800000>Em resumo memórico, dois anos se passaram sobre os ataques suicidas "terror-contra-terror" ao coração dos actuais inpositivos donos do mundo, sucedendo-lhes uma guerra de extremínio preventivo, dita cirúrgica, cuja fundamentada causa - sabe-se agora sem óbice - afinal não tinha motivo plausível e objectivava, sim, além de encapotada vingança relatiativa, subreptícios proveito e domínio económicos, tendo recaído inpiadosamente a maior das facturas sobre um povo frágil e inocente. Como é soer dizer-se, o "tem-que-ser", que não era óbvio, mais uma vez teve muita força.

800000>Dois anos... Vinte e quatro meses passados sob preocupantes medo e desgosto intensos, acrescidos do sobressaltante super-apagão que enegreceu a cidade gigante: Nova Iorque esteve 36 horas consecutivas sem energia e, embora a administração Busch não atribua o efeito ao terror, a maioria dos cidadãos persuade-se que o colapso eléctrico tenha sido provocado pela óbvia batuta de Bin Laden.

800000>Dois mínimos algarismos gémeos, duas torres gémeas enormes, e o mês nove, surpreendente equação simples que provocando tudo, fora o nove, colocou o mundo psicologicamente no início de um complexo  nada. Eis-nos bem em face de um simétrico "bemal" constituído desta feita por um triângulo isósceles com três "BBB" em vértice, imbróglio geométrico que ninguém sabe ao certo que área terá. As apostas caem em massa sobre os dois lados iguais, mas... "Quem valerá ao mexilhão quando o mar bate na rocha"?

800000>Resta a torre da memória, mas essa, não, não se prefura nem tomba, permanece intocável e arranhando os céus cada vez mais, sem conseguir de uma vez por todas iluminar harmoniosamente o futuro seguro do Homem.

800000>António Maria Solilha