Essa razão primeira que buscamos dentro de nós mesmos tentando dar sentido à nossa vivência.
Muitas são as nossas indagações, inúmeras vezes esbarramos em nossas incertezas. Em alguns momentos tememos estar vivendo um sonho, uma irrealidade... Outros instantes deixamos que a vida siga com indiferença. Apenas viver... Passar!
Inúmeras vezes olhamos temerosos dentro de nós mesmos. Incertezas, tristezas, temores. E por que? O que fazemos? O que fizemos? É isso a vida? E sentimos o escuro aterrador do amanhã... Ou do ontem!...
Mas, e as coisas boas?... E foram tantas!... O céu, o sol... As alegrias... As esperanças... Os sorrisos que traziam paz, a tão almejada felicidade... Os filhos, seu crescimento... Era uma repetição da nossa infância que vivíamos novamente... O futuro, este estaria mais à frente e iríamos alcançar, já com a consciência tranquila, porque fizemos o melhor, fizemos com amor, dedicação... Era uma passagem no nosso caminho, a mais alegre, mais promissora... A mais florida. Tudo era uma bênção!
Mas, o tempo passa!... E o tempo passou...
E um dia voltamos a ficar sozinhos conosco mesmos. Sabíamos que aquele caminho era assim... Mas, experimentamos vivendo!
Então, num rasgo de bravura, esfrentamos essa dúvida de frente, defrontamos nosso eu perquiridor, indagador, numa ânsia contida, aguardando a resposta ou reabrindo nossos secretos escaninhos na esperança de encarar uma certeza que há de estar bem guardada.
E ficamos olhando nosso Eu interior, nosso sentimento, nossos desejos, nossas frustrações e anseios, nossas esperanças, alegrias e vitórias também! Medimos a distância percorrida e o tempo gasto.
É o momento da encruzilhada: - Vínhamos por um caminho que continua, ou já mudamos sem ver? Qual motivo ou interesse nos desviou?
E aquilatamos vantagens e desvantagens, ganhos e perdas, interesses, desejos, curiosidades. Isso nos faz bem ou não? É real ou ilusão?
Como é difícil e cruel enfrentarmos o nosso Eu! Olhamos nossa alma, nosso coração, nosso encanto ou nossa desilusão.
Se chegarmos a compreender tudo o que já foi, e porque foi... Se sentirmos que nada poderia ser diferente, encontraremos certa paz. Pelo menos, se encontramos algumas pedras, se houve momento de insegurança ou incerteza, esse momento foi superado com muita dignidade e coragem. Com esperança e muita fé!
Dentro da nossa capacidade racional e emocional fizemos algo, sempre no desejo de acertar, de fazer o melhor!
Não se pode parar o tempo! E, quando olhamos, concluímos como a vida é breve! O tempo nos levou para frente e lá encontramos outra pessoa que nos transformamos. Melhor? Igual? Pior? Quem poderá responder? Como responder?
E vem a dúvida: Por que esperamos tanto? Por que? Havia um sonho que fomos trocando por realidades... Ou aquela realidade era a concretização dos nossos sonhos...?
E agora? Amadurecemos ou envelhecemos? Ganhamos ou perdemos? Seria o fim da linha?
Então olhamos para trás ansiosos, e vemos que foi um longo caminho percorrido que vemos florido, rodeado por campos semeados, fartos, muitas, inúmeras árvores floridas! E vem a certeza de que aquele caminho foi feito por nós, com nosso trabalho, nossa consciência, nossa vontade de criar algo, viver, enfim...
Semeamos e a colheita é farta, generosa... O fruto da nossa caminhada é doce.
Algo nos diz que acertamos.A prova está nesta segurança que está sendo caminhar com a nossa consciência tranquila, de mãos dadas dentro dessa nova primavera...Eterna primavera!!!
