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Artigos-->AS RELAÇÕES ENTRE ALEMÃES E JUDEUS, E A FORÇA DA MÚSICA -- 22/09/2001 - 22:39 (José Pedro Antunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
[Algumas passagens de um texto escrito pelo maestro Daniel Barenboim sobre o tema: "As relações entre alemães e judeus, e a força da música". Ele foi publicado pelo semanário de Hamburgo DIE ZEIT, sendo posteriormente incluído em Kulturchronik, 2/2001, uma publicação trimestral de Goethe-Institut e InterNationes. Começa com uma frase do escritor Nagib Mahfuz: "The cruelty of memory manifests itself in remembering what is dispelled in forgetfulness." (Ver em frases )]



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"As relações entre alemães e judeus e a força da música"



Por Daniel Barenboim

Trad.: zé pedro antunes

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Justamente o exemplo da música nos mostra que é possível vivenciar novas experiências através da execução dos mais variados estilos, os quais se mostram capazes de aportar um enriquecimento intenso à execução do já conhecido. Quem aprende e interpreta um "pianissimo" de Debussy, tem maiores possibilidades de saber que, ao retornar a um "pianissimo" de Beethoven, terá de interpretá-lo de forma inteiramente diferente, por se tratar de um universo sonoro totalmente outro. Em Debussy, o "pianissimo" precisa ser inteiramente incorpóreo, enquanto em Beethoven ele precisa ter um núcleo expressivo e um núcleo sonoro. Por isso, eu acho tão enriquecedoras as incursões em outras culturas.



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Se se quer compreender o mundo, se se quer compreender o fenômeno da natureza ou do ser humano, ou a relação com um deus ou alguma outra figura sobrehumana, não haverá então melhor caminho do que a música.



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A música é para mim, entre outras tantas coisas, tão importante e tão interessante, por ser ao mesmo tempo tudo e nada. Se alguém deseja aprender como se pode e se deve viver numa sociedade democrática, então não há melhor exemplo do que o trabalho com uma orquestra.



Quem toca numa orquestra, sabe em que momento precisa ser o condutor e quando lhe cabe ser aquele que acompanha. É capaz de ceder lugar a um outro, mas tampouco se peja de assumir o primeiro plano.



E mesmo assim, ou talvez justamente por isso, a música é também o melhor caminho, ao menos dentro da minha experiência de vida, para se escapar à problemática da existência humana. De acordo com o meu ponto de vista, questões sobre a música são na verdade questões sobre o ser um ser humano.



Para mim, só existe na música uma única definição clara e precisa, e ela provém de Ferruccio Busoni: "Música é ar sonoro". Tudo o mais que se diga sobre a música, tem a ver com as diversas reações das pessoas no contato com ela: há quem veja nela algo de poético, mas há quem nela descubra algo de sensual ou emocional, e assim por diante.



A música é ao mesmo tempo tudo e nada, e por isso, naturalmente também, dela se pode fazer mau uso, tal como, por exemplo, os nazistas o fizeram.



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[...] A música é a melhor escola para se aprender a vida e, ao mesmo tempo, o instrumento mais eficiente quando se trata de escapar a ela.



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[Oportunamente, assim que o tenha traduzido por inteiro, publicarei o artigo na íntegra.]
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