Começa a circular no Congresso um levantamento sobre pessoas que o Palácio do Planalto deseja livrar de quaisquer investigações – denominado ironicamente “Lista dos suspeitos acima de qualquer suspeita”. Trata-se dos nomes de pessoas que os líderes governistas não admitem que sejam convocadas para prestar depoimento em CPIs, “a qualquer título”.
Por ordem alfabética, o primeiro da relação é CIPRIANI, Antonio Celso, classificado como “amigo pessoal do Presidente da República” e, só por isso, protegido.
Antigo investigador do DOPS em São Paulo, casou-se com a filha de Omar Fontana, o falecido controlador da falida Transbrasil, da qual foi o último presidente. Amigo do advogado Roberto Teixeira, proprietário da casa em que Lula morava antes de comprar seu atual apartamento, Cipriani chegou a ter aprovada a sua convocação para depor na CPI do Banestado, mas a convocação foi “sobrestada”, ou seja, congelada. Na verdade foi a convocação de Cipriani que “travou” a CPI que hoje está paralisada.
Pela documentação disponível na CPI, Cipriani precisa explicar uma das maiores contas investigadas e se ele não explica, por equidade, ninguém terá que explicar também.