Semanalmente, estaremos publicando pequenos artigos que visam mostrar um pouco da escrita poética feminina no cenário nacional e mundial.
Pretendemos, tão somente, falar da emoção de nossas descobertas literárias ao nos depararmos com a vasta produção feminina na construção de uma identidade poética.
É antes de tudo, uma gota de perfume que permitirá ao leitor curioso, buscar outras essências, a partir da publicação destes textos.
Hilda Hilst
Hilda Hilst nasceu em Jaú, São Paulo, aos 21 de Abril de 1930.
Fez o curso clássico na Escola Mackenzie. Em 1948, entrou para a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (Largo São Francisco), formando-se em 1952. No entanto, somente exerceu a profissão durante alguns meses, confessando-se “apavorada” com a mesma.
Publicou em 1950 “Presságio”, seu primeiro livro de poesias, quando tinha então, vinte anos.
Hilda, em sua vida literária sempre teve o estigma de escritora difícil e de poucos leitores. Para livrar-se deste rótulo, publicou uma trilogia erótica, que teve início com "O Caderno Rosa de Lory Lambi", provocando o interesse dos críticos. Conseguiu o que queria: chamar a atenção sobre suas composições.
Atualmente dedica-se ao que chama literatura "séria". Tem interesse em transformar a Casa do Sol, uma chácara próxima a Campinas-SP, onde reside desde 1966 num centro de estudos psíquicos, filosóficos e científicos, que propicie a integração entre diversas áreas do conhecimento. Para tanto, dedica-se a leitura de livros que tratam de aspectos ligados à física, à filosofia e à matemática, sob a luz dos quais reflete sobre a imortalidade da alma, não apenas na esfera científica, mas também metafísica.
Hilda é poeta, dramaturga e ficcionista, escrevendo há quase cinqüenta.
Teve seu arquivo pessoal adquirido pelo Centro de Documentação Alexandre Eulálio, Instituto de Estudos de linguagem, IEL, UNICAMP, em 1995, estando disponível a pesquisadores do mundo inteiro.
Obras Publicadas:
Poesia
·Presságio - SP: Revista dos Tribunais, 1950.
·Balada de Alzira - SP: Edições Alarico, 1951.
·Balada do festival - RJ: Jornal de Letras, 1955.
·Roteiro do Silêncio - SP: Anhambi, 1959.
·Trovas de muito amor para um amado senhor - SP: Anhambi, 1959. SP: Massao Ohno, 1961.
·Ode Fragmentária - SP: Anhambi, 1961.
·Sete cantos do poeta para o anjo - SP: Massao Ohno, 1962. (Prêmio PEN Clube de São Paulo)
·Poesia (1959/1967) - SP: Editora Sal, 1967.
·Júbilo, memória, noviciado da paixão - SP: Massao Ohno, 1974.
·Cantares de perda e predileção - SP: Massao Ohno/Lídia Pires e Albuquerque Editores, 1980. ( Prêmio Jabuti/Câmara Brasileira do Livro. Prêmio Cassiano Ricardo/Clube de Poesia de São Paulo.)