| 0000ff> ffffff size=2>  ffffff size=2>O que é que tinha eu no princípio que não tive logo que chegou o fim?... Nada, absolutamente nada, tal como na realidade acontece quando se vem à vida e se vai na morte. Pelo interim, o subido ardor desceu para a mágoa, inexorável movimento sentimental que experimentei incontáveis vezes, espécie de mar íntimo esplêndido que se converte em tempestade. A existência humana é assim em todas as coisas, onda que nasce e começa a crescer sobre o impulso do abraço do vento para depois desfazer-se delizante sobre o remanso da praia...  ffffff size=2>O amor... Que sentimento
Tão belo e tão fatal...
Acaba na lei do tempo
Por nos fazer sempre mal...ffffff size=2> ffffff size=2>Da vida, as emoções boas e más constituíram uma montanha invisível que fui acumulando no pensamento, maravilhoso estado emanado da mais inultrapassável das máquinas, o cérebro, engenho sublime que vai sempre à frente do tempo e cada vez mais lhe vai ganhando aparente distância. Pessoas, objectos, imagens em movimento, som, uma autêntica fita de cinema que posso exibir na minha sala interior sempre que me apetece, bastando para isso que feche os olhos e me concentre no filme que desejo ver...  ffffff size=2>Saudade... Meu Deus... Saudade...
São essas coisas sem fim
Que quanto mais são verdade
Mais caem dentro de mim...ffffff size=2>Tantas facetas que outrora considerei más, porque as vivi assim, logo que o tempo as banhou sábia e suficientemente, em face da actualidade que foi surgindo, tornaram-se em recordações que pretendi reviver. Muitos casos houve que logrei revivificar sensações que me pareciam impossíveis de voltar a acontecer. Amores passados, amizades desfeitas, locais de regresso, tantas, tantas agradáveis peripécias que reconsumei de novo esplendidamente...  ffffff size=2>E quando o amor passou
Tão perto do meu lugar...
Quase ninguém reparou
Que a saudade ia a passar...ffffff size=2>Hoje, posto perante a luz do passado, que ao longe já se vai transformando em névoa, e a claridade do futuro que insisto vislumbrar no horizonte, depara-se-me indubitável a sombra que me anuncia a bruma que me envolverá para todo sempre. Os dias sucedem-se encarreirados na minoração de novos projectos, dos ideais e dos sonhos. A mesma coisa, embora me esforce pela novidade quanto possível, fatiga-me, entedia-me e faz-me esmorecer a esperança. Sinto que a existência tem o condão implícito de preparar-me para o fim, anestesiando-me de indiferença...  ffffff size=2>Quem teve amor e saudade
Que aos poucos sente perder
Pode sentir à vontade
O nada enfim... A nascer !...ffffff size=2> ffffff size=1>Torre da Guia = Portus Calle |
