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Artigos-->A ORIGEM DO PROBLEMA -- 27/07/2001 - 11:21 (Maurilio Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A ORIGEM DO PROBLEMA





Tudo começa quando o obstetra ou a parteira diz aos felizes pais : -"Parabéns !"... "É um lindo menino ! "







Este novo SER passa então a engrossar as fileiras do chamado “Sexo Forte ”, que de forte mesmo, tem apenas o nome, ou as recordações das histórias de nossos antepassados, ou mesmo do personagem Brucutu arrastando a sua fêmea pelos cabelos, com aquela clava nas mãos. No Japão, o macho ainda tenta manter a vantagem, fazendo com que a mulher ande sempre à sua retaguarda, e não dê palpites em problemas familiares, ou nos negócios. Lá, o galo ainda canta mais alto no terreiro , e se a companheira desafinar, a milenar tradição samurai sabe como resolver a questão. Porém, meus amigos, isto é lá, na terra do sol nascente , aqui, na do poente, as coisas estão muito diferentes ( desculpem-me a rima ) , especialmente no Brasil. Aqui, quem manda mesmo é a mulher. Parafraseando o grande humorista Zé Trindade : “Éle agá ó til , acento circunflexo e traço de união: Mu-lher ”.





Vivemos em função delas, e para elas. Somos os seus satélites, e elas o astro principal.

Aberta a temporada de caça , que nunca se fecha, o Brasil é invadido por uma horda de turistas que saem dos lugares mais longínquos da terra. Não para conhecer as nossa belezas naturais, mas sim, as nossas belezas nativas. São os chamados turistas sexuais. Pão de Açúcar ? Corcovado? Maracanã ? Para com isso. O negócio mesmo é : Balaco - Baco, Teleco - Teco e garotas de programa, que na maioria das vezes são até “ Multilinguais ”.





No Carnaval, aparece mulher de tudo quanto é tipo. Ninguém ainda conseguiu descobrir de onde elas saem. Parece que saem dos ralos urbanos numa proliferação assustadora, invadindo os bailes e escolas de samba. E o mais interessante é que todas afirmam ter a mesma profissão : Manequim e Modelo Fotográfico. Nem em Paris, capital mundial da moda , tem tantas manecas e modelos como num baile do vermelho e preto, e outros. Haja sociólogo e sexólogo para tentar explicar este fenômeno! E nós ? Como ficamos ? Querem saber ? Ficamos como bonecos em stand de tiros, sendo abatidos pelos disparos certeiros das louras oxigenadas, bumbuns e seios siliconados, pois ninguém é de ferro, e na hora do vamos ver quem fica com quem, é a mulher quem dá as cartas. O mando de campo é sempre delas . Se tens alguma dúvida, é só fazer o teste. Para começar saia de casa durinho da Silva, pegue um ônibus e vá para uma praia qualquer e veja o que você vai arranjar. No entanto uma modelo ou manequim destas faria exatamente a mesma coisa, comeria do bom e do melhor, e ainda voltaria para casa a bordo de um carro importado, passando antes por deliciosos momentos de luxúria, em uma suite de um motel cinco estrelas , e o que é mais importante : sem gastar um tostão sequer .





Quer um outro exemplo? Você conseguiria entrar no sambódromo, só de camiseta, sem nada por baixo,ser adimitido no camarote do Presidente da República, comer e beber de graça, sem ser incomodado pela polícia? Pois uma modelo dessas fêz isso tudo, sem a menor dificuldade.

A grande verdade é que, não dá para competir. Nasceu homem tem que ralar. Suar a camisa, faturar, senão, nada feito! A não ser que você seja sósia de um Leonardo di Caprio, Tom Cruise, ou um Brad Pitt . Caso contrário, é melhor desistir.É muita preocupação!

Preparo físico, barriga, calvície, saldo bancário e ereção, tudo isso, para evitar a rejeição feminina.



Em verdade, nós ainda mandamos, só que elas não nos atendem mais, e o jeito, então, é ceder, ou amargar o banco de reservas, “ad eternum ”.

Cuidado com aqueles que se dizem conhecedor do assunto! O certo, mesmo, é que de mulher ninguém entende. Diz o ditado, que elas enganaram até o diabo, e que, com elas, malandro vira otário. Um “entendido” no assunto recomenda que, a mulher deve ser tratada como um carro, sempre procurando catar um podre aqui, outro ali, mantendo-as sempre conservadinhas para não termos dificuldades na hora da troca por um modelo mais novo . Houve até quem afirmasse que elas gostam mesmo é de apanhar, e centenas de outras teorias. Alguns, sacando a enorme desvantagem resolveram apelar para a troca de sexo, à todo custo, esticando daqui , puxando dali, e embutindo lá. Um químico afirmou que mulher e nitroglicerina são parentes bem próximos, no tocante ao teor explosivo. Mal administradas, produzem os mesmos estragos de um atentado à bomba, ou um terremoto. Derrubam do poder qualqer político.

No trato com o sexo oposto, a tradição muçulmana é quem consegue estabelecer as regras mais seguras.

Nesses países, a mulher anda coberta dos pés à cabeça com uma roupa , bem larga, e uma burca cobrindo o rosto, vestimenta que não permite o delineamento das traiçoeiras curvas, nas quais tantos homens brilhantes derraparam, e bateram de frente.



Agora, convenhamos, meus amigos, pegar uma mulata dessas, de fazer o português errar o trôco, e cobrir com aquele traje muçulmano é um verdadeiro ato de vandalismo, um desastre ecológico, um crime ambiental. Mas, afinal de contas ,de quem é a culpa pelo Status quo? É dificil identificar o cerne da questão, porém, no caso do Brasil, as primeiras vítimas foram os próprios colonizadores, que se encantaram com a beleza de nossas nativas, e abandonaram tudo, preferindo os encantos de Porto Seguro, a continuar singrando mares nunca dantes navegados.



Os tais degredados ( presidiários portugueses ) não entenderam nada da punição que se lhes haviam sido impostas, e se perguntavam :-" É essa a dura vida que nos condenaram aqui no Brasil?" E festejaram felizes da vida, ao lado de lindas índias com seios desnudos, e belas praias tropicais , peixe fresco , muita água de côco e vinho do Porto. Mais tarde, foram trazidas da África as primeiras negrinhas e houve então uma maior miscigenação.





A fusão correu solta. Índios com portugueses, esses com negros, negros com índios e a terra foi ficando cada vez mais amorenada , cor de jambo, e pouca roupa . Os atabaques ecoavam nas senzalas, enquanto os polpudos traseiros arfavam ao som das primeiras timbaladas nagôs . O caldeirão étnico estava em ebulição. O processo era irreversível, e a química letal.





Os senhores de engenho cortavam o maior dobrado com as fogosas negrinhas, a esta altura muitas já com olhos esverdeados, ou cor de mel, ocasião na qual, a Princesa Isabel, num rasgo de sabedoria, achou melhor assinar aquela lei, enquanto o seu marido, o Conde D’Eu ainda não tinha “dado” nenhum vacilo ( tenho minhas dúvidas).





Conta a história que, lá pelas bandas de Diamantina, uma mulata que atendia pelo nome de Chica da Silva, andou enfileirando e executando um bando de respeitáveis Senhores de Engenho, para desespero das Damas da Côrte.

Como se pode ver, a origem deste mal, ou bem, dependendo da preferência está situada à séculos atrás , não cabendo portanto a nós, hodiernos mortais, assumir a culpa pelo quadro vigente.

Caros amigos, agora é tarde demais , e Inês já está morta, portanto, não tente remar contra a correnteza. Afine o seu instrumento com o diapasão do sexo oposto, e os frutos virão, com certeza. Afinal de contas, você não vai querer dar uma de moralista e consertar essa zorra, logo agora. Então ziriguidum, e vamos nessa!



Maurilio Silva

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