Certo dia, numa sala de professores, escutei um causo ocorrido em escola de periferia.
A professora que, contava, revoltava-se toda ao dizer que, nessa escola uma funcionária bolou um plano para melhorar os seus rendimentos financeiros.
Chegou à diretora e pediu portaria para que sua filha desse aulas. Após, começou a sugerir, aos professores, dias de faltas abonadas e rápidas licenças anti-estresses.
Adiante, escolheu uma professora e deu-lhe o bote da licença mais prolongada. As aulas todas à sua filha.
A PCP reclamava, mas a diretora não podia fazer nada... Ninguém sabia o por quê?
. Com isto, a maquiavélica, jogava e jogava. A escala de eventuais vivia paralisada e a escola confusa.
Era só a discórdia reinar, e a diretora sumia... Não cumpria o seu horário. Nem explicava o que fazia!
Num dia de reunião de “Conselho de Escola”, uma professora constatou alguma coisa grave. Pimba, reclamou! Não deu outra, a não ser bate boca e ofensas. A professora fez representação aos superiores. Sem sorte, a coitada, por reclamar,ganhou por orientação supervisora, licença compulsória. À filha da funcionária, ficou com as aulas da professora.
Como o negócio pegou fogo, novas armações surgiram... Cada uma mais interessante que a outra.
Como o marido da “gestora”, trabalhava no ramo, todo o mundo ganhou armação de óculos.O negógio daria sindicância e precisava colocar a verdade no "paredão"... A honestidade por lá ficou prejudicada e muita gente ainda hoje leva vantagem. A ambição não tem preço! As raízes doentias desse episódio espalham-se por outras unidades.
Até hoje, após tantas mudanças administrativas, a professora garante que, muita coisa esquisita ainda acontece por lá.
São os péssimos exemplos cultivados por quem lá ainda permanece .
As atribuições de salas de reforço ou recuperação de ciclo e aulas eventuais viraram apadrinhamento.
Como sabemos: todo ponto de vista é visto de um ponto.
Cada um usa o grau que merece para colocar na armação ocular as suas ambições, desde o assédio moral contra a professora.