Ao lermos um jornal, percebemos que predominam más notícias; se ligamos a TV, predominam os filmes de violência; as novelas sustentam e se sustentam na exploração do emocionalismo do povo e da tendência popular para a alienação, para a ilusão.
Entre as más notícias da mídia estão o mau desempenho dos políticos ou, ainda pior, o desempenho egoístico deles - agindo no interesse próprio -, ou ainda muito mais danoso: o desempenho criminoso deles.
Muitas praticam o que denomino de "crime gerador": um tipo de crime que se multiplica em muitos outros crimes, "os crimes gerados" pela falta de condições mínimas de sobrevivência praticados pelos menos favorecidos, a menos, é claro, que derivem para a mendicância, também um grande mal, pois privam as pessoas de ter um meio de subsistência e privam a coletividade do potencial, da energia de que cada pessoa é detentora.
O cinema e a TV não estão interessados em motivar as pessoas para cuidar de si próprias e, depois, em decorrência disto, estarem mais aptas a cuidar da construção de um mundo melhor.
Chegamos a um ponto em que somos levados a contar quase que só conosco mesmos e isto é um desafio de bom tamanho pois somos também levados pelas ondas do comodismo, do deixa estar pra ver como é que fica...
" Não há progresso sem mudança . E quem não consegue mudar a si mesmo, acaba não mudando coisa alguma ! " George Bernard Shaw.
Mas, diante do "status quo" ocorrem: sensação de impotência, medo, convicção de sermos insuficientemente fortes e habilitados para mudarmos a nós mesmos, para darmos solução a nossos próprios problemas, ao melhor entendimento com as pessoas de nossa convivência, para melhor direcionar nossas vidas e, também, para apoiar boas intenções ou iniciativas alheias, tendentes a melhorar a situação.
Acontece uma luminosidade no final deste tunel: a consciência generalizada do estado de coisas e a convivcção de que precisamos buscar um caminho. Isto é um começo. Isto é um bom começo.
