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Artigos-->Onde andam as famílias? -- 25/02/2005 - 15:34 (Mônica Martins) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Um assunto muito me preocupa: o sumiço (ou omissão?) das famílias.

Não falo de uma família padrão: pai, mãe e filhos por que sei que os tempos são outros. O caso é que, mesmo os tempos sendo outros, como diria Dona Xepa( personagem de novela tão bem interpretado pela saudosa Yara Cortes), " perca-se tudo, mas não se perca a educação". Eu mesma cresci ouvindo minha mãe repetir isso. É fato que hoje pais e mães necessitam ir atrás do sustento do lar. O que questiono é: SERÁ QUE É NECESSÁRIO QUE ESTA BUSCA SEJA TÃO INTEGRAL QUE OS FILHOS SEJAM DEIXADOS EM SEGUNDO PLANO? PARA QUÊ TÊ-LOS ENTÃO?

É isso o que vejo: Violência aumentando, intolerância matando mais que bala perdida e respeito virando peça de museu. E as escolas ? Receberam em seu colo a missão de educar NOSSOS filhos...viraram empresas, perderam o brilho do sacerdócio que é o magistério.

Muitas exigem tanto de seus alunos que cresce assustadoramente o número de crianças desde a Educação Infantil nos consultórios como super-ativas ou pior, depressivas.

Quem de nós se lembra de nossas escolas chamar nossos pais por este motivos? Éramos anormais? Eram piores as escolas? Menos eficientes?

Creio que não. Mas tínhamos família: fosse uma mãe, um pai, um tio ou qualquer outro parentesco.

E o que temos hoje? Filhos de babás, de empregadas domésticas, de casa de vizinho, ou pior...filhos da escola, deixados lá como pacotes e muitas vezes, como pacotes esquecidos...o pai que "achou" que a mãe ia buscar, a mãe que se atrasou no Shopping...e assim por diante. Como querem que estas criaturas, NOSSOS FILHOS, se sintam? Um estorvo.

Para tapear nossa ausência, os colocamos então em espaços alternativos: cursos de línguas, ballet, judô, natação, oficinas de texto e de matemática, quando o que precisam é de um pouco de carinho e atenção. Duro de ouvir? Imaginem como deve ser duro de vivenciar. Mas...compensamos isso: eles têm celular para falar conosco, têm o computador à disposição para se divertir e até o vídeo game mais caro para não ser menos quev os colegas...mas estão se sentindo menos ou nada para nós. Hoje não há limites. Filhos bem nascidos- ou que deveriam sentir-se assim- ateiam fogo nos mendigos e nos índios para se divertir.

QUERO COM ESTE ARTIGO LEMBRAR QUE A RESPONSABILIDADE É NOSSA.

Não do guarda que não viu ou do socorro que, como sempre, demorou para chegar.

RESPONSABILIDADE NÃO SE TRANSFERE.

Fazê-lo torna-nos irresponsáveis.

Esta palavra de dezesseis letras- RESPONSABILIDADE- cabe a nós e não à escola, aos avós, aos funcionários- de casa e da escola- não às babás. Cabe ao pai e à mãe educar. Isso dá trabalho, exige tempo, repetições incansáveis, causa stress.

Mas... não seria muito melhor sofrer de stress pelo trabalho de educar, do que pelo trânsito caótico, pela violência urbana, pela falta de tempo para rir,rezar, almoçar em família, simplesmente abraçar seu filho sem nada dizer?

Como diz o anúncio famoso da TV, as COISAS qualquer crédito compra, mas nossos filhos NÃO SÃO COISAS...NÃO TEM PREÇO !

Eles xingam para gritar: me ame!

Eles ficam violentos porque seremos chamados no colégio e lembraremos pelo menos nessa hora que eles existem.

Agridem professores e funcionários- da escola e de casa- porque queriam esse cuidado e carinho DE NÓS e não deles.

Funcionam como panelas de pressão que avisam que vão explodir...e explodem. De diversas maneiras, mas não vemos. Não ouvimos seu chiado...É mais fácil não ver, mais rápido não ouvir e fingir que ouviu.

Tentem entre um sinal fechado e um toque do mau educador celular pensar em outro tipo de pergunta. Nos sentimos no DIREITO de reclamar como anda mal o mundo...que tal nos preocuparmos com que tipo de pessoa será nosso filho, que NÓS estamos deixando pro mundo?

O EXEMPLO NÃO É O MELHOR MEIO DE EDUCAR. É O ÚNICO!
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