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Artigos-->Desarmamento -- 03/09/2004 - 10:12 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Desarmamento



ROBERTO DUFRAYER



O maior dos argumentos usados para justificar a supressão do direito à legítima defesa promovida pelo Estatuto do Desarmamento é a vontade de reduzir o índice de homicídios cometidos com armas de fogo, que no Brasil seria um dos mais altos do mundo. Não podendo o Estado brasileiro conter o crescimento do número de homicídios praticados por criminosos no curso da prática de outros ilícitos, como roubo, arrombamento e seqüestro, partiu então para tentar baixar a taxa de homicídios impedindo que esses mesmos criminosos sejam abatidos no ato de cometerem seus crimes.



Foi assim que se idealizou a campanha do desarmamento, que está levando milhares de cidadãos a se desfazerem de suas armas de defesa ou de coleção. Claro, sem a proteção dessas armas, esses cidadãos e os membros de suas famílias, em caso de confronto com o criminoso, estarão como o falecido Marechal Rondon diante dos índios: "morrer, se preciso for: matar, nunca".



É aí que começa, na cabeça das pessoas, um processo de valorização da vida que termina por aceitar, como inevitáveis, os outros delitos violentos que contra elas possam ser cometidos.



Submetidos ao mais impressionante trabalho de lavagem cerebral já levado a cabo pelos meios de comunicação deste país, cidadãos que se desarmam voluntariamente alegam, para os microfones das emissoras de televisão, que a partir daquele momento estarão mais tranqüilos, porque, na hipótese de terem seus lares invadidos por criminosos, estes não encontrarão arma alguma e, portanto, não os matarão com suas próprias armas, como parece ser seu receio maior.



Esse processo inédito de valorização da vida certamente interessa aos que almejam a construção de uma nova sociedade, "mais justa, fraterna e solidária", em que os benefícios da "paz, justiça e liberdade” (não por acaso palavras de ordem do Comando Vermelho) são prometidos a todos, e em que a aquisição e acumulação de riquezas só é permitida ao Estado e à casta superior que o dirige, nunca ao cidadão comum.



Hoje, os brasileiros abrem mão do direito à legítima defesa. Amanhã, estarão abrindo mão do direito à informação e da crítica, que hoje exercitam graças ao chamado "denuncismo”, certamente o principal alvo do futuro Conselho Federal de Jornalismo. Abrirão mão de seus bens, com a tranqüilidade de quem pensa preservar o bem maior, que é a vida. Depois de amanhã, o que teremos?



Não é preciso possuir dotes de adivinho para prever que o processo de lavagem cerebral que começou no fim do século passado e continua em curso vai levar o país a uma nova e tenebrosa etapa de sua história, se não houver uma reação tempestiva da sociedade e dos poderes que a representam.



Cartas dos Leitores. http://www.jornaldocommercio.com.br/



Obs.: Publicado no site da Associação Paulista de Defesa dos Direitos das Liberdades Individuais - APADDI









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