Na minha época de estudante havia um colega por nome Fábio, que nos falava a todo o momento do orgulho que sentia por sua irmã aeromoça. A libido da garotada explodia e Fábio não fazia por menos, enchia a bola da irmã e a temperatura na sala subia. Todo mundo queria ser cunhado do Fábio, que por sua vez fazia o maior jogo duro na hora de apresentar a maninha para alguém.
- Olha aí, a minha irmã não é pro bico de ninguém aqui não! Advertia o mano enciumado.
Um belo dia, Fábio adoeceu e toda a sala de aula fez questão de ir à sua casa visitá-lo. Em lá chegando, fomos atendidos por uma mulher enorme, estilo brutamontes que ao ver aquela molecada toda na porta foi logo perguntando:
- Qual é o babado? O que é que está acontecendo?
- Nós viemos visitar o Fábio. A senhora é a mãe dele?
- Mãe? Eu? Não sou não. Sou a irmã dele.
E continuou.
- Faço o papel de irmã e mãe ao mesmo tempo, pois a nossa família é só nós dois e sou eu quem segura a barra.
Foi então que alguém não resistindo à curiosidade perguntou:
- A senhora é aeromoça?
A mulher então respondeu com uma cara de espanto:
-Eu? Aeromoça? Com esses meus cento e quarenta quilos só se for aeromoça de avião de carga, carregando caixas na cabeça dentro do avião pra cima e pra baixo.
A gurizada não agüentando o misto de decepção e revolta nem quis mais entrar para visitar o impostor.
No regresso à escola, a gozação em cima de Fábio foi pesada e de quebra ainda o batizaram com o apelido de “Aeromano”.