993300>Quem se sentir ofendido e prejudicado com a liberdade de expressão de outrem, tem um lógico e efectivo remédio: queixa-se, defende-se pelos mesmos meios e, se assim lhe convier, processa judicialmente os eventuais provocadores. Não há outra plausível alternativa para que pelo menos a actual hipocrisia democrática não elimine o mais lídimo e crucial item da existência humana hodierna.
A liberdade de expressão, mesmo errada, faz bem. Proporciona o desabafo e alivia assim a compressão tácita da porca da sociedade que não cessa de expandir-se em predadora miserabilidade.
Os que intentam dominar e cercear a liberdade de expressão dos outros, tarde ou cedo levam com a liberdade de expressão gestual em cima. O "burro" aguenta desde que o deixem "zurrar" à vontade.

993300>Então, exemplificando por escrito...
Há cerca de dois anos a esta parte que o ministro a quem compete a tutela da comunicação social portuguesa - serviço público oficial - vem progressivamente demonstrando a pretensão de instaurar um sistema cerceador.
Sob a batuta de Durão Barroso, actuou subrepticia e astuciosamente. Mantendo-se também no governo com Santana Lopes, actual primeiro-ministro, intenta agora proclamar que a RTP terá de submeter-se ao controle programático do governo... Era o que faltava.
Morais Sarmento causa-me repulsa e náusea. A cura da sua antiga tóxico dependência - foi um drogado pleno - parece inconscientemente procurar outros perigosos efeitos mentais.
No diário "24 Horas" de hoje, atiro-me ao espécime sem hesitar. No que sob minha opinião concerne, a liberdade de expressão é intocável, seja em que pormenor for. Não há "mas" nem meios "mas". Ou morte. Arre!...
Vou empenhar-me quanto possível para que este estranho indivíduo vá muito depressinha à sua rica vidinha, e tão só a fim de que não lixe ainda mais a minha. Oh... Só eu sei quanto me custou chegar, neste caso, à Usina de Letras.
Torre da Guia = Portus Calle
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