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Artigos-->A NÃO-RELIGIÃO -- 13/05/2004 - 13:06 (Marco Antonio Cardoso) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Pense bem.

O que de fato a religião faz por você? Pela sua vida?

Acredito que muitos pensaram no alívio de suas dores espirituais, na comunhão com Deus ou divindades, coisas desse tipo.

Pois bem, isso não tem nada com a religião, isso é religiosidade.

A religiosidade é um sentimento inato no homem, que o remete a algo mais elevado, purificado, que ele sente conter a sua essência.

Mas a religião, por outro lado, é um conjunto de dogmas, normas, códigos, que tentam manter a religiosidade dentro de certos parâmetros, com vistas a coisas bem mais materiais do que a religiosidade nos remete.

Na verdade a religião tenta materializar a religiosidade, como se fosse possível destranscender a alma humana, naturalmente religiosa.

No sentimento de religiosidade cabem tanto as sensações de paraíso perdidas do pensamento judáico-cristão-islâmico, quanto a idéia de se alcançar uma iluminação espiritual e ascender ao nirvana dos budistas e outras idéias orientais.

O problema é que a religiosidade, que é inerente a todos os homens, é tratada de modo diferente quando se pensa na organização humana: a civilização.

Os homens têm uma grande necessidade de controlar tudo à sua volta, inclusive aquilo que ele não conhece de fato, que é a vida espiritual.

Entre a negação total e a fé cega, ficam os sistemas religiosos, tão engenhosos quanto obtusos, visto que não conseguem resolver o problema maior do ser, que é alcançar a felicidade.

Muito mais facilmente as religiões induzem a erros e suas mais comuns conseqüências: o sofrimento.

Sendo o sofrimento o contrário da tão buscada felicidade, verifica-se daí que a simples aceitação de uma religião como a "salvadora" é uma estupidez, que mais cedo ou mais tarde redundará em grande fracasso, tanto pessoal quanto social.

As pessoas, as comunidades, se defrontam com um grande dilema, que é a escalada da violência religiosa.

Se a religião estivesse estruturada de modo a cumprir seu suposto papel na vida comunal, viveríamos uma vida mais harmoniosa, pelo menos no âmbito da tolerância religiosa.

É maniqueísta dizer que a religião muçulmana é culpada por induzir seus fiéis à barbárie de atentados suicidas, porque não podemos esquecer que os cristãos sempre foram chegados a umas atrocidadesinhas, tanto na "escuridão" da idade média, como modernamente, às vezes tão camuflada que não vemos de fato.

É preciso se abrir os olhos que a religião nunca serviu a Deus, mas somente aos homens, e principalmente àqueles mais ardilosos, por isso mesmo perigosíssimos, pois manipulam a ignorância reinante e mantida perpetuamente entre o povo, para conseguir, sempre isso, vantagens: dinheiro, sexo e poder.

Vejo as máscaras caindo da face suja da religião, quando crimes sexuais são finalmente revelados, quando perseguições e preconceitos chegam aos meios de comunicação, quando genocídios são perpetrados pelas maiorias religiosas. Estas máscaras nos mostram a face do mal que estamos tentando disfarçar a muito tempo.

Abandonemos as igrejas e templos às moscas e ratos.

Deixemos falando sozinhos os pregadores, padres, mulás, rabinos e pastores.

A religiosidade só necessita da humildade, não da opulência.

Porque igrejas repletas de ouro?

Porque vestimentas especiais?

Porque entonações de voz artificiais?

Porque o ar de bonzinhos que estes senhores fazem quando numa assembléia, se por dentro pensam em lucros, em perseguições e devassidão?

Ao lixo com tudo isso!

Diga não a todas as religiões.

A lógica pode guiar os homens, se estes estiverem dispostos a buscar o bem, a paz, o amor e a felicidade.

As palavras proferidas pelos homens santos que já passaram por este planeta não ficam invalidadas.

Fica sem efeito toda a parafernália que foi armada para emoldurar a simplicidade do que nos falaram Jesus, Sidarta, Maomé, Krishna, Xinto, Zoroastro, etc.

Uma ou outra coisinha diferente aqui ou ali, em face do povo e do tempo em que foram proferidas, não é motivo para celeumas e desuniões.

Assim sendo, se cada um fizer de si um templo para louvar a Deus, ou seja lá como o chame, se tiver amor aos que o rodeiam, se não buscar elevar-se acima dos outros, mas antes servir humildemente, pois dessa forma poderemos viver num mundo melhor.

Não o mundo dos cristãos? Não o mundo dos muçulmanos ou dos budistas, mas o mundo dos homens que conversam diretamente com Deus.



e-mail: maanmabe@pop.com.br



site: marcoantoniocardoso.ubbi.com.br

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