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Artigos-->O que é o Rock -- 18/09/2003 - 19:26 (Caixa do Pregão) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Se tivéssemos que indicar as principais invenções humanas, a música certamente estaria entre elas. Esta genial e fabulosa aglomeração de notas harmoniosas entre ritmos, perpetuará em praticamente todas as culturas do mundo por quanto elas durarem.



A música ao meu ver, possue uma virtuosa importância em nossas vidas, bem como na amenização da problemática vida do homem urbano trazendo-lhe nem que seja por curtíssimos momentos um certo conforto a sua tão sofrida realidade.



Esta genial e fabulosa invenção, tomou diversificados caminhos através dos anos e se diluiu entre as culturas do mundo inteiro.



A pequena grande obra de Paulo Chacon, O que é o Rock, vem nos contar onde, quando, como e por quem surgiu este que acabou por se tornar um movimento musical mundial que influencia jovens a cada instante em todo o planeta, o Rock. Desde periferias ou bairros de luxo em países em desenvolvimento ou até mesmo em cidades tribais possuidoras de rádio, em países sub desenvolvidos, o Rock conquista novos adeptos diariamente e que assim sendo, querendo ou não, a música acaba por moldar o comportamento de cada novo integrante, pois uma das muitas características dela, é essa capacidade indubitável de influenciar cada um de nós em nossos afazeres cotidianos.









Credenciais do autor.

Paulo Chacon nasceu na Paulicéia Desvairada em 1954. Formou-se em História pela USP em 1976. Foi professor de história do CPV, do curso Anglo -Latino e do colégio Santa Cruz. Tornou-se professor e diretor pedagógico do colégio Oswaldo de Andrade.





Resumo da Obra



Rock é, portanto, e antes de tudo, som . No livro de Paulo Chacon, O que é o Rock, o autor vem nos contar o que viria a ser esse estilo musical que teve sua origem nos E.U.A basicamente com os cantores negros de Blues Muddy Waters, B.B. King, John Lee Hooker, Howlin Wolf entre outros. De acordo com o autor, no seu princípio o Rock encontrou dificuldades devido a musica Pop e a Country music que em grande maioria eram ouvidas por brancos. O rhythm and blues é a vertente negra do Rock.

Quando Chacon cita Alan Freed, um disc-jóquei de Cleveland, Ohio, que percebeu na musica negra uma filã mercadológica consumivél pelo branco desde que se trocasse o nome, por algo mais branco, surgia o Rock and Roll, união de duas gírias que conforme o autor corretamente traduzidas fariam vovó corar.

Recaindo sobre os dilemas do livro, a primeira banda de Rock foi Bill Haley and his comet. Aproveitando-se das gravações negras e tirando-lhes o excesso de crueza nas palavras, Bill Haley acabou se tornado o pai adotivo do novo ritmo. Mas Bill Haley era muito velho e gordo, alem de pouco criativo para resistir às novas exigências. Só um símbolo sexual, devidamente municiado pêlos melhores autores e cantando e suando como um negro poderia transformar aquele modismo numa verdadeira revolução. E assim surgiu Elvis, the Pelvis. Mas não havia só Elvis, a descoberta daquele filão mercadológico ( do ponto de vista econômico) fez surgir novas estrelas nacionais. Assim o mundo descobriria dois gênios do rock negro: Little Richard, cujo a voz serviria de modelo para os rockeiros dos anos 60, Mc Cartney e Mick Jagger; e Chuck Berry, o pai espiritual da coisa.

Em pouco tempo, Liverpool e o Merseybeat ganharam a atenção do mundo. De fato, por que só os ianques? Indaga o autor nessa passagem. Se eles, os negros estadunidenses, estavam em suas origens, os ingleses tinham a II guerra, o colonialismo, o espírito vitoriano e outras imagens e culpas da história que pareciam alimentar muito mais a produtividade musical do que o gingado do negro da América. Apoiando-se nos Teddy boys, o jovem underground dos centros urbanos ingleses - primo europeu da geração americana rebelde de James Dean e Marlon Brando - o Rock inglês começou a surgir usando uma fórmula: o grupo musical que quase sempre tinha à frente um lead vocal. Então surgiram os Beatles e os Rolling Stones. A respeito desses dois grupos é necessário definir dois pontos fundamentais, a incrível capacidade para representar os valores do seu próprio tempo e a genialidade de cada grupo.

Ao som do bombardeio do Vietnã, os Beatles lançavam aquele que é segundo uma pesquisa que envolveu 200 disc-jóqueis americanos o maior LP da história do Rock: Sargent Peppers Lonely Hearts Club Band. Deste LP derivaria um movimento musical aqui na terrinha, o Tropicalismo de Caetano Veloso. O autor ressalta que o Rock aqui no Brasil ia de mal a pior. Diz o autor que no início da década de 60 se formava aqui a nossa juventude transviada . Entramos no Rock pela porta da frente mas demoramos demais no hall. Através de Ronnie Cord, Demétrius e Cely Campello que cantavam as antológicas Rua Augusta e Estúpido Cupido, entramos no Rock and Roll tardiamente mas ainda a tempo de tirar a diferença, mas no entanto nuca se passou disso. Chacon enumera os nossos rockeiros, Erasmo Carlos, Eduardo Araujo, Renato e seus Blue Caps e até Roberto Carlos; alguns projetos vocais como Leno e Lilian; ou ainda os Vips, Vanderléia, Ronnie Von, Os Incríveis, Os Jordans; teremos a versão brasileira dos grupos vocais negros como o Trio Esperança e os Golden Boys; mas ninguém, salvo, em parte, Erasmo Carlos, diz o autor, passou de um nível razoável tanto no campo da composição como no campo instrumental. Não teremos nem hippies, nem violentos na Jovem Guarda. Em pleno ano de 1967, ano do S.g.t Pepper s, Roberto Carlos e Erasmo não ultrapassaram os curtos limites do boysinho do carrão das mil mulheres eu sou terrível...

É portanto o tropicalismo e não a Jovem Guarda que antropofagicamente conduz o Rock no Brasil até a entrada da década de 70, afirma o autor.





CHACON, Paulo Pan: O QUE É O ROCK

São Paulo: Brasiliense 1º reimpressão, 1995.
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