Até setembro de 2002 o governo FHC havia gerado um superávit na Balança Comercial de US$ 7,9 bilhões, e recebido em Investimentos Externos Líquidos (Diretos e Indiretos) de US$ 10,2 bilhões, gerando um saldo positivo para o Brasil da ordem de US$ 18,1 bilhões, e reservas líquidas da ordem de US$ 14,2 bilhões.
Até setembro de 2003 o governo Lula havia gerado um superávit na Balança Comercial de US$ 17,8 bilhões, e recebido em Investimentos Externos Líquidos (Diretos e Indiretos) de US$ 7,8 bilhões (não estamos considerando transferência de US$ 3,2 bilhões, por fraude contábil, do ano de 2002 para março de 2003), gerando um saldo positivo para o Brasil da ordem de US$ 25,6 bilhões, e reservas líquidas da ordem de US$ 16,2 bilhões.
Com base nos números conhecidos até setembro de 2003 podemos projetar uma necessidade de financiamento do balanço de pagamentos da ordem de US$ 20,8 bilhões para o corrente ano. Considerando também a necessidade de financiamento do balanço de pagamentos para 2004, e tendo apenas US$ 16,2 bilhões em reservas líquidas, podemos concluir que: o Brasil terá necessidade de renovar o acordo atual com o FMI (saldo da dívida em setembro de 2003 de US$ 36,5 bilhões).
Nota: Arquivos oficiais do governo brasileiro disponíveis aos leitores para consulta. Basta solicitar