Encontrei na enorme nave, a vibração divina que tento cultivar num mundo repleto de maldade.
Aqui, nesta igreja em que sou o único fiel e o único sacerdote, e que se chama eu mesmo, cultuo o Deus do Amor, o Deus da Paz, o Deus da Alegria, o Deus da Compaixão, o Deus da Caridade, o Deus das Virtudes esquecidas num mar de vícios que destroem o respeito mútuo e a bondade.
Todos estes deuses são um só, está em todos os lugares, porque todos os lugares são um só também, e são Ele, assim como todos os seres, individualizados, são também Ele.
Esta única igreja que freqüento, sou eu mesmo, quando me arrojo ao chão de minha vergonha, prostrando-me e pedindo a Deus o perdão de minha ignorância.
Eu sei que ele me perdoa, como sempre me perdoou, como sempre me perdoará, mas eu sou implacável comigo mesmo, e exijo de mim a prática unilateral do BEM.
E praticar o BEM é tão fácil!
Se fizeres alguém sofrer, fizeste o mal.
Se fizeres alguém feliz, fizeste o BEM.
Se gostares de fazer alguém sofrer, está perdido no mal.
Se sofreres por fazer alguém feliz, está acorrentado ao mal.
Se gostares de fazer alguém feliz, está começando a fazer o BEM.
Se sofreres por não fazer alguém feliz, sabe que atitude deverá tomar para fazer o BEM.
É simples, é fácil, e como dá prazer fazer feliz qualquer pessoa, mesmo que não se saiba quem é.
Até porque, Jesus mesmo falou: "FAÇA O BEM COM A MÃO DIREITA, MAS QUE NADA SAIBA A MÃO ESQUERDA".
Na minha igreja, ninguém mais entra, porque não há porta ou janela.
Mas cada um pode subir ao púlpito de sua própria consciência e pregar as virtudes e a necessidade de sempre fazer o BEM, para á assembléia mais importante que jamais poderia encontrar: A SI MESMO.
Subo ao altar de minha capela, ofereço em sacrifício o meu egoísmo.
É preciso sacrifica-lo, sempre que estiver crescido, para que ele não caminhe para o mal.
A música celestial ressoa entre as colunas da bem-aventurança, o incenso inebria os sentidos que se dispõem a perseverar no BEM.
Assim, revigorado, deixo a minha igreja, e comungo com a humanidade, com o universo, porque senti a proximidade daquele que jamais me abandona: DEUS.
Não me agrupo aqui e ali em religiões que separam mais que religam.
Sigo só e bem acompanhado, por quem, como eu, cultiva a união sem condenar ninguém.
Fazer o BEM é tudo que precisamos para viver neste pequeno planeta, em harmonia e respeito.
Amanhã retornarei para a missa, o culto, a festa, mas uma prece sempre guardo no coração, para qualquer um que cruzar meu caminho.
Que o amor eterno ilumine nossa consciência para enxergarmos na prática do BEM o caminho mais suave para reencontrar DEUS.