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Artigos-->Sobre a Guerra de Canudos I -- 30/08/2003 - 11:56 (Caixa do Pregão) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Trecho do livro Os Sertões (Euclides da Cunha)







"Viva o Bom Jesus!"







Numa das refragas subsequentes ao assalto, ficara prisioneiro um curiboca ainda moço que a todas as perguntas respondia automaticamente, com indirefença altiva:

"Sei não!"

Perguntaram-lhe por fim como queria morrer.

"De tiro!"

"Pois há de ser de faca!" contraveio terrivelmente, o soldado.

Assim foi. E quando o ferro embotado lhe rangia nas cartilagens da glote, a primeira onda de sangre borbulhou, escumando, à passagem do último grito gargarejando na boca ensanguentada:

"Viva o Bom Jesus!..."





Comentário:



Existe uma cidade na Bahia, Bom Jesus da Lapa, que está para o catolicismo assim como Meca está para o islamismo. As peregrinações acontecem anualmente e vão milhares de pessoas. Daí dá para se ter uma idéia de como a fé "move montanhas" no Nordeste. Mas a crença do sertanejo em Canudos era um pouco direfente do sertanejo atual, era baseada num "catolicismo tosco" como disse Euclides da cunha em seu livro ao definir Antônio Conselheiro como um Gnóstico Bronco. As imagens de barro e com aspécto rústico, eram feitas pelos próprios sertanejos e quando já prontas, com um aspécto totalmente primitivo, eram adoradas seguidas de joelhos pelos fiéis fanáticos. Era um fanatismo tão normal como o dos palestinos islâmicos, que se explodem em meio aos judeus.

Em Canudos, alguns fiéis de antônio Conselheiro enfrentaram as tropas da república com armas insignificantes (de matar passarinho) e com ajuda de crianças, homens, mulheres e velhos. Todos encorajados por uma fé no mínimo estranha.

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