Na tentativa de entender o fenômeno dos reality shows é preciso analisar vários pontos e a chave já não está só no fascínio que este tipo de programa exerce sobre os telespectadores.
Não recrimino quem os assisti, acho que todos nós temos a liberdade de escolher desde em que partido queremos votar até a quais os programas devemos ou não assistir, mas é necessário explicar qual a verdadeira motivação que as emissoras tem em veicular esses programas.
Os canais de televisão investem tanto no Big Brother porque o publico alvo é bem diverso e isso atraí muitos anunciantes e o custo para produzir um programa desses é muitas, ma muitas vezes menos do que produzir uma novela, uma serie ou mini-serie.
Não é preciso gastar com roteiristas, com os autores, com os direitos autorais, com os cenários e com os autos salários dos artistas, os custos são muito menores o que otimiza o lucro da emissora, por ai da para se entender a resitencia que certos artistas tem com esses programas fabricantes de “celebridades” instantâneas, os big brothers tomam o lugar desses artistas.
“Hoje talento é só para quem tem bunda e tem peito” rebatem alguns verdadeiros artistas com toda razão.
Agora pense comigo o desastre: será lançado nos EUA um canal a cabo nos EUA um canal a cabo com 24 horas de reality shows....já pensou se isso chega aqui no Brasil?
Os americanos e sua sociedade doentia tem um cardápio muito variado de opções para quem gosta do negócio:
The Littlest Groom, em que o solteiro, Glen, mede 1,30 metro e é disputado por quinze pretendentes, doze delas anãs e três de estatura normal. Já Mr. Personality (Senhor Personalidade) é para quem acredita que aparência não traz felicidade: todos os candidatos usaram máscara do começo ao fim do processo de conquista da loira Hayley Arp, de 28 anos. Para atrair audiência, a apresentadora do programa da Fox foi Monica Lewinsky, a ex-estagiária de Bill Clinton. Mais instigante, Playing It Straight, que estreou na semana passada, encarrega uma bela jovem de escolher entre catorze pretendentes com barba por fazer, músculos e cara de machão. Alguns são gays, e este é o desafio dela: se escolher um heterossexual, dividirá com ele o prêmio de 1 milhão de dólares.
Chega me dar arrepios em pensar que tudo isso pode algum dia chegar ao Brasil.