O processo de industrialização em grande escala aconteceu praticamente com Henrri Ford, mentor da produção em massa. Gostaria de começar esta resenha crítica com uma interessante menção sobre ele no livro, Admirável Mundo Novo de Aldous Huxley, onde é comparado a um Deus: “Oh! Pelo amor de Forde...” (p. 226) cujo recebimento deste título é uma analogia ao tamanho do poder e expressão industrial a que veio produzir e conseqüentemente influenciar.
Os estudos de Theodor W. Adorno e Horkheimer são de certa forma, uma crítica a esse modo de produção em massa. Mas, sobretudo, uma crítica ao Iluminismo que possuía a seguinte ótica: “o homem é um ser racional e como tal está fadado ao progresso absoluto”. A teoria crítica questiona principalmente esse progresso absoluto.
Ao meu ver, a indústria cultural transformou o consumidor no alicerce e ao mesmo tempo “parasita” do sistema. Além disso, transformou a arte num bem de consumo descartável, trazendo a tona à falsa arte que é usada através dos meios de comunicação de massa como mentira artificiosa, para entreter e principalmente alienar os consumidores que permanecem mergulhados no senso comum e não conseguem distinguir as duas artes.
Percebo que a palavra arte sugere mais de um significado, no entanto, acho que a verdadeira arte é aquela que retrata a realidade de acordo com a subjetividade do autor, ficando caracterizada a sua peculiaridade. Mas, sobretudo, visando retratar a realidade. Logo, a industria cultural faz justamente o inverso. Ela não visa a individualidade dos autores ou consumidores, muitos menos retratar a realidade, mas sim, alienar e construir padrões onde serão realizadas inúmeras cópias desses modelos e deste modo, adquirir um lucro bem maior.