco !



Hoje, o que temos, o que somos ?



Uma Força de moral elevada, de combatentes prontos a orgulhosamente

darem suas vidas pela mãe-pátria, liderados por homens da estirpe de Caxias, Osório e Sampaio ? Nada disso ! Mais parecemos um sindicato de homens fardados, com nossas mulheres fazendo passeatas, panelaços, e com nossos

pelegos, de duas, três e quatro estrelas, esquecidos de nosso passado, a nos

pedirem paciência, a justificarem a burocracia de um Estado entregue à predação de uma nomenklatura corrupta, incompetente e revanchista.



Mas... talvez, nos últimos anos, jamais tenha havido uma oportunidade como esta para recuperar nossa dignidade: a opinião pública e a

midia, mesmo aquela comprada e comprometida, reconhecem razão em nossas reinvidicações salariais. Bastaria que os Comandantes das três Forças reunissem a imprensa e apresentassem a renúncia a seus cargos, coletivamente, por não terem mais condições morais de comandar homens aos quais mentiram, respaldados em promessas de ministros e presidente. Os que lhes sucedem assumiriam interinamente, mas nenhum militar, da ativa ou da reserva, aceitaria nomeação para seus cargos. Tropa de prontidão... os

clubes das Forças em assembléia permanente... o resto seria conduta.



Talvez voltássemos a ser respeitados. Talvez voltássemos a respeitar e acreditar em chefes.



(*) Coronel páraquedista, da Reserva do Exército Brasileiro









Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui