Enquanto em quase todo o Brasil-Povão, se fazem passeatas em prol do desarmamento civil, na tentativa de pressionar os nossos “politiqueiros” a saírem do marasmo e das maracutaias, para “enfim” começarem a justificar seus altos salários, pagos por nós, pobres mortais-pobres, acontece, desta vez na cidade do Rio de Janeiro, mais uma chacina, novamente protagonizada pela arma de um policial.
Uma festa comum de confraternização dos estudantes de uma universidade, jovens na sua maioria de boa índole, foi drasticamente terminada por cenas dignas, ou melhor, indignas, do pior filme de bang-bang italiano, onde a Lei da época era tão desrespeitada como a atual.
Bastou a “amiguinha”, ou sei lá o que, de um marginal transvestido de policial, após uma discussão feminina; que no caso deve ter sido por razões medíocres; ser retirada da festa pelos seguranças do clube, para fazer justiça com a outra que já fora excluída anteriormente, para que o orgulho prepotente e a macheza covarde deste “Dom Quixote” às avessas, acionasse do fundo do seu ego criminal a vingança torpe e desleal contra aqueles que humilharam sua “donzela em perigo”.
Traiçoeiramente, como é do feitio dos pusilânimes, buscou sua arma no carro e atirou, não contra os seguranças que o humilharam; o que seria desleal e sem cabimento, mas de certa forma por um motivo; nem tão pouco contra a oponente de sua “protegida”; que também seria descabido, porém causal; mas sim em direção de jovens inocentes, incrédulos, até então, dos horrores humanos e ingênuos o suficiente para pensarem que, ainda têm o direito de se divertirem, “abatendo” aleatoriamente, três deles, somente para mostrar a sua “milady suburbana” que a “honra” dela estava lavada e com sangue pueril.
Após o que, “montou no seu corcel” e fugiu, aproveitando-se da dor e do desespero, causado pelo terror de sua atitude covarde, esgueirando-se no luto da escuridão noturna.
Aí eu pergunto:
O que dizer aos pais destes jovens?
E dos outros, que ainda e tão somente ainda, por pura sorte, não foram vitimados?
Como explicar, que aquele que é pago para nos defender dos criminosos e assassinos é o pior deles, pois é um matador fardado e assalariado?
Como assegurar a estes parentes angustiados que finalmente se fará justiça neste país e que, daqui a algum tempo, o fato não terá sido esquecido pelas autoridades ou o criminoso solto por artifícios judiciais, deixados pelas brechas legais de legislativos incapazes, que se tornam incompetentes pela falta de conhecimentos jurídicos?
Até quando, ou melhor dizendo, até “quanto” ou “quantos” inocentes precisarão morrer e seus familiares padecer, para que judicialmente, se “mate” a impunidade no Brasil ?