Usina de Letras
Usina de Letras
57 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62374 )

Cartas ( 21335)

Contos (13272)

Cordel (10452)

Cronicas (22545)

Discursos (3240)

Ensaios - (10433)

Erótico (13578)

Frases (50762)

Humor (20065)

Infantil (5479)

Infanto Juvenil (4800)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140859)

Redação (3318)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6226)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->AS RUAS DA CIDADE - ANALOGIA SOBRE A CENSURA NA USINA -- 29/10/2003 - 23:07 (Marco Antonio Cardoso) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Cruzando as ruas da cidade, vago entre prédios que evocam um passado alegre e glorioso, entre os quais outros se erguem, toscos ou modernosos, alguns, pra dizer a verdade, muitos, apenas funcionais, sem brilho ou estilo, sem bom gosto, o que eu entendo por bom gosto, apenas paredes, tetos e fachadas, além de letreiros, chamativos e deselegantes.

Alguns prédios antigos estão arruinados, alguns prédios novos também, algumas ruas são bem cuidadas, com jardins e canteiros, enfeitando casas e mansões, outras nem calçadas são, e os esgotos correm a céu aberto.

As pessoas que encontro vestem-se como reis ou mendigos, alguns são de fato reis, e um bom bocado são mendigos, imundos, famintos, desiludidos.

Eu vejo, falo, calo, movo ou estaco.

Passeio por bulevares, frescos e coloridos, com passo lento e interessado.

Atravesso favelas, tristes e fétidas, como que quer fugir de um pesadelo.

Mas os sonhos são tão importantes quanto os pesadelos, pois se uns significam o que queremos de bom para nossa vida, os outros são a mostra do quanto precisaremos trabalhar para alcançar estes sonhos.

Se não tivermos pesadelos, vez por outra, nunca poderemos avaliar se os sonhos tidos são realmente aquilo que queremos sonhar, para um dia poder alcançar.

Hoje li uma proposta de censura na Usina.

Uma proposta sem propósito.

Quem quer carneirinhos poéticos não pode esquecer que terá, mais cedo ou mais tarde que mexer com o estrume.

E daí se algumas ovelhas nascerem negras? Deverão ser sacrificadas por isso?

E daí se alguns usineiros não produzem açúcar e sim fel, ou lixo?

Cruzamos ruas em nossas cidades que são limpíssimas, outras estão emporcalhadas com lixo e esgoto.

Com certeza serão evitadas, se possível for, numa próxima jornada.

Mas, algum dia passaremos por lá, para ver se o lixo foi retirado, se o esgoto foi coberto.

Assim são os escritores e seus escritos na Usina.

Nuns dias são jardins floridos e olorosos, noutros são monturos fétidos e horrorosos.

Quem lê, não é obrigado a ler tudo, lê o que quer, se quiser.

Eu de minha parte leio tudo.

Desde poemas a textos politizados. Das picuinhas d além e d aquém mar até os ataques ao espiritismo (eu sou espírita, mas respeito opiniões contrárias). Até mesmo as descabidas propostas de despedaçar meu país, o Brasil INTEIRO, e não só um pedaço, eu leio, embora desaprove, como irresponsabilidade e visão curta.

Mas leio, e quero continuar lendo.

Quero que os escritores deste site tenham LIBERDADE.

E se a liberdade for confundida com libertinagem, ou sirva de pretexto para guerra de egos, que assim seja.

Isso é vida num site de literatura VERDADEIRAMENTE DEMOCRÁTICO.

A exclusão de que foi vítima grande parte dos autores que aqui se publicam, com o advento da assinatura, não foi impeditivo para se continuar publicando e colhendo os frutos do trabalho literário.

Na verdade, qualquer dificuldade é suplantada com perseverança. Por isso persevero publicando, mesmo sem maiores visibilidades.

Penso que seria importante para o site ter uma seção de críticas, que se acessasse a partir dos textos lidos, não se atendo a avaliação de colocação somente no NÚMERO DE LEITURAS, mas também nas críticas e NOTAS, que os leitores dessem sobre o texto. Pode-se até argumentar que dessa forma corre-se o mesmo risco de fraude, que seja. Quem frauda, não engana sua própria consciência, e isso já basta para condenar ações desonestas.

Em suma, discordo totalmente da proposta de censura na usina, sob qualquer pretexto, sob pena de enterrar de vez um dos melhores sites onde a literatura pode existir.





www.poetadopovo.kit.net/



Marco Antonio Cardoso

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui