Sexo três vezes por semana

Aparentar dez anos a menos todo mundo quer. Melhor ainda é conseguir isso fazendo sexo.
Por essa razão uma pesquisa realizada na Escócia agitou tanto a imprensa de vários países.
Os pesquisadores, após dez anos de estudos, concluíram que fazer sexo três vezes por semana pode ser a melhor forma de combater as rugas.
Só que não é tão simples como parece. A qualidade das relações é citada como tendo a mesma importância que a quantidade, e aí é que reside o problema.
Na intimidade da vida de cada um, o sexo continua sendo para a maioria um problema complicado, difícil, cheio de dúvidas e auto julgamentos negativos. A liberdade sexual de hoje é mais falada do que realizada, ainda existindo em quase todos uma carência fundamental de sexo, tanto em quantidade como em qualidade. Não é sem motivo que Wilhelm Reich falava na miséria sexual das pessoas.
Mas poucos se dão conta disso; as dificuldades sexuais são tantas que quando ocorre uma descarga sexual acham que foi tudo bem. E nesse caso a frase de Jung, "O pior inimigo do ótimo é o bom", cai como uma luva.
Enfim, por que o sexo praticado entre nós é de tão baixa qualidade?
O ser humano possui uma amplitude sexual inigualável, podendo experimentar e viver a sexualidade desde a simplicidade reprodutora de um puritano até o êxtase do sexo tântrico.
Para Reich, a saúde psíquica depende do ponto até o qual o indivíduo pode entregar-se e experimentar o clímax de excitação no ato sexual. As enfermidades, ao contrário, seriam o resultado do caos sexual da sociedade. Afinal, o ser humano é a única espécie que não segue a lei natural da sexualidade.
Para o terapeuta paulista José Ângelo Gaiarsa, sexo reprimido quer dizer liberdade reprimida.
Ao restringir o sexo, a sociedade consegue ao mesmo tempo paralisar o indivíduo, isto é, torná-lo bonzinho, dócil, submisso, resignado, fácil de levar, de assustar e de explorar. E é por isso que o sexo é responsável pela maior perseguição na área dos costumes humanos e o maior mistério diante do óbvio.
Gaiarsa não tem dúvida de que se o indivíduo vai ampliando, aprofundando e diversificando sua vida sexual, vai ficando corajoso para fazer as coisas. Vive com mais alegria, esperança e decisão. Portanto, pode ficar perigoso do ponto de vista da ordem estabelecida. Não foi à toa que todas as forças repressoras de todas as épocas se voltaram tão sistematicamente contra a sexualidade humana.
As mulheres tiveram sua sexualidade reprimida e distorcida, a ponto de até hoje algumas serem incapazes de se expressar sexualmente, muito menos atingir o orgasmo. Os homens, por sua vez, também tiveram a sexualidade bloqueada. A preocupação em não perder a ereção é tanta que fazem um sexo apressado, com o único objetivo de ejacular. A mulher, com toda a educação repressora que teve, ainda se sente inibida em sugerir a forma que lhe dá mais prazer. Acaba se adaptando ao estilo imposto.
a.d. ft/NET
produção visual: CARLOS CUNHA

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CARLOS CUNHA/o poeta sem limites
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