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Artigos-->Sou Brasileiro e não apóio Hugo Chavez -- 31/08/2003 - 11:17 (x) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Só mesmo um Louco para apoiar Hugo Chavez:inflação+ dependência+ endividamento+ recessão e = Hugo Chávez,Leia o texto abaixo: Recessão, inflação, crise, endividamento, tensão, especulação e Hugo Chávez



Dentre os fatos negativos no Jornalismo econômico, desencadeadores de ciclos difíceis,

o presidente venezuelano é considerado um dos fatores



Na primeira semana de setembro uma mancha negra tomou conta do Jornalismo econômico nas diversas mídias: o petróleo.



Com a disparada do barril tipo Brent, que chegou a ser cotado a US$ 34,50 em Londres e US$ 35 nos Estados Unidos, os nervos na comunidade financeira internacional (e no Brasil) ficaram à flor da Pele.



Do lado do chamado mercado (entidade na verdade ainda desconhecida, mas muito poderosa), especulações e tensões. O índice norte-americano Nasdaq sofre no dia 7 de setembro uma queda de 2,62% e Dow Jones, de 0,64%. Como não houve pregão em São Paulo em 7 de setembro, devido ao feriado, no dia seguinte, a Bovespa também refletiu tensão, segundo alguns analistas econômicos, e fechou em queda de 0,68%. Tóquio, Hong Kong e nossa vizinha Buenos Aires seguiram a mesma tendência.



Do lado dos governos, promessas e recados de tranqüilidade. Clinton falava do potencial dos EUA na pesquisa de energias alternativas e Fernando Henrique Cardoso, em pronunciamento nacional, afirmou que a inflação não voltará e que a alta do preço internacional do Petróleo não é ameaça, já que é sazonal. Pronunciamento, inclusive no dia da Independência, que refletia ainda a profunda dependência que o Brasil possui em relação às decisões do mercado internacional.



Do lado do Jornalismo econômico, especulações também e um alvo: os países membros da OPEP, em português, Organização dos Países Produtores e Exportadores de Petróleo. E, dentre os membros mais criticados, estava a Venezuela, cujo o presidente é Hugo Chávez.



Pouca gente no Jornalismo econômico, durante esses dias de tensões e especulações em relação ao preço do Brent, falou da necessidade de energias alternativas ou estímulo de produção interna, para diminuir a dependência do mundo em relação ao petróleo.



Ao contrário, a culpa é da OPEP, monopolizadora e, sabendo desta dependência, dá as cartas no chamado rali de preço de comoditties, a subida e manipulação intensa do preço dessa fonte de energia.



No "TV Economia", da Rede TV, Denise Campos de Toledo, apresentadora e editora do programa, chegou a falar que o futuro dos índices de inflação, e a longo prazo da estabilização no Brasil, está um pouco nas mãos da OPEP.



E de certa forma, as críticas sobre a OPEP têm fundamento. Claro que os países membros tiram proveito da dependência do resto do mundo.



Mas, quando se ouve ou lê da OPEP, é necessário um cuidado muito grande.



Hugo Chávez é considerado um dos maiores vilões da Organização, sendo inclusive, classificado como um dos maiores perigos para América Latina, devido à localização geográfica.



Arábia Saudita, Iraque e muitos outros países são membros (no total 11 países membros). Porém, curiosamente, a maior parte da culpa da alta do preço do petróleo é atribuída aos mirabolantes venezuelanos, leia-se, nas entrelinhas, Hugo Chávez.



No jornal Gazeta Mercantil, de terça-feira, 29 de agosto de 2000, num artigo assinado por Maria Clara R. M. Prado, sobre as expectativas em relação aos índices inflacionários de setembro, com o título "Para quando setembro vier", os venezuelanos são considerados os estimuladores do cartel do petróleo, e consequentemente uma ameaça para a tão temida volta de inflação no Brasil, medo este inclusive que reelegeu FHC.



Numa única frase, a crítica é feita. Acompanhe:



"Também é fato que esse ritmo maior(aumento dos índices de inflação) foi puxado por aumentos com causas específicas: as tarifas indexadas dos serviços públicos, os alimentos afetados pela geada, o petróleo do cartel estimulado pelos bravos venezuelanos, enfim".



Na Revista Veja, da primeira semana de setembro, em matéria demasiadamente ufanista sobre o encontro dos 12 presidentes da América latina, o discurso é semelhante. Veja a frase da matéria:



"A Venezuela, membro da OPEP, quer o barril de petróleo na casa dos 30 dólares - o que pode prostar os vizinhos, todos dependentes"



Pergunta: Só os venezuelanos? O cartel não é dos membros (todos) da OPEP?



Mas, de acordo com algumas correntes que analisam o papel atual do Jornalismo, muito mais coisas estão por trás das críticas dirigidas a Hugo Chávez, além da já intrigante questão do Petróleo.



Hugo Chávez demonstra-se completamente oposto ao imperialismo norte-americano, não aceitando as imposições, principalmente comerciais dos Estados Unidos, mas, diga-se de passagem, impondo as suas, pelo menos na Venezuela.



Chávez é populista e nacionalista, possui um bom discurso e agrada as massas onde governa. E, no contexto da globalização, em que o ente mercado desconhece fronteiras, isso é danoso. Pelo menos para quem está à frente e no domínio deste processo que, no caso, são os Estados Unidos.



E essa mesma corrente de pensamento de crítica da mídia, coloca o Jornalismo, em sua maioria, como legitimador deste processo de domínio imperialista dos Estados Unidos no capitalismo. Assim, tudo que se opor a esse domínio é ruim. E mais, como o principal instrumento e objetivo deste domínio é econômico, o Jornalismo que trata de economia cria jargões, explicações, heróis e vilões legitimando esse poder.



Aliás, sobre a reunião dos presidentes da América Latina, todas as matérias de economia dos jornais "O Estado de S. Paulo", "Folha de S. Paulo", "Diário do Grande ABC" e matérias no Jornal Nacional, da Rede Globo, e do "Conta Corrente", jornal de Economia da GloboNews enfatizaram que a questão da democracia é primordial na América latina e, o país que não mantiver a democracia poderá sofrer restrições nas negociações comerciais.



Agora, o que é democracia na visão do poder vigente? Ser anti democrático é ser contra esse poder?



É certo que Hugo Chávez desfez o Congresso e o Poder Judiciário, o que, inicialmente, seria mesmo uma atitude antidemocrática.



Inclusive, é bom deixar claro que essa análise não é uma defesa a Hugo Chávez, que sabe usar bem sim suas armas, sendo o petróleo a principal. É certo também que Chávez usa de alguns artifícios muito bem conhecidos na história brasileira, mas a questão principal é o ataque desenfreado a Hugo Chávez na mídia em geral e nas entrelinhas do jornalismo econômico.



Um fato interessante é que as críticas ao presidente venezuelano no jornalismo econômico são nas entrelinhas, colocando-o como um dos ingredientes desencadeadores de crise. Assim, inflação, dependência, endividamento, recessão e Hugo Chávez são colocados numa única cesta.



Fatos que poderiam ser positivos dificilmente são retratados.



Um dia após o encerramento oficial do encontro dos presidente latinos, Chávez recebeu do governador de Pernambuco a condecoração máxima do estado, a Ordem de Garanhuns.



Muitos jornalistas ignoraram o fato, claro de relevância média, mas ainda na ordem do dia por causa do encontro. O meio que ainda deu um pouco de relevância foi o rádio. A rádio CBN de São Paulo, por exemplo, fez uma matéria em relação a essa condecoração e ainda dava notas no informativo "Repórter CBN" de uma em uma hora.



Marcada a reunião da OPEP para domingo, 10 de setembro, Hugo voltou à tona e as expectativas do mercado também.



Como dizia Aloíso Byondi, jornalista de economia, que morreu neste ano, famoso por muitas críticas em seus artigos e pelo livro Jornalismo Econômico, é necessária uma visão mais aprofundada sobre a cobertura de economia nacional e internacional.



Informações claras e explicativas, neste campo considerado difícil, existem, mas convivendo com muitos jogos de interesses e discursos de legitimação do poder.



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