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Artigos-->As raízes da tortura -- 03/06/2004 - 10:38 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
AS RAÍZES DA TORTURA



Raymundo Negrão Torres (*)



Com o título acima, em sua edição de 24 de maio último, a revista norte-americana Newsweek publicou matéria resultante de uma investigação jornalística sobre o escândalo dos maus tratos e torturas aos prisioneiros dos americanos no Iraque. Baseada em documentos, em vazamentos e informes de pessoas relacionadas com o assunto dentro do governo americano, ela pôde afirmar que “o caminho para Abu Ghraib começou depois do onze de setembro, quando Washington escreveu novas regras para enfrentar um novo tipo de guerra”, pelas quais se punha em dúvida se terroristas teriam a proteção das regras estabelecidas pelas quatro Convenções de Genebra, não só para militares, como para guerrilheiros e grupos de resistência, feitos prisioneiros, desde que os insurgentes respeitem por sua vez as leis da guerra. Vale ressaltar que os Estados Unidos não assinaram os protocolos que incluem os insurgentes. A reportagem deixa claro que os militares – inclusive o Secretário da Defesa Rumsfeld – resistiram durante muito tempo a que certas tarefas de “operações de informações”, normalmente executadas pela CIA, lhes fossem entregues. Uma das vozes discordantes mais expressivas é a do Secretário de Estado, antigo chefe da Junta dos Chefes dos Estados-Maiores, general Colin Powell.



Mas a pressão da Casa Branca e de seus juristas acabou prevalecendo e na Base de Guantânamo foi construída uma prisão – o Campo Raio-X - para receber os prisioneiros especiais capturados no Afeganistão e alhures. E, em meados de janeiro de 2002, o primeiro avião aterrou em Guantânamo com sua carga de prisioneiros. E aí – segundo o relato da revista - pôde-se perceber que nem todos haviam recebido a mensagem de que aqueles eram prisioneiros de uma nova guerra. Especialmente o primeiro comandante do campo, general-de-brigada da Guarda Nacional de Rhode Island, Rick Baccus que - segundo recorda uma fonte ouvida pela revista – principalmente, “desejava manter os prisioneiros felizes”.



O general “boa praça” começou distribuindo aos prisioneiros exemplares do Corão e ajustando o horário das refeições às exigências dos jejuns do mês do Ramadan. E foi mais além: contemplou seus “hóspedes” com cartões onde estavam relacionados seus direitos. O resultado não se fez esperar. Os interrogadores passaram a receber como resposta: “Vá se foder! Eu conheço meus direitos!”



Em outubro o general Baccus foi dispensado e o Pentágono entregou ao pessoal da “inteligência “ militar o controle de todas as tarefas de Campo Raio-X, inclusive a Polícia Militar. Não obstante, informa a revista, o pessoal do Pentágono insiste em afirmar que sua gente continua recusando-se a usar os métodos menos suaves do pessoal da CIA.



(*) O autor é general do Exército (reformado).











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