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Artigos-->LEGIÃO ESTRANGEIRA -- 26/07/2001 - 19:03 (Maurilio Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


LEGIÃO ESTRANGEIRA



Ah! que saudade daqueles tempos em que a nossa seleção de futebol era detentora de uma mística que encantava o mundo. Por onde passava a seleção canarinho deixava um rastro de admiração. Era uma honra perder para a seleção brasileira. O adversário já entrava em campo conformado com a derrota . Se ganhasse, haveria sido obra de um milagre. Em 1958 o povo brasileiro ouviu pelo rádio , em ondas curtas com bastante ruídos o nosso escrete massacrar os adversários, numa superioridade insofismável. Em 62 no Chile, o Brasil confirmava a sua hegemonia, se dando ao luxo de jogar as partidas decisivas desfalcado do maior jogador de todos os tempos : o Rei Pelé.

Amarildo entrou no lugar do negão e ao invés de tremer pela responsabilidade, marcou dos gols na Espanha e liquidou a fatura. Garrincha chamava para si a responsabilidade e infernizava a vida dos adversários. Em 1966 Pelé foi caçado implacavelmente em campo pelos portugueses que na base da violência conseguiram parar o nosso time. A nossa seleção perdeu alguns títulos mas em nenhum saiu de campo de cabeça baixa ou ridicularizado pela torcida. A seleção de cinqüenta era um rolo compressor e se não fosse aquela fatalidade no fim do jogo a taça teria ficado conosco sem dúvida. A seleção de 82 apesar de não ter ganhado a copa, foi considerada a melhor seleção brasileira de todos os tempos. A seleção do Telê , do futebol arte. Na copa da Argentina a casa estava arrumada para os donos da casa levarem o caneco e o Brasil foi eliminado sem perder nenhum jogo e o Peru entregou o ouro perdendo de seis a zero para a Argentina. Na partida contra a Suécia o juiz terminou o jogo com a bola entrando no gol após uma cabeçada de Zico. Antes da mesma cruzar a linha do gol, o larápio apitou a término da partida. Na Itália não fosse aquele passe monumental do Toninho Cerezo para o Paolo Rossi, o Brasil teria colocado mais uma estrela na camisa amarela.

O time que está se apresentando atualmente não representa mais a seleção brasileira, ou os melhores jogadores em atividade no futebol brasileiro. O selecionado que está dilapidando o patrimônio esportivo nacional é algo como uma “Legião Estrangeira” , ou seja, um grupo de jogadores brasileiros que jogam no exterior e se encontram esporadicamente para representar o futebol brasileiro, e muito mal por sinal. Nisso a Argentina tem levado vantagem sobre o Brasil. A seleção deles é formada por uma base entre o Boca e o River. Do exterior apenas uns poucos fora de séries que pertenciam a um desses dois times. O entrosamento é algo natural e automático. Some-se a isso a famosa garra Argentina e o resultado todos conhecem. Alguém tem dúvida se o Boca Juniors vai ser bi-campeão mundial? Eles vão para Japão como se fossem kamikazes disposto a trazer o caneco à unha. A torcida apesar de toda a crise Argentina vai estar lá, como se Tókyo fosse um bairro de Buenos Aires e o estádio a Bomboneira.

A nossa apatia passa também pela nossa torcida que só sabe gritar enquanto o time está ganhando. Se tomamos um gol, a torcida começa a hostilizar os jogadores e o adversário começa a se sentir em casa. A única exceção é a torcida pernambucana que em muito se assemelha aos irmãos portenhos. Sabendo disso, a CBF sempre que tem de reerguer o moral de nossa seleção, marca os jogos para o Recife.

O pior nisso tudo é que estamos deixando que se forme uma geração de atletas com mentalidade perdedora., As nossas reservas de orgulho nacional se esgotaram e estamos precisando de novos feitos para resgatar o prestígio do futebol brasileiro, antes que todas as crianças comecem a só querer jogar Tênis, Squash ,Volley, Badmington ou Rugby, já que o futebol se tornou um esporte frustrante e com uma carga muito grande de cobranças.



Maurilio Silva Silmaster@yahoo.com.br

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