O autor não definiu o que é masculino e feminino. Referiu-se apenas à dominação homem/mulher e criticou o liberalismo brasileiro apoiado no autoritarismo que reprime quaisquer manifestações que preguem a igualdade na diversidade, principalmente entre masculino e feminino.
O HOMEM, A MULHER E O CASAMENTO
Flávio Gikovate
O autor, baseado na sua experiência de mais de 20 anos como psicanalista e mais de 6 mil clientes atendidos, se propõe, nesse livro, a fazer um estudo sobre a inveja. Para ele a principal causa da hostilidade entre os casais.
Mostrando as diferenças e as semelhanças existentes entre o homem e a mulher, procurando identificar no comportamento do homem o que é biológico e o que é cultural, o autor tenta desmistificar o homem idealizado pela sociedade, comprovando que o homem real é cheio de contradições e que o homem ideal é, em muitos aspectos, inviável por limitações biológicas.
"As contradições entre aquilo que o homem imagina para si - eu ideal - e aquilo que ele constata em si - eu real - determinam tensões e sofrimentos intoleráveis".
Na tentativa de fazer desaparecer os traços do eu real que não estejam de acordo com o eu ideal, instala-se a repressão. Muito desses traços do eu real são próprios do animal humano e, portanto, inalteráveis pelo pensamento e essa repressão vai provocar um sofrimento brutal. Nesse processo de negação de sua realidade o homem reprime para o inconsciente os traços indesejáveis, mas que no entanto ficam latentes no indivíduo podendo voltar a atuar a qualquer momento.
Fazendo com que o homem e a mulher se vejam como realmente são, o autor pretende que haja um melhor relacionamento entre ambos. Com esse intuito em mente apresento na tabela I algumas das diferenças fundamentais que o autor identifica entre o homem e a mulher, depois farei algumas observações sobre cada uma dessas diferenças:
