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Artigos-->A DEPRÊ DO LALAU -- 26/07/2001 - 19:38 (Maurilio Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A DEPRÊ DO LALAU



Apesar do tratamento cinco estrelas oferecido pela PF, o juiz Nicolau mergulhou em um profundo estado depressivo, que acabou produzindo mais efeito do que as tentativas infrutíferas de seus advogados através de liminares.

A grande incógnita é : qual o real motivo dessa depressão vertiginosa?

Vários fatores podem levar uma pessoa à depressão. Os mais conhecidos são: o medo de ficar pobre , o medo de ficar careca , medo de ficar impotente, e o medo de ser traído pela mulher amada. Se tentarmos enquadrar o nosso personagem nesses itens, talvez consigamos entender melhor a evolução desse quadro clínico.

A primeira atitude do Lalau, ao chegar em casa, foi pedir quatro pizzas, das grandes. Para um bom entendedor, Lalau apenas exteriorizou aquele desejo íntimo, comum a todos aqueles que são pegos com a mão na botija: que toda essa história termine como sempre em uma grande pizza.

Na verdade, Lalau está morrendo de saudades daquela vista cinematográfica de sua cobertura em Miami, daquela Ferrari na garagem, de um bom vinho francês, ou daquele whisky escocês legítimo.

Num trabalhador comum, o que causa uma baita deprê é olhar para o seu extrato bancário, e descobrir que já se ultrapassou a barreira do limite do cheque especial ,e mergulhou-se no mundo abissal da insuficiência, ou ausência de fundos. Você quer gastar e não tem como, quer pagar, e também não tem como.

O caso do Lalau é exatamente o oposto. Ele puxa o extrato de suas contas nos paraísos fiscais, sente que a grana está bem guardada, mas não consegue gastar.

Que coisa horrível deve ser, saber que se está rico e ter que se conformar em andar duro.

Só há um jeito de curar essa depressão malvada: soltem o “ pobre” do Juiz!

Dentro de seu habitat natural, com certeza ele ficaria bom como num passe de mágica. A prova disso é que, no período em que o mesmo esteve foragido, não se teve notícias de nenhum tipo de depressão aparente.

Soltem o homem, e ele vivenciará uma recuperação recorde, voltando àquela vida nababesca de outrora.

A Organização mundial de Saúde adverte que doenças consideradas extintas estão reaparecendo, e com certeza essa deprê do Lalau é o mesmo mal que afligia nove entre dez escravos deportados da Mãe África para as Américas, o “ Banzo”.

Exigir que o Lalau sobreviva com os míseros quinze mil reais de sua aposentadoria é um sacrilégio.

Lalau é um ícone de uma cultura onde a impunidade e a ignorância propiciam as condições ideais para que esses “alienígenas” proliferem e se locupletem às custas desse modelo político-administrativo arcaico e viciado.



Maurilio Silva



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