Durante toda a vida ouvimos dizer que envelhecer nos traz experiência para realizarmos nossos trabalhos com mais eficiência e cautela. Há, porém, um inconveniente nisso tudo. Ganhar experiência e cautela com o passar do tempo pode ser um ponto contra no quesito ousadia. Digo isso porque, nos casos que acompanho, dificilmente vejo alguma pessoa mais velha ter a ousadia de fazer “aquela pergunta” inesperada, aquele “projeto maluco que deu certo”. Não é difícil encontrar pessoas mais velhas que negam a existência do novo, da tecnologia. Não é difícil encontrar pessoas que têm uma oportunidade à sua frente e a perdem, pelo excesso de tempo que necessitam para pensar.
A virtude de ousar vem se tornando cada vez mais importante nos dias de hoje. Não podemos dizer “NÃO” para todas as oportunidades que batem à nossa porta, só porque elas parecem um tanto malucas demais para nossas cabeças. É fácil perceber nas atitudes os grandes vencedores. Geralmente eram homens ousados, que viam à frente, mas que também não se preocupavam muito se suas idéias eram malucas ou não. Quem diria que um xarope comprado de um vizinho viraria a nossa multinacional de hoje COCA-COLA. É esse e tantos outros exemplos que deveriam ilustrar nossas memórias, e não, como na maioria das mentes, os exemplos de projetos fracassados. Se algo fracassou, provavelmente não tenha sido pela idéia que era fraca, mas sim pelo executador que não acreditou que aquilo realmente daria certo se todo o seu sangue fosse ali depositado.
Avante, jovens empreendedores. Nosso país precisa de pessoas que comprem xaropes e os transforme em multinacionais. Precisa de pessoas que aceitem o desafio de inovar para crescer e prosperar. Chega da mesma mesmice que nos deixa nesta inconfortável situação de Terceiro Mundo.