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Artigos-->HOMEOPATIA E ESPIRITISMO -- 06/09/2003 - 23:02 (x) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
HOMEOPATIA E ESPIRITISMO







Ciência e Fé:







Em síntese: A homeopatia, fundada em 1796 pelo médico alemão Dr. Christian Friedrich Samuel Hahnemann, tem base científica, e não religiosa. Vale pelos seus princípios científicos. O fato de que os espíritas se servem freqüentemente do tratamento homeopático não torna essa terapia infensa aos cristãos; nem produz contaminação. A psicografia, que diz transmitir mensagens do além em favor da homeopatia, é fenômeno meramente humano ou parapsicológico, no qual não há intervenção alguma de seres superiores desencarnados.





* * *1. Homeopatia: identidade



Extraímos da Enciclopédia MIRADOR Internacional, volume 11, pp. 5825s os seguintes dados:



HOMEOPATIA



1. Etimologia. Formação culta, do início do séc. XIX, dos radicais gregos hómoios, semelhante e páthos, dor, enfermidade , para designar o sistema de prática médica fundado em Leipzig pelo Dr. Hahnemann em 1796, pelo qual as doenças são tratadas por doses mínimas de remédios que produziriam em pessoas sadias os mesmos sintomas dessas doenças. O gr. homoiophathéia, divulgado pelo lat. cient. homeopathia, em oposição a allopathia, do gr. állos, diferente , e pathia enfermidade, influência , divulgou-se em quase todas as línguas com a popularização do sistema de Hahnemann, tão antigo quanto o adágio latino similla similíbus curantur (as coisas [ou efeitos] semelhantes curam-se com coisas [ou causas] semelhantes). Citam-se em português, dentre outros, os derivados homeopático e homeopata. O esp. homeopatia, com os derivados homeopático e homeopata, documentam-se em 1884; o fr. homéopathie, homéopathique e homéopathe, em 1827; o ing. homeopathy ou homoeopathy em 1826, diretamente do al. Homöopathie, de 1800, com derivados como o ing. homeopath (1824) e homeopathist (1830). Também do séc. XIX é o it. omeopatia e o deriv. omeopatico.



2. Conceituação. A homeopatia ou homeoterapia é um sistema médico fundado no séc. XVIII por Christian Friedrich Samuel Hahnemann (1755-1843). Apresentando uma doutrina coerente, se bem que maleável, a homeopatia baseia-se no princípio da similitude, no princípio da diluição ou atenuação da substância medicamentosa, e ainda nos princípios de individualização do doente e do remédio.



3. Descoberta do princípio de similitude. Insatisfeito com a medicina de seu tempo, Hahnemann interrompeu a prática clínica e dedicou-se a traduzir livros médicos como ganha-pão. Em 1790, com 35 arios de idade, ao traduzir a obra A Matéria Médica, de William Cullen (1710-1790), ficou intrigado pelas explicações dadas a respeito das propriedades da quina.



3.1. Hahnemann decidiu experimentar em si mesmo a ação da droga, tomando durante vários dias fortes doses. Observou o aparecimento de sintomas de um estado febril intermitente, semelhante às febres curadas pela quina. Concluiu então que as substâncias que provocam uma espécie de febre cortam as diversas variedades de febre intermitente.



3.2. Hahnemann realizou, em si e seus discípulos, experiências semelhantes com o mercúrio, a beladona, a digital e outras drogas, chegando sempre a resultados idênticos. Formulou então o princípio similia similibus curantur (os semelhantes são curados pelos semelhantes), base de sua doutrina homeopática. Retomando contato com alguns aspectos da tradição hipocrática (principalmente o seu sintomatologismo), Hahnemann expõe suas concepções médicas sucessivamente no Organon der Heilkunst (1810; Sistema de medicina), em Reine medizinische Wissenschaft (1811-1821; Ciência médica pura), e em Homöopathische Lehre und Behandlung der chronischen Krankheiten (1822; Teoria e tratamento homeopático das doenças crônicas).



3.3. Atualmente, poderia formular-se o princípio essencial da homeopatia da seguinte forma; toda substância que, em dose ponderável, é capaz de provocar no indivíduo são um quadro sintomático dado, pode também fazer desaparecer sintomas semelhantes no indivíduo doente, se prescrita em pequenas doses.



4. Princípio de diluição ou atenuação. Na definição acima, está já incluído um outro princípio cuja descoberta se deve igualmente a Hahnemann. Para a medicina homeopática, o processo de preparação dos medicamentos baseado em diluições infinitesimais seria capaz de desenvolver extremamente as virtudes medicinais dinâmicas das substâncias grosseiras.



4.1. A diluição hahnemanniana é preparada de acordo com o método dos frascos separados, em diluições decimais ou centesimais, as quais são as mais usadas em França e no Brasil. Para obter a primeira diluição centesimal, coloca-se no primeiro frasco uma parte ponderável do medicamento e completa-se com cem partes, em volume, do veículo. Para obter uma segunda diluição centesimal, uma parte do volume da primeira diluição é despejada no segundo frasco e acrescentam-se 99 partes, em volume, do veículo. Para as diluições ulteriores procede-se da mesma maneira, até o último frasco. A escala decimal faz-se acompanhar por um X (ou um D). Se a escala é centesimal, não é necessário adicionar sinal algum, embora se usem por vezes as letras CH ou apenas H.



5. Princípio de individualização do doente. Na perspectiva hahnemanniana, não existem propriamente doenças, mas doentes. Sendo toda doença individual, todos os sintomas têm importância, pois traduzem a reação individual do doente. É indispensável individualizar a doença e a forma que ela reveste no sujeito considerado. Conseqüentemente, cada forma clínica é ao mesmo tempo uma forma terapêutica. Embora todos os sintomas sejam importantes, não deixa de ser necessário avaliar a importância peculiar de cada um deles e, eventualmente, sua significação especial no conjunto.



6. Individualização do remédio. Se a doença exprime seus caracteres pelo sintoma que provoca no homem doente, é por aqueles que provoca no homem são que o remédio exprime os seus. À imagem da doença corresponde uma contra-imagem do remédio. As características do remédio são obtidas pela experimentação no homem são.



7. Matéria médica homeopática. A recolha dos protocolos de experimentação, sobre o homem são, dos remédios estudados, ou patogenesias, forma a matéria médica homeopática. Hahnemann recomendava que se procedesse à experiência em numerosas pessoas diferentes, feitas com grande cuidado. Os sintomas observados deviam ser recolhidos cuidadosamente. Sua ordem de aparição devia ser anotada para discernir dos efeitos primitivos os efeitos secundários.



8. Concepções clínicas e terapêuticas. As concepções de Hahnemann fizeram reviver muitos elementos da tradição hipocrática, como a atenção ao regime alimentar, fatores climáticos, ecológicos e psicológicos, existência de uma energia vital medicadora que o remédio se limita a suscitar e estimular. Para os homeopatas, todas as doenças traduzem uma revolta no organismo ameaçado. As doenças crônicas são devidas antes de tudo à psora (bagagem patológica, hereditária e adquirida), à tuberculose, à sífilis, à sicose (consequência hereditária ou adquirida da gonococia) e, enfim, ao cãncer, as mais das vezes preparado pelo estádio sicótico. O médico homeopata atribui grande importância à história clínica do paciente.



9. Evolução da homeopatia. Ainda em vida do mestre, mas, sobretudo, após sua morte, os discípulos de Hahnemann divergiram quanto à atitude a adotar frente à medicina dominante: os puros defendiam uma orientação exclusivamente homeopática, enquanto os ecléticos eram favoráveis à utilização de outras terapêuticas, sempre que necessário.



9.1. Em 1835, a Academia Francesa de Medicina condenava a homeopatia, assim relegada durante muito tempo a uma imagem de seita herética, de que ainda hoje sofre. A condenação não impediu uma difusão apreciável das doutrinas da escola. De 1835 a 1848, Léon Simon realizou em França cursos públicos de homeopatia que ficaram famosos. Chegando em 1841, o francês Benoit-Jules Mure, que no Brasil passou a ser conhecido como Bento Mure, fundou a escola homeopática do Rio de Janeiro. De regresso à Europa, em 1848, publicou em 1849 a obra Doctrine de l école de Rio de Janeiro (Doutrina da escola do Rio de Janeiro).



9.2. Depois de um período de querelas internas e de hostilidade exterio, surge em 1889 a Sociedade Francesa de Homeopatia, na qual se verifica uma reaproximação de puros e ecléticos , e que assinala um ressurgimento das concepções hahnemannianas.



9.3. No séc. XX, destaca-se o ensino de Pierre Jousser e de Edouard Vannie, de características ecléticas e, mais recentemente, a obra de Pierre Vannier. Em 1925 é fundada em Rotterdam, Países Baixos, a Liga Homeopática InternacionaL Em 1931, surge o Centro Homeopático de França e, em 1932, a Biblioteca Homeopática Internacional, no hospital Saint-Jacques, de Paris.



9.4. Se bem que continue sendo uma corrente minoritária dentro da medicina contemporânea, a homeopatia, favorecida por um renascimento do hipocratismo, tem obtido nos anos mais recentes uma audiência crescente. Os autores homeopatas assinalam mesmo uma convergência entre as suas concepções fundamentais e as principais descobertas da medicina moderna oficial, pondo ao mesmo tempo em relevo o uso diferente que fazem dessas descobertas.



9.5. A vacinação, as curas realizadas com princípios extraídos das próprias manifestações patogênicas, os antibióticos (em homeopatia, substituídos pelos nosódios e bioterápicos, simples ou complexos), os tratamentos de alergias baseados em específicos individuais, aparentam-se ao princípio da similitude hahnemanniano. Quanto à atenuação da substância medicamentosa, os homeopatas observam que a medicina clássica faz hoje uso corrente de diluições elevadissimas.



9.6. No que diz respeito à individualização do doente e à importância dos fatores biográficos e psicológicos, a moderna medicina psicossomática e as mais fecundas correntes da psicoterapia seriam uma confirmação dos princípios homeopáticos. A importância do regime alimentar, confirmada pela moderna ciência da nutrição, a influência dos fatores ecológicos e de regras de conduta individual foram igualmente sublinhadas pela moderna medicina preventiva, especialmente pelas correntes neo-hipocráticas e naturoterapêuticas.



10. Homeopatia no Brasil. Até à chegada de Benoit Jules, dito Bento Mure, integrado na colônia de Saí, de Santa Catarina, existem apenas referências isoladas à homeopatia, no Brasil. Mure e João Vicente Martins, médico que adota as novas concepções, são os ardentes propagadores no Brasil da doutrina hahnemanniana. Em 1842, surge o Instituto Homeopático do Saí. No mesmo ano, Mure e Vicente Martins abrem a primeira farmácia homeopática do Rio de Janeiro.



10.1. Em 1844, Mure funda o Instituto Homeopático do Brasil, que viria mais tarde a ser dirigido por João Vicente Martins e Thomas Cochrane. Em 1845 é criada a Escola Homeopática do Brasil, sob a direção de Vicente Martins, a qual em 1847 é substituida pela Academia Médico-Homeopática do Brasil.



10.2. Entre os primeiros adeptos da homeopatia no Brasil, contam-se personalidades notáveis como João Vicente Martins (1810-1854), Domingos de Azevedo Duque-Estrada (1812-1900), Sabino Olegário Ludgero Pinho (1820-1869), Maximiano Marques de Carvalho (1820-1896), Antônio do Rego (1820-1896), Saturnino Soares de Meireles (1828-1909), Manuel Antônio Marques de Faria (1835-1893), Alexandre José de Meio Morais (1843-1919), Joaquim Duarte Murtinho (1848-1911), Cássio Barbosa de Resende (1879-1971) etc. Desde a obra de divulgação de Mure, a homeopatia caracterizou-se por uma atitude de divulgação e esclarecimento junto ao público, através de livros e publicações, algumas especialmente destinadas às classes populares. A homeopatia era bem vista e procurada no interior do Brasil, onde havia poucos médicos.



10.3. Em 1883, a Santa Casa de Misericórdia admitiu o tratamento homeopático, ficando sua enfermaria homeopática confiada ao Dr. Saturnino Soares de Meireles. Já em 1858, o Hospital da Venerável Ordem Terceira da Penitência tinha aberto uma enfermaria homeopática, seguindo-se em 1859 o Hospital da Beneficência Portuguesa, em 1873 o Hospital da Ordem Terceira do Carmo, em 1902 o Hospital Central do Exército e em 1909 o Hospital Central da Marinha.



10.4. Em 1914, por iniciativa do Dr. Licinio Cardoso, fundou-se no Rio de Janeiro, a Faculdade Hahnemanniana e, a ela anexo, o Hospital Homeopático do Rio de Janeiro. Hoje, essa Faculdade transformou-se em Escola de Medicina e Cirurgia do Instituto Hahnemanniano e a orientação dos estudos é, paradoxalmente, alopática, sendo meramente facultativo o estudo da homeopatia. Existem no Brasil diversas associações homeopáticas, como a Associação Paulista de Homeopatia, a Federação Brasileira de Homeopatia etc. Encontram-se no Brasil, principalmente em São Paulo e no Rio de Janefro, vários laboratórios homeopáticos."



De toda esta explanação depreende-se que a homeopatia, como tal, não está associada ao Espiritismo nem a alguma corrente "mística". No parágrafo 10.3 atrás as referências às instituições católicas evidenciam que o tratamento homeopático é compatível com a fé católica. Há mesmo muitas pessoas genuinamente católicas hoje em dia que se tratam pela homeopatia. Se os espiritas privilegiam tal tratamento, isto se deve a interpretações pessoais não obrigatórias.







2. Contaminação espiritual?



"Comecei a fazer uma oração de descontaminação para mim, meu marido e meus filhos". - Não há contaminação espiritual como há contaminação física; existem micróbios, bactérias, vírus que transmitem doenças corporais contagiosas, mas não existem micróbios espirituais que acarretam desgraças físicas ou morais. Pode haver instrumentos do pecado (armas ilícitas, por exemplo), mas não há bactérias do pecado.



Quanto às reações da menina que via animais no quarto, acordando de noite assustada, podem-se-lhe dar três explicações:



- eram reações de excitação nervosa provocadas pela própria medicação, como insinuou o médico consultado;



- eram efeitos da sugestão. A menina, impressionada por algum relato, terá imaginado ver aranhas, formigas, baratas, cobras...



- pode tratar-se da ação simultânea dos dois fatores: sugestão e efeitos da medicação.



Em suma, não há que recorrer ao além para explicar o fenômeno.







3. Psicografia: como explicar?



A explicação da psicografia ou escrita automática por comunicação de um espírito desencarnado a um médium só pode ser sustentada por quem não conheça as experiências mais sólidas e evidentes da parapsicologia.



Com efeito. Está averiguado que, quando alguém pensa, os seus músculos motores (inclusive os dos braços e das mãos) são (em graus diversos) ativados, de maneira inconsciente, no sentido de reproduzirem de modo sensível ou visível as idéias que passam pela mente de tal sujeito. Realiza-se então o que se chama escrita automática, isto é, escrita que não resulta da vontade consciente, mas se deve a motivos inconscientes.



São numerosos os casos de ações automáticas na vida de uma pessoa. Assim uma datilógrafa, por exemplo, no começo de sua carreira realiza, de maneira deliberada e consciente, os diversos atos de sua arte; com o tempo, porém, passa a executar muitos deles de modo mais e mais mecânico ou automático ou inconsciente. Algo de semelhante se dá com quem dirige um carro... Geralmente as pessoas andam automaticamente, mas, ao pisarem em solo escorregadio, começam a prestar atenção aos lugares onde pisam, de modo que perdem algo do seu automatismo. O sonâmbulo é alguém que, em estado de sono ou de maneira inconsciente, se levanta da cama, anda, fala e escreve; faz isto tudo não porque esteja guiado por um espírito desencarnado, mas simplesmente porque a sua fantasia trabalha ou sonha durante o sono e, sonhando, impele os músculos das pernas, das mãos, da língua... a traduzir em atos concretos e perceptíveis aquilo que passa pela imaginação do paciente.



Tais fenômenos são naturais e explicam perfeitamente a escrita automática atribuída a espíritos do Além. Pode mesmo acontecer, em casos de psicografia, que a pessoa não só escreva, mas também desenhe, embora nunca tenha aprendido a desenhar.



O que o psicógrafo escreve, são idéias, frases, trechos de poesia ou prosa que se encontram no seu inconsciente e que ele mesmo freqüentemente não sabe que traz dentro de si. Ao ler o que escreveu em psicografia, o psicógrafo se surpreende, pois julga que nunca aprendeu tais noções; daí atribui-las a espíritos desencarnados. - Na verdade, porém, desde que abrimos os olhos e os ouvidos, vamos colhendo impressões que se vão depositando no inconsciente. Geralmente só trazemos em nossa consciência psicológica 1/8 das noções que adquirimos através dos tempos; 7/8 ficam latentes no inconsciente ou não explorados. Quando, porém, somos submetidos a hipnose ou entramos em transe(2) por auto-sugestão ou hétero-sugestão, os conhecimentos guardados no inconsciente podem vir à baila, combinados entre si de maneira livre ou fantasiosa. Por terem estado latentes no inconsciente, parecem-nos estranhos, como se nos tivessem sido comunicados por inspiração «do Além».



Em síntese: vê-se que a psicografia ou escrita automática se explica pela combinação de dois fenômenos parapsicológicos:



- a utilização de dados já conhecidos pelo sujeito, mas arquivados no seu inconsciente. Tal utilização pode ser provocada quando, por ação da hipnose ou do transe, a mente perde o controle sobre as faculdades do sujeito;



- a exteriorização, mediante os músculos motores (até os da mão), das idéias que afloram ao consciente do sujeito. Tal exteriorização se deve à constituição psicossomática do ser humano: as nossas atividades psíquicas espirituais têm sua repercussão em nosso soma ou corpo, de modo que não raro se traduzem, total ou parcialmente, por sinais do corpo (no caso em pauta, pelos movimentos do braço e da mão que escrevem).



Note-se, aliás, que as respostas dadas por um copo que se move em cima de uma mesa (escrevendo Sim ou Não ou nomes ou coisas semelhantes) não são senão uma forma de escrita automática. Em tal caso, não é a mão que escreve diretamente, mas é um ser humano que comunica ao copo os movimentos correspondentes às idéias, intenções, aspirações que esse mesmo sujeito traz em si de maneira consciente ou inconsciente. O copo dá como resposta tão somente aquilo que uma ou algumas das pessoas que o cercam, sabe(m), pensa(m) ou deseja(m), às vezes de maneira inconsciente.



Estêvâo Bettencourt O.S.B.



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Notas:



(1) Eis o que se lê à p. 224 do referido livro: «O veículo aquoso que serve para a dose infinitesimal significa o condensador ou o sustentador da energia catalisadora, que transfere a carga de força para o organismo físico, assim como o médium espírita ou o magneticista ofertam suas energias para o paciente. Na medicina homeopata, a substância mineral, vegetal ou animal, depois de potencializada, é transferida por via bucal, enquanto no passe espírita ou magnético é o próprio médium ou magnetista quem aplica diretamente o quantum energético ao enfermo» (Nota da Redação).



(2) O transe é um estado em que a pessoa, embora adormecida ou aparentemente insensível ao que a cerca, se acha em grande atividade mental.



Tal pessoa é então altamente suscetível a sugestões.









Autor: d. Estevão Bettencourt



Fonte: PR 455 - pp. 185-192 e 174







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