O site Terrorismo Nunca Mais (www.ternuma.com.br) apresenta dados precisos para quem deseja, sem ranço ideológico, conhecer a história recente do Brasil, referente aos "anos da matraca", quando o TERROR se fez presente em nosso País.
Abaixo, "Memorial 1964", especifica, homem-a-homem-morto, como foram esses "anos da matraca". Atualmente, a esquerda, cinicamente, diz que a obra terrorista foi contra os militares, para implantar a democracia, quando na verdade queria apenas instalar aqui um regime totalitário marxista do tipo cubano ou chinês. "Todo comunista é ignorante ou safado por natureza" (dito popular).
O PT, desde seu nascimento, sempre sonhou um Brasil nos moldes da "Ilha do Dr. Castro". Lula, "bicombustível", ainda não sabe se segue o caminho do tirano do Caribe ou se vai se aproximar da social-democracia européia. Espero que o atual Governo faça a segunda escolha.
Não deixe de acessar também, em Ternuma, o "Memorial 1935", a primeira tentativa comunista de tomada do poder no Brasil (F.M.).
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"Memorial 1964
-001:12 Nov 64 - Rio de Janeiro/RJ: PAULO MACENA
- Explosão de bomba - deixada por uma organização comunista nunca identificada, em protesto contra a aprovação da Lei Suplicy, que extinguiu a UNE e a UBES - no Cine Bruni Flamengo, com seis feridos graves e 1 morto, o vigia PAULO MACENA.
002: 27 Mar 65 -LEÔNIDAS MARQUES/PR: CARLOS ARGEMIRO DE CAMARGO
- Emboscada de um grupo de militantes da Força Armada de Libertação Nacional (FALN), chefiado pelo ex-Cel EB Jeffersom Cardim de Alencar Osorio, com o assassinato a tiros do 3º Sgt Inf EB CARLOS ARGEMIRO DE CAMARGO da 2ª Cia Inf de Francisco Beltrão/PR, que deixou viúva grávida de sete meses.
-003/004:25 Jul 66 - Recife/PE: EDSON REGIS DE CARVALHO e NELSON GOMES FERNANDES.
- Explosão de bomba no Aeroporto Internacional de Guararapes, com 15 feridos e 2 mortos, o jornalista EDSON REGIS DE CARVALHO e o almirante NELSON GOMES FERNANDES.
-Ver "Recordando a História/Guararapes"
- 005: 28 Set 66:Goiânia/GO: RAIMUNDO DE CARVALHO ANDRADE
- Em meados de 1966, eram numerosas as agitações estudantis em várias cidades do Brasil, com numerosos incêndios suspeitos em São Paulo e conflitos no Rio de Janeiro e na Bahia; apesar da proibição, foi realizado, em Belo Horizonte, o 28º Congresso da UNE, entidade que estabeleceu a data de 22 Set, para ser o "Dia Nacional de Luta Contra a Ditadura".
- Tarzan de Castro ("Luiz", "Osvaldo", "Rogerio", "Sergio"), além de líder estudantil em Goiânia, era um militante que, em Jun 66, havia liderado uma dissidência do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), que iria formar a Ala Vermelha (AV). Preso na Fortaleza de Santa Cruz, em Niterói, chegaram as falsas notícias de que ele havia morrido na prisão e de que seu corpo chegaria no aeroporto de Goiânia à meia-noite de 28 Set 66, uma quarta-feira. Em protesto, estudantes, dirigidos por agitadores comunistas, resolveram invadir e ocupar o Colégio Estadual Campinas. A diretora solicitou foram reunidas praças que não faziam parte do policiamento de rua, tais como cozinheiros, burocratas, carpinteiros, etc. Por volta das 2000h, quando a "tropa", armada de fuzis modelo 1908 com tiros de festim, chegou ao colégio - que já estava invadido - foi recebida por tiros partidos do interior do ginásio, tendo sido morto o Cabo RAIMUNDO DE CARVALHO ANDRADE, que era o alfaiate da corporação.
- 006: 24 Nov 67 - Presidente Epitácio/SP: JOSÉ GONÇALVES DA CONCEIÇÃO
("ZÉ DICO").
-Desde o início de 1966, havia, dentro do PCB, a Corrente Revolucionária (CR), que tentava modificar a linha política do Partido, conduzindo-o para a luta armada. Um dos maiores líderes da CR era Carlos Marighella ("Turco", "Preto", "Menezes") e que, inclusive, dirigia a denominada "Ala Marighella".
Expulso do PCB em Set 67, por suas crescentes idéias radicais e, principalmente, por ter comparecido à I Conferência da OLAS, em Cuba, sem autorização do Partido, Marighella esfacelou o Comitê Estadual do PCB e organizou o Agrupamento Comunista de São Paulo (AC/SP), organização que, em Jan 69, daria origem à Ação Libertadora Nacional (ALN).
-Em 1967, a Ala Marighella e, posteriormente, o AC/SP já procuravam expandir suas atuações. Em Presidente Epitácio/SP e em Montes Claros/MG, já tinham estruturado um ainda pequeno trabalho junto aos camponeses, procurando insuflá-los contra os proprietários de terras.
-Marighella enviara o militante Edmur Péricles de Camargo ("Gaúcho", "Henrique") para Presidente Epitácio, a fim de resolver as pendências de terras entre camponeses e o proprietário da Fazenda Bandeirante, JOSÉ GONÇALVES DA CONCEIÇÃO, conhecido como "Zé Dico". Relatando o insucesso de suas diligências para Joaquim Câmara Ferreira ("Toledo", "Velho", "Valter", "Azevedo"), o principal líder do AC/SP depois de Marighella, dele recebeu a determinação de retornar a Presidente Epitácio e resolver o problema em favor dos camponeses, custasse o que custasse.
-Edmur reuniu alguns militantes do AC/SP e retornou à Fazenda Bandeirante. Trancou "Zé Dico" em um quarto, torturou-o e matou-o com vários tiros. O filho do fazendeiro, que tentara socorrer o pai, foi baleado duas vezes nas costas, por Edmur.
-Essa ação covarde, apresentada de forma descaracterizada, foi a primeira ação armada do AC/SP e por ele enaltecida nas páginas de seu jornaleco "O Guerrilheiro", nº 1, de abril de 1968, como um ato de "justiça social".
- 007: 06 Dez 67: Amazonas: AGOSTINHO FERREIRA LIMA
- Tentativa de seqüestro da lancha "Antonio Alberto", da Marinha Mercante, no Rio Negro/AM. O tripulante AGOSTINHO FERREIRA LIMA foi baleado, vindo a falecer em 10 Jan 68.
- A ação foi realizada por um grupo subversivo de nove terroristas, liderados por Ricardo Alberto Aguado Gomez ("Dr Ramon"), que viria a ser militante da ALN.
008: 21 Jun 68 - Rio de Janeiro/RJ: NELSON DE BARROS
- Cerca de 10 mil pessoas, lideradas por estudantes militantes de organizações comunistas clandestinas, realizaram violenta manifestação no Centro do Rio: ergueram barricadas, incendiaram carros, agrediram motoristas, saquearam lojas, atacaram a tiros a embaixada dos EUA e as tropas da PM. Houve mortos e centenas de presos e feridos, no que se convencionou chamar de a "sexta-feira sangrenta".
- Na Avenida Rio Branco, o Sd PM NELSON DE BARROS foi agredido por uma barra de ferro na cabeça, vindo a falecer em 27 Jun 68.
-009:26 Jun 68 - São Paulo/SP: MARIO KOSEL FILHO
- Explosão de bomba num carro preparado pela VPR contra o QG do II Exército, com 6 feridos e 1 morto, o soldado MARIO KOSEL FILHO.
-Ver Recordando a História /Atentado ao QG do II Exército
- 010: 27 Jun 68 -São Paulo/SP: NOEL (NOÉ?) DE OLIVEIRA RAMOS e OLAVO SIQUEIRA
- Nessa tarde, estudantes anticomunistas tentavam expressar-se politicamente e distribuiam, no Largo São Francisco, panfletos a favor do governo e contra as agitações estudantis, conduzidas, segundo eles, por comunistas.
- Foi quando Gessé Barbosa de Souza, eletricista e militante da VPR conhecido por "Juliano" e "Julião, tentou impedir o prosseguimento da manifestação, ameaçando os estudantes com uma arma.
- Os estudantes, em franca maioria, não se intimidaram com as ameaças e tentaram segurar Gessé, que fugiu. Na perseguição, atirou algumas vezes, matando o comerciário NOEL (NOÉ?) DE OLIVEIRA RAMOS, com um tiro no coração, e feriu o engraxate OLAVO SIQUEIRA, com um tiro no ombro direito.
- Logo depois, nas proximidades da Praça da Sé, Gessé acabou sendo preso, em flagrante, por policiais de uma rádio-patrulha.
OBS: O TERNUMA apreciaria receber mais dados sobre a vítima, inclusive seu nome correto.
011: 01 Jul 68 - Rio de Janeiro/RJ: EDWARD ERNEST TITO OTTO MAXIMILIAN VON WESTERNHAGEN
- Assassinato ("justiçamento") do major do exército da Alemanha, EDWARD ERNEST TITO OTTO MAXIMILIAN VON WESTERNHAGEN, na Rua Engenheiro Duarte na Gávea. O major foi morto por engano, pois o alvo era o capitão do exército da Bolívia, Gary Prado, acusado de ter matado Chê Guevara. Esse dois oficiais eram alunos da ECEME e o crime foi cometido por três militantes do COLINA, dos quais apenas dois foram positivamente identificados, Severino Viana Callou e João Lucas Alves.
Justiçamento " - "Assassinato de um major do exército da Alemanha".
- 012: 07 Set 68: São Paulo/SP: EDUARDO CUSTÓDIO DE SOUZA.
- Militantes de uma organização subversiva não identificada metralharam o sentinela do DOPS/SP, EDUARDO CUSTÓDIO DE SOUZA, soldado da PM/SP, que morreu com sete tiros.
- O TERNUMA apreciaria receber mais dados sobre a vítima, as condições do assassinato e a organização que o praticou.
013: 20 Set 68: São Paulo/SP: ANTÔNIO CARLOS JEFFERY
- Nessa noite, foi assassinado a tiros o Sd PM/SP ANTÔNIO CARLOS JEFFERY, quando estava de sentinela do quartel da então Força Pública do Estado de São Paulo (FPESP), no Barro Branco, tendo sido roubada sua metralhadora INA.
- O criminoso atentado foi praticado por militantes da organização comunista Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), dentre os quais podem ser citados:
- Pedro Lobo de Oliveira ("Getulio", "Gegê"), ex-sargento da FPESP; e
- Diogenes José Carvalho de Oliveira ("Leandro", "Leonardo", "Luiz", "Pedro").
- 014: 12 Out 68: São Paulo/SP: CHARLES RODNEY CHANDLER
-Assassinato do capitão do exército dos EUA, CHARLES RODNEY CHANDLER, quando saía de sua casa no bairro do Sumaré. O Cap Chandler estudava Sociologia e Política na Fundação ÁlvaresPenteado e foi acusado pelos comunistas brasileiros da VPR e da ALN de ser espião da CIA.Veja como foi praticado e conheça seus assassinos no "JUSTIÇAMENTO 02"
- 015: 25 Out 68: Rio de Janeiro/RJ: WENCESLAU RAMALHO LEITE
- Em plena Avenida 28 de Setembro, coração de Vila Isabel, militantes da organização comunista Comando de Libertação Nacional (COLINA) roubaram o auto Aero-Willys de placa GB 269273. Na ocasião, o proprietário do veículo, o civil WENCESLAU RAMALHO LEITE, foi assassinado com quatro tiros de pistola Luger 9mm.
- Foram identificados, apenas, dois dos assassinos, os terroristas Fausto Machado Freire ("Ruivo", "Wilson") e Murilo Pinto da Silva ("Cesar", "Miranda").
- 016: 07 Nov 68: São Paulo/SP: ESTANISLAU IGNÁCIO CORREA
No Alto de Pinheiros, na esquina das ruas Carlos Norberto Souza> Aranha e Jaime Fonseca Rodrigues, foi roubado um carro e covardemente assassinado a tiros o seu proprietário, o senhor Estanislau Ignácio Correa.
- O crime foi praticado por três militantes da VPR: Yoshitane Fujimore ("Edgar", "Antenor", "Clovis", "Cristóvão", "Japonês", "Joel", "Seishi"), Oswaldo Antônio dos Santos ("Portuga") e Pedro Lobo de Oliveira ("Getúlio", "Gegê")
- A respeito desse assassinato, o jornal "O Estado de São Paulo", de 09 de abril de 1980, publicou as declarações de um ex-militante da VPR, não identificado, nas quais afirma: "São três tiros, um no braço esquerdo, outro no tórax e o terceiro na cabeça. Ele morreu instantaneamente, a metade do corpo para fora do carro... Maneira estúpida de morrer. Não havia risco para "Edgar" e "Portuga". O homem estava desarmado, carregava uma pasta de couro na qual não caberia sequer um arma pequena. Poderia ter sido dominado pelos dois, jovens e fortes, e, além disso, protegidos pela cobertura de "Getúlio", estacionado a menos de 30 metros do local e também armado. Por que, então atirou naquele homem? Por que matá-lo, se a única ajuda que poderia receber viria de uma frágil e assustada dona-de-casa, que assistia tudo paralisada na calçada? Eles poderiam simplesmente golpeá-lo na cabeça - uma simples e dolorida, sem dúvida, mas não mortal coronhada...";
- 017: 07 Jan 69: Rio de Janeiro/RJ: ALZIRA BALTAZAR DE ALMEIDA
-A primeira semana de janeiro de 1969 foi "quente" no então estado da Guanabara. Os comunistas, insuflados pelo ódio despertado pelo AI-5, de 13 de dezembro, e incentivados pela praticamente nula reação policial (os órgãos de segurança para o combate ao terrorismo ainda não haviam sido criados), resolveram "incendiar" a cidade. Foram executados diversos assaltos contra policiais, contra bancos e postos de gasolina. Mas, para os terroristas, divertido foi lançar bombas contra a polícia e contra prédios oficiais. Assim, só nessa semana, explodiram 10 bombas, das quais sete contra viaturas policiais, uma contra o Estado-Maior das Forças Armadas (EMFA), então funcionando no Palácio Monroe, outra no prédio do QG da 3ª Zona Aérea e outra, ainda, contra um quartel da PM. Uma das bombas lançadas contra viaturas policiais explodiu na Rua Real Grandeza, ferindo sete pessoas.
- Uma outra, entretanto, foi mais grave. Na noite de 07 de janeiro de 1969, uma terça-feira, foi jogada uma bomba embaixo da viatura policial 6-245, de placa GB 9-08-48, estacionada em frente à 9ª DP, na esquina das ruas Pedro Américo e do Catete, que matou a vítima inocente ALZIRA BALTAZAR DE ALMEIDA, de 18 anos.
- Nunca se descobriu qual organização comunista lançou essas 10 bombas. Sabe-se, entretanto, que no dia anterior, 06 Jan 69, o primeiro MR-8, originado da Dissidência do PCB em Niterói, havia assaltado o Banco Lar Brasileiro, na Rua Visconde de Pirajá, em Ipanema.
-018/019: 29 Jan 69 - Belo Horizonte/MG: CECILDES MOREIRA DE FARIA e JOSÉ ANTUNES FERREIRA .
- Os depoimentos de diversos presos em Belo Horizonte, militantes do Comando de Libertação Nacional (COLINA), levaram a polícia a desbaratar três "aparelhos" dessa organização, na trágica madrugada de 29 de janeiro de 1969.
- À 0100h, onze policiais dirigiram-se para o "aparelho" da Rua Itaí, nº 113, no bairro Santa Ifigênia, entregue por Ângelo Pezzuti da Silva ("Cabral", "Gabriel"), onde não encontraram ninguém mas, apenas, documentos da organização.
- Às 0230h, foram para o "aparelho" delatado por Pedro Paulo Bretas ("Kleber"), na Rua XXXIV, nº 31, no bairro Santa Ignez, onde encontraram explosivos, armas e munições.
- Às 0400h, reforçados por 3 guardas-civis de uma rádio-patrulha, os policiais chegaram no terceiro "aparelho", na Rua Itacarambu, nº 120, no bairro São Geraldo, também, entregue por Pedro Paulo Bretas. No local, quando disseram ser da polícia, foram recebidos por rajadas de metralhadora, disparadas por Murilo Pinto Pezzuti da Silva ("Cesar", "Miranda"), irmão de Ângelo Pezzuti, que mataram o inspetor CECILDES MOREIRA DE FARIA - que deixou viúva e oito filhos menores - e o guarda-civil JOSÉ ANTUNES FERREIRA, além de feriram, gravemente, o investigador JOSÉ REIS DE OLIVEIRA.
- Foram presos, além do assassino Murilo Pinto Pezzuti da Silva, os militantes Afonso Celso Lana Leite ("Ciro"), Mauricio Vieira de Paiva ("Carlos") - ferido com dois tiros, Nilo Sérgio Menezes Macedo ("André"), Julio Antonio Bittencourt de Almeida ("Pedro"), Jorge Raimundo Nahas ("Clóvis", "Ismael") e sua esposa, Maria José de Carvalho Nahas ("Célia", "Marta", "Zezé").
- No local, foram encontrados documentos subversivos do COLINA, dinheiro dos assaltos, fardas da PM, muita munição e o seguinte armamento: um FAL (o que fora roubado do Museu Do Exército, no Rio de Janeiro, em 17 Mar 68), duas Mtr Thompson Cal 45, quatro Pst Cal 7,65, uma Pst 22, um Rv 22, dois Rv 32, um Rv 38, duas carabinas Urko, duas granadas defensivas, duas bombas e 702 bananas de dinamite.
- Assalto da VAR-Palmares ao Banco Aliança, agência Muda, quando Darcy Rodrigues assassinou Cidelino Palmeira do Nascimento, motorista do táxi GB 40-09-79, que conduzia um policial e funcionários do banco em perseguição aos terroristas
- Ver "Recordando a História/A Ação Gande ou Roubo do Cofre do Adhemar"
- 20/21: 14 Abr 69 - São Paulo/SP: FRANCISCO BENTO DA SILVA e LUIZ FERREIRA DA SILVA
- Nessa segunda-feira, a Ala Vermelha (AV) assaltou um carro- pagador (uma Kombi) do Banco Francês-Italiano para a América do Sul, na Alameda Barão de Campinas, com o roubo de cerca de 20 milhões de cruzeiros antigos.
- Na ocasião, foram assassinados a tiros o motorista FRANCISCO BENTO DA SILVA e o guarda bancário LUIZ FERREIRA DA SILVA (veio a falecer alguns dias depois).
- Participaram da ação três dos "Irmãos Metralha" - Devanir José de Carvalho ("Henrique", "Justino", "Heitor", "Hugo"), Daniel José de Carvalho ("Josué") e Derly José de Carvalho ("Rui", "Alonso", "Antonio") - e mais os seguintes oito militantes da AV: Aderval Alves Coqueiro ("Baiano", "Haroldo", "José Joaquim de Moura"), Antonio Medeiros Neto ("Nilo"), Elio Cabral de Souza ("Campos", "Celso", "Flavio", "Flavio Cabral", "Mateus", "Pereira", "Silva", "Eduardo Soares Guerra", "José Ricardo da
Silva"), Genésio Borges de Mello ("Neco", "Alan"), Gilberto Giovanetti ("Beto", "Dito", "Giba", "Tadeu"), James Allen Luz ("Ciro", "Edson", "Roberto", "Tarso"), Lucio da Costa Fonseca ("Menezes"), Ney Jansen Ferreira Júnior ("Nelson", "Professor Nelson", "Nelsinho", "Nilo", "Nilson", "Raimundo José da Silva", "Wagnaldo Aparecido de Jesus")
- 022: 07 Mai 69 - Suzano/SP: JOSÉ DE CARVALHO
- Os militantes da Ação Libertadora Nacional (ALN) em São Paulo estavam profundamente frustrados com o fracassado assalto de 25 Abr 69 à agência Barra Funda do Banco Itaú-América, quando um solitário soldado da PM colocou em fuga quatro "valentes" terroristas.
- Assim, para o próximo "glorioso" assalto, planejaram que, além dos quatro militantes responsáveis diretamente pela ação de roubo, haveria um outro carro de segurança e cobertura, com mais dois militantes.
- Cerca das 1000h de 07 Mai 69, uma quarta-feira, seis militantes da ALN assaltaram a agência do União dos Bancos Brasileiros (ex-Banco Moreira Salles), localizada na Rua General Francisco Glicério, 429, no município de Suzano, a cerca de 40Km de São Paulo. - Três militantes entraram no banco e renderam funcionários e clientes, conduzidos para um dos banheiros. Um terrorista cortou a mão ao quebrar o vidro do guichê de um dos caixas, o qual começou a colocar o dinheiro numa sacola. Um outro estava levando o gerente para abrir o cofre-forte, quando ouviu-se um tiro na rua. Era o motorista da quadrilha que, estacionado em frente ao banco, vira a aproximação de um carro da polícia, alertada por um vizinho do banco.
- Quando os dois policiais preparavam-se para agir, um terrorista da cobertura, com uma carabina, atirou contra o investigador da Polícia Civil, JOSÉ DE CARVALHO, que, atingido na boca, veio a falecer na manhã do dia seguinte, 08 Mai 69, deixando esposa e dois filhos.
- Houve tiroteio com o outro policial, o delegado da cidade, Helio Pontes Toledo, que chegou a descarregar sua arma contra os terroristas, que fugiram levando pouco mais de 5 mil cruzeiros novos (não conseguiram roubar os 90 mil que estavam no cofre-forte).
- Ao final do tiroteio, dois baleados: Antonio Maria Comenda Melchior, funcionário do banco com um tiro na perna, e Fernando Francisco Fiamini, 60 anos, que passava casualmente em frente ao banco e que, apesar de receber dois tiros no peito, conseguiu sobreviver.
- Um dos carros dos terroristas, um Volks vermelho, foi abandonado a 6Km de Suzano, com o cárter furado - atingido por um tiro - e com o motor fundido. Nesse local, para o prosseguimento da fuga, os terroristas roubaram uma Kombi.
- Da ação criminosa, participaram os seguintes seis militantes da ALN: Virgílio Gomes da Silva ("Jonas", "Haroldo", "Carlos", "Borges", "Breno", "Joel Ferreira Lima"), Aton Fon Filho ("Ivo", "Marcos", "Joaquim", "Chinesinho"), Takao Amano ("Jorge", "Oishi"), Ney da Costa Falcão ("Tim", "Jair"), Manoel Cyrilo de Oliveira Neto ("Sergio", "Bene", "Mauro", "Francisco") e João Batista Zeferino Sales Vani ("Eusébio", "Evaristo"). - Takao Amano, baleado na coxa, foi conduzido para o aparelho do casal Carlos Henrique Knapp ("Mateus", "Alemão", "Martins") e Eliane Toscano Zamikhowski ("Nina", "Mariana"), onde foi operado por Boanerges de Souza Massa ("Peter", "Antonio", "Felipe"), médico da ALN.
023- 09 Mai 69 - São Paulo/SP
- Assalto a banco cometido pela VPR, quando Carlos Lamarca assassinou o guarda-civil Orlando Pinto Saraiva.
- Ver "Recordando a História/Lamarca/2. "O Primeiro assassinato
- 024: 26 Mai 69 - Rio de Janeiro/RJ: AILTON DE OLIVEIRA
- Fuga de 9 militantes do Movimento de Ação Revolucionária (MAR) da penitenciária Lemos de Brito.
- Ailton de Oliveira, guarda penitenciário, casado, 38 anos, foi baleado por Avelino Bioni Capitani com um tiro na cabeça e outro no braço, vindo a falecer cinco dias depois.
- Jorge Felix Barbosa, guarda penitenciário, foi ferido com um tiro na nuca, atrás da orelha direita.
- Valter de Oliveira Pereira, guarda penitenciário, foi ferido com várias coronhadas na cabeça, desfechadas por Roberto Cietto.
- João Dias Pereira, funcionário da Light, que passava casualmente pela calçada, foi baleado no abdómen por Antonio Duarte dos Santos, tendo ficado inutilizado.
- Para mais detalhes, ver "RECORDANDO A HISTÓRIA" OU ORGANIZAÇÕES SUBVERSIVAS:"MAR"
- 025: 27 Mai 69 - São Paulo/SP: NAUL JOSÉ MANTOVANI
- No dia 27 de maio de 1969, às 0145h, no afã de aumentar a potência de fogo de seu Grupo Tático Armado (GTA) e realizar uma ação de propaganda armada, desmoralizando as forças de segurança, a Ação Libertadora Nacional (ALN) perpetrou uma ação contra o 15º Batalhão da Força Pública (atual 1 BPGd), localizado na Avenida Cruzeiro do Sul, em São Paulo/SP.
- No Volkswagen da ação, dirigido por Celso Antunes Horta ("Alcides"), iam Virgílio Gomes da Silva ("Jonas", "Haroldo", "Carlos", "Borges", "Breno", "Joel Ferreira Lima"), Aton Fon Filho ("Ivo", "Marcos", "Joaquim", "Chinesinho"), Carlos Eduardo Pires Fleury ("Teixeira", "Humberto", "Virgilio") e Maria Aparecida da Costa ("Cristina", "Lucia", "Neusa", "Cidra", "Santa").
- Como cobertura, ia um Karman-Ghia, dirigido por Ana de Cerqueira Cesar Corbisier ("Maria", "May", "Cristina") e mais um militante (ou Takao Amano ou Boanerges de Souza Massa ou Luiz Fogaça Balboni). Antecipando-se ao Volks, Ana estacionara na esquina próxima, aguardando o desenrolar dos acontecimentos.
- A repentina parada do carro da ação e o rápido desembarque de três elementos surpreendeu o soldado Naul José Mantovani, casado, 30 anos, que se encontrava de guarda. Virgilio Gomes da Silva, Aton Fon Filho e Carlos Eduardo Pires Fleury não deram qualquer chance ao policial-militar, que morreu fuzilado pelos comunistas, que lhe roubaram a metralhadora INA e o revólver .38.
- O soldado Nicácio Conceição Pupo, que acorreu ao local ouvindo os disparos, foi gravemente ferido na cabeça, tendo ficado com o cérebro paralisado.
- Os assassinos empreenderam a fuga, com a reação do restante da guarda, que abriu fogo contra o Volks.
026: 04 Jun 69 - São Paulo/SP: BOAVENTURA RODRIGUES DA SILVA
- Às 1130h de 04 de junho de 1969, uma quarta-feira, a ALN deu prosseguimento ao irracionalismo da violência, aumentando o rol de suas vítimas fatais, ao resolver roubar a metralhadora de um soldado da FPESP que patrulhava a área próxima ao Banco Tozan da Avenida Penha de França, 634, no centro comercial do bairro da Penha, em São Paulo.
- Inicialmente confundida com um assalto ao banco, a ação terrorista foi chefiada por Virgílio Gomes da Silva ("Jonas", "Haroldo", "Carlos", "Borges", "Breno", "Joel Ferreira Lima"), que, no Aero-Willis cinza escuro placa 3-86-38, anteriormente roubado, conduzia mais cinco militantes: Aton Fon Filho ("Ivo", "Marcos", "Joaquim", "Chinesinho"), Celso Antunes Horta ("Alcides"), Manoel Cyrillo de Oliveira Netto ("Sergio", "Benê", "Mauro", "Francisco"), Francisco Gomes da Silva ("Davi", "David Soares") e Carlos Eduardo Pires Fleury ("Teixeira", "Humberto", "Virgilio").
- O alvo da ação foi o soldado Boaventura Rodrigues da Silva, 29 anos, casado e pai de três filhos menores, que, corajosamente, reagiu ao assalto. Foi morto com um tiro nas costas, que atravessou-lhe o tórax, e teve sua metralhadora INA roubada. Quem o matou foi o Francisco Gomes da Silva, que acabou sendo também baleado pelo soldado Boaventura que, antes de morrer, desfechou-lhe dois tiros com seu revólver .38.
- Os seis terroristas fugiram em disparada no Aero-Willis, levando "Davi", baleado nas costas. Logo depois, três desceram do carro e os três restantes, incluindo "Davi", passaram para um VW de apoio, dirigido por uma mulher, com uma criança.
- A ALN acionou o seu esquema médico e Franciso Gomes foi levado para a casa de Carlos Henrique Knapp ("Alemão", "Martins", "Mateus"), no Jardim América, onde foi atendido por Boanerges de Souza Massa ("Peter", "Antonio", "Felipe""). Devido à gravidade do ferimento, foi levado por Boanerges para o Hospital e Maternidade Boa Esperança, no Km 20 da Estrada de Itapecerica da Serra, onde foi internado sob a alegação de um acidente de automóvel, com o falso nome de "David Soares" e operado. A equipe médica de plantão, ao verificar que se tratava de ferimento à bala, decidiu denunciar o fato à polícia.
- Boanerges, ao tomar conhecimento dessa intenção, auxiliado por Eliane Toscano Zamikhowsky ("Nina", "Mariana") e Paulo de Tarso Venceslau ("Geraldo", "Machado", "Rodrigo", "Beto"), roubou uma ambulância, rendeu os médicos e retirou o recém-operado, transportando-o para a casa de Carlos Henrique Knapp. Mais tarde, "Davi" foi se restabelecer na casa de praia da militante da rede de apoio Sandra Brizola, em São Sebastião, litoral Norte de São Paulo.
- 027/028: 22 Jun 69 - São Paulo/SP: GUIDO BONE E NATALINO AMARO TEIXEIRA
- Em maio de 1969, a ALN aprovou o documento "O Papel da Ação Revolucionária na Organização". No preâmbulo, reafirmava a sua denominação de Ação Libertadora Nacional (ALN), "organização de âmbito nacional nascida do esforço dos grupos revolucionários integrantes do AC/SP" (Obs: Agrupamento Comunista de São Paulo, surgido de dissidência do PCB, criada por aqueles que apoiavam a luta armada sob a liderança de Carlos Marighella).
- Da experiência da implantação da "ação revolucionária", a ALN concluía que "uma organização revolucionária afirma-se pela ação que desenvolve" ... e "o que faz a organização e lhe dá o nome é a ação revolucionária".
- A organização demonstrava toda sua virulência e o comprometimento que desejava de seus seguidores, afirmando: "sendo o nosso caminho o da violência, do radicalismo e do terrorismo os que afluem à nossa organização não virão enganados, e sim, atraídos pela violência que nos caracteriza".
- Foi assim que, em 22 Jun 69, militantes da ALN/SP atacaram e incendiaram a viatura RP-416, da Força Pública paulista, matando a tiros seus dois soldados, Guido Bone e Natalino Amaro Teixeira, e roubando suas armas. O TERNUMA não sabe os nomes dos assassinos.
- Sabe, entretanto, que, nessa época, o "setor de expropriações" da ALN, também conhecido como Grupo Tático Armado (GTA), era chefiado por Virgílio Gomes da Silva ("Jonas", "Haroldo", "Carlos", "Borges", "Breno", "Joel Ferreira Lima"), assessorado por Carlos Eduardo Pires Fleury ("Teixeira", "Humberto", "Virgilio").
- O GTA era composto por dois Grupos de Ação (GA) chefiados por Takao Amano ("Jorge", "Oishi") e por José Wilson Lessa Sabag ("Nestor").
- O GA de Takao era composto por seu irmão João Katsunobu Amano ("João"), Denison Luiz de Oliveira ("Caetano"), Carlos Lichtszjen ("Lincoln"), Maria Aparecida Costa ("Cristina", "Lucia", "Neusa", "Cidra", "Santa"), Francisco Gomes da Silva ("Davi", "David Soares") e Celso Antunes Horta ("Alcides").
- O GA de "Nestor" era composto, dentre outros, por Manoel Cyrillo de Oliveira Netto ("Sérgio", "Bené", "Mauro", "Francisco"), Luiz Fogaça Balboni ("Matias"), Maria Aparecida dos Santos ("Vilma", "Sílvia"), Ruy Carlos Vieira Berbert ("Osvaldo", "Silvino", "Joaquim", "João Silvino Lopes"), Guiomar Silva Lopes ("Maria", "Lucia", "Marta"), Carlos Chnaiderman ("Alexandre", "Lelio"), Antenor Meyer ("Adolfo", "Luiz Rodolfo Goldman"), Maria Augusta Thomaz ("Sofia", "Márcia", "Renata", "Helena Gouveia", "Maria Helena") e Francisco José de Oliveira ("Amaro", "Fausto", "Mauro", "Dario Marcondes").
- O TERNUMA apreciaria receber mais dados sobre essa ação terrorista, como, por exemplo, dados sobre as duas vítimas, local, hora e os nomes dos assassinos.
- 029: 11 Jul 69 - Rio de Janeiro/RJ: CIDELCINO PALMEIRA DO NASCIMENTO
Finalizando um processo que já durava alguns meses, reuniram-se no início de julho 69, numa casa do litoral paulista, em Mongaguá, os Comandos Nacionais (CN) de duas organizações militaristas, a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) e o Comando de Libertação Nacional (COLINA). Denominada de "Conferência de Fusão", deliberou em favor da fusão dessas duas organizações numa nova, que denominada Vanguarda Armada Revolucionária - Palmares (VAR-PAL ou simplesmente VAR).
Foi eleito o seguinte CN, três oriundos de cada organização: Carlos Lamarca ("Celio", "Cesar", "Cid", "Cirilo", "Claudio", "João", "Renato", "Sylas", "Anibal"), Antônio Roberto Espinosa ("Bento", "Helio", "Lino") e Cláudio de Souza Ribeiro ("Alexandre", "Ciro", "Matos", "Pará", "Silvio", "João da Silva Ramos"), da VPR, e Juarez Guimarães de Brito ("Julio", "Juvenal", "Fabio"), sua esposa Maria do Carmo Brito ("Lia", "Yara", "Madalena", "Madá", "Sara") e Carlos Franklin Paixão Araújo ("Max", "Anibal", "Antero", "Ernesto", "Luiz", "Pedro", "Ramiro"), do COLINA.
Apesar da fusão ter sido concretizada, as discussões da conferência não foram tranqüilas, transcorrendo num clima tenso e, por vezes, tumultuado. Os "massistas" oriundos do COLINA, melhor preparados politicamente, criticavam os "militaristas" da VPR, pelo "imediatismo revolucionário" que defendiam. Ao mesmo tempo, entrando com 55 milhões de cruzeiros e um grande arsenal de armas, munições e explosivos, os oriundos da VPR sentiam-se moralmente fortalecidos, em face do nenhum dinheiro e das duas metralhadoras Thompson e quatro pistolas trazidas pelo COLINA.
Entretanto, tudo foi esquecido quando Juarez Guimarães de Brito, representante do COLINA, apresentou o seu trunfo, o planejamento da "grande ação", o "roubo do cofre do Adhemar", que poderia dar, à VAR-P, sua independência financeira. OBS: Ver "Recordando a História/A Grande Ação ou Roubo do Cofre do Adhemar"
Necessitando de dinheiro para a execução da "grande ação", Juarez planejou um assalto a banco, o que denominou de "ação retificadora".
Precisando de carros, três militantes da VAR - dois homens e uma mulher - "expropriaram" dois:
- o primeiro, em 08 Jul 69, um Itamaraty branco com teto de vinil preto, placa GB 13-84-53, roubado na Rua Dias da Cruz, no Méier, cujo proprietário, Geraldo Alexandre, funcionário do Tribunal de Contas, foi agredido a coronhadas;
- o segundo, no dia seguinte, um Volks verde escuro placa GB 19-12-62, roubado no bairro Peixoto, em Copacabana.
Foi assim que, em 11 Jul 69, uma sexta-feira, foi assaltado o Banco Aliança, agência Muda, na Rua Conde de Bonfim, 767, com o roubo de NCr$ 44.146,60. Uma das paredes do banco foi pichada com a nova sigla "VAR-PALMARES".
Os seguintes oito militantes participaram da ação: Juarez (no comando), Chael Charles Schreier ("Joaquim"), Adilson Ferreira da Silva ("Miguel", "Miguel Sebastião", "Ari", "Baiano", "Osvaldo", "Zequinha"), Flavio Roberto de Souza ("Ernesto", "Gustavo", "Juarez", "Mario", "Marques"), Reinaldo José de Melo ("Douglas", "Mauricio", "Otavio", "Rafael"), Darcy Rodrigues ("Batista", "Leo", "Silvio", "Souza"), Fernando Borges de Paula Ferreira ("Fernando Ruivo", "Mario", "Nelson", "Rodrigo") e sua companheira Sonia Eliane Lafoz ("Bonnie", "Clarice", "Mariana", "Paula", "Rita", "Olga").
Quatro militantes foram no carro da ação, o Itamaraty branco, já com a placa fria GB 28-28-49, e quatro foram, como cobertura, no Volks verde placa fria GB 21-88-97.
Imediatamente após a fuga, o guarda bancário Nilton Batista da Silva e os funcionários Renato da Silva e Rogerio França resolveram perseguir os criminosos. Para isso, pararam um táxi que passava, um Volks de quatro portas, placa GB 40-09-79, dirigido pelo seu proprietário Cidelcino Palmeira do Nascimento. Descendo a Rua Conde de Bonfim em alta velocidade, o táxi logo avistou e encostou nos dois carros dos assaltantes. Na Rua Andrade Neves, quase esquina com a Rua José Higino, Darcy Rodrigues, que ocupava o banco de trás do Volks de cobertura, quebrou o vidro trazeiro e disparou uma rajada de metralhadora contra o táxi, matando o motorista Cidelcino Palmeira do Nascimento, de 28 anos, atingido por uma bala entre os olhos.
A VAR-PALMARES começava o seu terror.
- 030: 23 Jul 69 - São Paulo/SP: APARECIDO DOS SANTOS DE OLIVEIRA
A nascente Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-P) nem bem se refazia do sucesso alcançado com o "Roubo do Cofre do Adhemar" - quando, em 18 Jul 69, apurou quase 3 milhões de dólares - e já planejava novos assaltos para conseguir mais dinheiro. A VAR-P queria seria a maior organização terrorista do Brasil!
Foi assim que formou uma "frente" com dois grupos que, nessa época, estavam "soltos", recentemente expulsos da Ala Vermelha: o "Grupo do Devanir" e o "Grupo do Gaúcho".
Depois de roubarem três carros, dentre os quais um Volks branco, os seguintes 12 militantes perpetraram um assalto a banco:
- pela VAR-P: Chael Charles Schreier ("Joaquim"), Roberto das Chagas e Silva ("Caetano", "Camilo", "Claudio", "Edson", "Lucio", "Maciel", "Tuca"), Carmen Monteiro dos Santos Jacomini ("Ana Paula", "Coelhinha", "Claudia", "Fatima", "Isabel", "Patricia", "Zizi"), e Eduardo Collen Leite ("Bacuri", "Basilio", "Sebastião", "Americo", "Jorge", "Rafael", "Wladimir Cavalheiro", "Edson Alves Souza", "Edson Cerqueira Matos", "Milton Gabbai", "Euclides Machado Moura");
- pelo "Grupo do Devanir": Devanir José de Carvalho ("Henrique", "Justino", "Heitor", "Hugo"), James Allen Luz ("Ciro", "Edson", "Roberto", "Tarso"), Raimundo Gonçalves de Figueiredo ("Chico", "James", "Mauro", "Marcos", "Raimundinho", "Mundinho", "Ferreira", "Francisco", "Francisco José de Moura", "José Francisco Severo Ferreira", "José Severo", "Waldemar Rodrigues de Figueiredo"), Ney Jansen Ferreira Junior ("Nelson", "Professor Nelson", "Nelsinho", "Nilo", "Nilson", "Raimundo José da Silva", "Wagnaldo Aparecido de Jesus") e José Couto Leal ("Roberto", "Goiano");
- pelo "Grupo do Gaúcho": Plinio Petersen Pereira ("Gaucho"-"Omar"-"Marcos"-"Raul"-"Alex"-"Guilherme"-"Velho"), Domingos Quintino dos Santos ("Camponês", "Juvencio", "Anastacio", "Germano") e Chaouky Abbara ("Paulo").
Às 1630h de 23 Jul 69, a "frente" assaltou o Banco Bradesco, localizado na Rua Turiaçu, 1202, nas Perdizes, bairro da capital de São Paulo, roubando NCr$ 6.800,00.
Tentando cumprir o seu dever impedindo o assalto, o soldado da então Força Pública paulista, Aparecido dos Santos de Oliveira, foi impiedosamente assassinado. Raimundo Gonçalves desfechou-lhe um tiro e, quando já caído, Domingos Quintino acertou-lhe mais quatro vezes, à queima-roupa.
Carmen Monteiro, a "Coelhinha", apavorada com o trágico desfecho, fugiu do local.
Os demais prosseguiram, muitos em outras organizações, na trilha terrorista.
- 031: 19 Ago 69 - Jandaia do Sul/PR: JOSÉ SANTA MARIA FILHO
Em 19 Ago 69, José Santa Maria Filho, gerente do Banco de Crédito Rural de Minas Gerais, localizado em Jandaia do Sul, no Paraná, foi assassinado por uma organização terrorista, quando transportava dinheiro para o banco.
O TERNUMA apreciaria receber mais dados sobre esse assassinato e, particularmente, sobre a organização comunista que o praticou.
-10 Mai 70 -Registro/SP
Justiçamento" cometido pela VPR, com o assassinato do Tenente da PM/SP Alberto Mendes Júnior.
- Ver "Recordando a História/Lamarca/4. "O assassinato do Tenente Mendes
-11 Jun 70:Rio de Janeiro / RJ
-Seqüestro do embaixador da Alemanha, cometido pela VPR e pela ALN, quando Eduardo Leite ("Bacuri"), militante da ALN, assassinou o agente da Polícia Federal Irlando de Souza Regis.
- Ver "Recordando a História"/ "O Seqüestro do Embaixador da Alemanha".
26 Jun 70 - Recife/PE
- Assalto do PCBR para roubar um carro, com o assassinato do Tenente da Aeronáutica Matheus Levino dos Santos.
- Ver "Recordando a História/Levino"
- 27 Out 70 - Salvador/BA
- Assassinato do Sargento da Aeronáutica Walder Xavier de Lima, cometido pelo militante do PCBR Theodomiro Romeiro dos Santos.
- Ver "Você Sabia?"
07 Dez 70 - Rio de Janeiro/RJ
- Seqüestro do embaixador da Suíça, cometido pela VPR, quando Carlos Lamarca assassinou o agente da Polícia Federal Helio Carvalho de Araújo.
- Ver "Recordando a História/O Seqüestro do Embaixador da Suíça
15 Abr 71 - São Paulo/SP
-Justiçamento" cometido pela ALN e pelo MRT, com o assassinato do industrial Henning Albert Boilesen.
Ver-Justiçamento
25 Fev 73 - Rio de Janeiro/RJ
- "Justiçamento" cometido por uma frente das organizações ALN, VPR, VAR-P e PCBR, com o assassinato do Delegado de Polícia de São Paulo Otávio Gonçalves Moreira Júnior, o "Otavinho".