Estive a ler os textos que precipitaram os acontecimentos recentes, envolvendo o senhor João dos Santos e suas desafetas.
Não posso julgar, muito menos condenar nenhuma das partes, mas tenho que me pronunciar a respeito do desfecho, pois abre um precedente perigoso.
Troca de farpas, acusações, xingamentos e coisas do gênero sempre existiram neste espaço, e nunca tiveram tanta repercussão como esse caso.
O porque eu não sei, não me interessa saber o que levou à drástica decisão de excluir o senhor João dos Santos deste site, mesmo fazendo parte de uma "elite", por ser assinante, e pagar para publicar o que quizesse.
Ora, a convivência humana é por si só um exercício de paciência, de tolerância, sem a qual nos precipitaremos em lutas sem fim, deixando aflorar o que de pior o ser pode produzir: o ódio.
E o ódio é tanto pior quando está envolto no poder.
O poder que vem do fato de se produzir uma casta privilegiada, que se qualifica pelo dinheiro que paga para se manter no topo.
Aqui estou eu, um não-assinante, tecendo comentários sobre "briga de brancos", afinal, de que me interessa essa escaramuça entre joões e marias, se eles são de uma diferente "classe escrivã"?
Acontece que se abriu o precedente da punição, do castramento, do cerceamento da liberdade de expressão, e isso é muito mais importante que xingamentos e troca de acusações.
Neste momento vivemos sob uma nuvem negra que paira virtualmente sobre todos os que não se comportarem comforme os ditames de uma nova ordem que se manifesta e se impõe pelo terror.
Não se suportam mais os "dardos e arremeços do fado sempre adverso" antes os tange, os expulsam, eliminam-se aqueles que não pensam igual.
Senhoras e senhores, peço-lhes humildemente que não se calem diante de situações como essa, não querendo dar razão a A ou B, não querendo julgar se alguém tinha razão ou não, mas considero que a eliminação de um membro do site, corresponde no mundo real a uma execussão.
Como diria o Hermes, e parafraseando-o, "o que existir no virtual, aparecerá no real".
Não podemos produzir com liberdade, se erigem muros à nossa volta.