Quem não é livre, de preconceitos, de sentimentos egoístas crônicos, de ódios ancestrais, simplesmente teme as expressões da liberdade, e quer impor, agressivamente, regras, limites, restrições àqueles que simplesmente estão usufruindo do direito de se expressar.
Quem não é livre do medo da vida, passa a incutir nos outros o medo de existir, o medo de ser e mostrar o que pensa, pois que pensar é existir, já que o mundo real nasce no pensamento e se manifesta na palavra.
Se esta liberdade primordial, for cerceada, reprimida e violentada pelo medo, restará ao homem se expressar com a mentira.
Ora, a mentira passará a ocupar o lugar da verdade que não pode mais ser expressa, em virtude do domínio cruel exercido pelo medo.
Assim, vamos mentir para o mundo e para nós mesmos, para que o medo não nos persiga, já que a mentira aprisiona, portanto está diametralmente oposta à perigosa liberdade.
Vamos já deixar esta conversa de censura encerrada numa cova profunda, juntamente com toda a imundicie que ela carrega consigo, e passemos a ser mais verdadeiros, mais simples e diretos em nossas palavras e atos.
Deixemos que nossos pensamentos, possuidos pela verdade e pela liberdade nos leve até onde conseguirmos alcançar, ajudando a todos sem querer mandar em ninguém, porque não está certo que alguns fiquem a ditar regras de conduta num dos poucos redutos de liberdade que ainda temos.
Regrem suas vidas, não as vidas alheias, regrem suas palavras perigosas para a diversidade humana, que estão mais afeitas a conceitos de morte do que de vida.
Vamos viver em paz, livres e independentes, sem buscar destruir nos outros aquilo não não ousamos atacar em nós mesmos.