Depois de trilhar durante muitos anos pelos caminhos da poesia, a poeta Zefinha Louça resolveu também se enveredar pelo romance. Foi assim que surgiu “Os Prathes” (Editora Kelps), novo livro da autora, que mesmo escrito em prosa, possui muitas pinceladas poéticas aqui e acolá, numa linguagem sem subterfúgios, que parece marcar a novo estilo adotado por Zefinha já há algum tempo.
De acordo com Zefinha Louça, escrever “Os Prathes” foi uma experiência agradável, não só pelo prazer de viajar, que se tornou um hobby da autora, mas também pela busca incessante de informações sobre a vida dos personagens da história por ela narrada na obra, cujo enredo se passa basicamente na fazenda Campos Lindos, situada às margens do rio Corrente, onde viveu o casal Catharina e Eduardo Prathes.
O livro é prefaciado pelo presidente da Academia Tocantinense de Letras, Juarez Moreira Filho, que chama a atenção para a técnica de reconstituição do passado adotada por Zefinha Louça na elaboração dos textos. “Incansável, Zefinha soube restaurar artesanalmente e interpretar com a alma as lembranças longínquas da família Prathes, já perdidas nas curvas do tempo, arrancando-as do abismo com perspicácia e seriedade, trazendo-as lapidadas para as páginas de seu romance”, afirmou Juarez.
A autora
Integrante da Academia Tocantinense de Letras, Zefinha Louça é tocantinense de Dianópolis, mas que reside em Gurupi desde meados de 1971. Foi delegada regional de Ensino (1983-1989). Também atuou como coordenadora da Fundação Satã Rita de Cássia, do Governo do Tocantins (1991-1993). Sua bibliografia registra as seguintes obras: “Fatos & Versos” (1982); “Momentos Poéticos” (1994), ambos no gênero poesia. Em 2000, lançou “Turiscultura”, onde narra suas viagens pelo Brasil. No ano seguinte seria a vez de “Matizes”, livro de poesias que registrou e melhor fase da carreira literária de Zefinha.
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Publicado no jornal "A Notícia", de Gurupi, edição de 14 a 20 de março de 2003.
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