Nasci católica por tradição e sempre cumpri os preceitos da Santa Madre Igreja, a exemplo materno, pois meu pai não professava religião nenhuma.
Minha mãe era afeiçoada às imagens de Maria e a todos os santos possíveis e imagináveis. E eu cresci assim, naquele mundinho místico de “Pai-Nosso e Ave-Maria”.
Não... Nem por sonho pense que estou fazendo troça, leitor querido. Ao contrário: sempre respeitei, e respeito a fé de qualquer pessoa.
E a religião faz parte da “LIBERDADE DE ESCOLHA”. Portanto é algo que deve ser respeitado; mesmo aqueles fanáticos declarados, mesmo os que, por paranóia, ou falta do que fazer, vivem pregados na porta da Igreja, mesmo os que, em praça pública, ou na insistência em portas alheias, achando que têm o direito de evangelizar os incautos, ou as ovelhas desgarradas... Mesmo estes, senhores, têm de ser respeitados na sua “boa fé”, pois a ignorância não escolhe lugar.
Mas este discurso me veio, ao olhar, e relembrar, a face plácida do Papa que se foi... João de Deus... João Paulo II.
Que homem foi esse, que uniu tantos em sua despedida para o além?
Percebi, principalmente nas escolas, que é onde milito mais de perto, que até a criançada ficou a conhecer melhor e admirar o Papa Peregrino.
Seria a mídia? Ou o carisma inato daquela nobre criatura?
O que foi, não sei bem... Mas compreendi, mais uma vez, que não é bem a religião que aproxima o homem de seu Criador; mas o Criador se comunica com suas criaturas, através de mensageiros assim, como este Papa, tão simpático, onde a humildade e a nobreza confundiam-se como um único sentimento.
O Papa que o seguiu, certamente terá um grande trabalho pela frente... A LUZ de João permanece no ar...