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Artigos-->FALHAS DO ESPIRITISMO -- 23/08/2003 - 15:20 (x) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Um grande problema do estudo da comunicação mediúnica é testar a veracidade das mensagens. Céticos acusam de que são fraudes ou anedotas e os espíritas não consideram necessidades de demonstrações mais criteriosas. Sugiro um novo enfoque: buscar em outros livros de Kardec e seus continuadores afirmações e previsões inverificáveis na época em que foram escritas e depois se revelaram verdadeiras ou falsas. Seria uma forma "indireta" de testar as teses de Kardec.



REENCARNAÇÃO.







Em O Livro do Espíritos (LE), ítem 222, afirma-se que a antigüidade da idéia da reencarnação seria um meio de provar sua veracidade. Isto é um tipo de falácia conhecido como "argumentum ad antiquitatem", i.e., afirmar que algo é verdadeiro só por ser antigo ou "porque sempre foi assim".







Em O Evangelho Segundo o Espiritismo (ESE), cap IV; aparece a idéia de que Jesus ensinou a reencarnação ao falar com Nicodemus (Jo 3.1-2) a respeito de que era preciso "nascer de novo". Como para este a noção de reencarnação era estranha, perguntou com sarcasmo como era possível "nascer uma Segunda vez". O motivo da confusão entre os dois seria, segundo modernos exegetas, o fato de no texto original grego o termo "de novo" ser traduzido por; "anothen", que também pode ter o significado de " do alto". O segredo é este: Jesus referiu-se a "do alto" e Nicodemus entendeu "de novo", aliás, as edições de A Bíblia de Jerusalém e outras versões novas corrigem esse erro de tradução. O que Cristo se referia era ao renascimento espiritual, e não ao físico.







No mesmo capítulo há a sugestão de que João Batista era Elias, baseando-se nos versículos de Mt 11.12-15. Tudo bem, se não fosse o fato de Elias nunca ter morrido, mas ascendido aos céus, arrebatado por um redemoinho (2 Rs 2.11). o ministério de João era "no espírito e no poder de Elias" (Lc 1.17).







A alegação de que ressurreição é a reencarnação entendida pelos judeus do séc. I. Como eles não criam em novo nascimento, acreditavam que no retorno ao mesmo corpo. Segundo Kardec o certo seria crer em reencarnação, visto ser impossível reagrupar nossos átomos após o corpo se decompor. Isto é falso, pois Paulo pregou a ressurreição final em um "corpo glorificado", distinto do atual e "se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação e vã a nossa fé..." (1 Co 15.14-17). Em Gênese (Gen), cap XV, 65, Kardec dá a idéia de que Jesus teria dois corpos: o carnal e o fluídico. O primeiro foi sepultado e o segundo foi o que teria aparecido para os apóstolos. Isto contradiz as palavras do próprio ao afirmar: "Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e verificai, pois um espírito não tem carne e osso, como vedes que eu tenho" (Lc 24.39).







Não estou tomando partido da Bíblia, apenas que os espíritas tentam encaixá-la em sua doutrina, o que aparenta não se saírem muito bem.







VIDA EXTRATERRENA







Em ESE, cap III, tenta-se fazer uma correspondência entre Jo 14.1-3, onde Cristo fala que "Há muitas moradas na casa de meu Pai", e a pluralidade de mundos habitados. É mais provável que Jesus quisesse dizer que há bastante espaço no Céu para todo mundo.







Em LE, cap III, 55:" São habitados todos os globos que se movem no espaço?" [Resposta dos espíritos]: "Sim..."



Cap IV, 188:



"Segundo os espíritos, de todos os mundos que compõem o nosso sistema planetário, a Terra é dos de habitantes menos adiantados, física e moralmente. Marte lhe estaria ainda baixo, sendo-lhe Júpiter superior de muito, a todos os respeitos..."



"Muitos espíritos, que na terra animaram personalidades conhecidas, disseram estar reencarnados em Júpiter...". Quando nossas sondas se lançaram ao espaço e chegaram as explorar de perto outros planetas, algumas até pousaram em suas superfícies (p.e Marte e alguns asteróides), constataram ambientes hostis à vida animal. Talvez micróbios possam sobreviver em alguma lua de Júpiter ou de Saturno e no subsolo marciano, mas só. Alguns espíritas tentam sair desse impasse alegam que a vida nos outros orbes do sistema de uma natureza diferente da nossa e invisível para nós. Este pensamento acarreta um problema: tal hipótese não pode ser comprovada ou reprovada, não há como saber se é verdadeira ou não. Para uma doutrina que se diz ter cunho científico, essa postura de contornar os problemas que aparecem os tornando inverificáveis é, no mínimo, equivocada.











Chico Xavier no livro Novas mensagens do Espírito de Humberto de Campos, FEB, 1940, pp. 57-68 recebeu a revelação de que em Marte é povoado por seres em "adiantadíssima evolução". Hercílio Maes psicografou de Ramatis o livro A Vida no Planeta Marte onde diz serem os marciano avançados tecnologicamente mil anos em relação à Terra e 500 no aspecto moral. Total contradição com os fatos e com o parágrafo anterior.







LE, q. 188



“O Sol não seria um mundo habitado por seres corporais, mas um local de reunião de Espíritos superiores que, de lá, irradiam seus pensamentos para outros mundos (...) Todos os sóis parecem estar numa posição idêntica" (..)"Considerando do ponto de vista de constituição física, o Sol seria um foco de eletricidade ".



De fato, o Sol emite uma quantidade gigantesca de cargas elétricas, que viajam no espaço através do chamado vento solar, composto principalmente de prótons, partículas alfa, elétrons e fótons. Neste sentido, pode-se dizer que o Sol seja um foco de eletricidade. Agora, energias sendo irradiadas pelo Sol. Será que a Astrologia tem razão? Por que não foi adiantado que o Sol é na verdade um plasma superaquecido, onde poderosas reações de fusão em seu núcleo lhe dão vida. Tudo bem que isto estava além da ciência da época, mas seria uma revelação poderosa que daria grande crédito.











Em Catecismo Espírita, Léon Denis, num capítulo dedicado à astronomia, afirma que o planeta Urano tem quatro luas, Saturno oito e Júpiter quatro. Este último é "favorecido com uma primavera constante". Hoje, sabe-se que Urano tem quinze, Saturno dez e Júpiter, com seu inverno de -130ºC, quinze. A propósito, Saturno e Júpiter são predominantemente gasosos.







Em Gen, cap VI, 25 se encontra uma declaração escabrosa sobre a Lua, feitas pelo espírito de Galileu, através da mediunidade de Camille Flamarion: "As condições em que se efetuou a desagregação da Lua pouco lhe permitiram afastar-se da Terra e a constrangeram a conservar-se perpetuamente suspensa no seu firmamento como uma figura ovóide cujas partes mais pesadas formaram a face inferior voltada para a Terra e cujas partes menos densas lhe constituíram o vértice se com esta palavra se designar a face que, do lado oposta à Terra , se eleva para o céu. É o que faz que esse astro nos apresente sempre a mesma face. Para melhor compreender-se o seu estado geológico, pode ele ser comparado a um globo de cortiça, tendo formada de chumbo a face voltada para a Terra."



"Daí, duas naturezas essencialmente distintas na superfície do mundo lunar: uma, sem qualquer analogia com o nosso, porquanto lhe são desconhecidos os corpos fluídicos e etéreos; a outra, leve, relativamente à Terra pois que todas as substâncias menos densas se encaminharam para esse hemisfério. A primeira, perpetuamente sem águas e sem atmosfera, a não ser, aqui e ali, nos limites desse hemisfério subterrâneo; a outra, rica em fluidos, perpetuamente oposta ao nosso mundo".









As viagens espaciais comprovaram que a face oculta da Lua não se difere em natureza da que fica voltada para nós, sendo igualmente inóspita. A aparente imobilidade da Lua se deve ao fato de sua órbita ser síncrona: rotação em torno do eixo e translação em volta da Terra têm a mesma duração (28 dias).









Do mesmo espírito, no mesmo livro, é a afirmação de que Marte não possui satélites. Em 1877, foram descobertas as duas luas marcianas, menos de uma década após a morte de Kardec.





Em Os Exilados da Capela , Edgar Armond, há capítulos que contrariam totalmente a teoria da deriva continental.







Vou ficar por aqui, mas quero terminar dizendo que as contradições entre nossa Ciência e as revelações espirituais nos fazem questionar a confiabilidade nas mensagens deles, mesmo sendo os médiuns envolvidos pessoas reconhecidas e tidas como idôneas.



A vida microbiana deve ser abundante no universo, eles se adaptam mais facilmente e requerem pouca coisa para prosperar. Entretanto, a vida animal deve ser rara, já que requer condições favoráveis e principalmente um ambiente estável por longo tempo para florescer. Que dirá vida inteligente. Se o sistema solar fosse povoado por civilizações mais avançadas que a nossa, elas deveriam, no mínimo, possuir dispositivos de rádio que liberariam tanta onda eletromagnética, que já deveriam ter sido detectadas por nossos sensores. Um bom livro a respeito da raridade de seres inteligentes é "Sós no Universo", de Peter D. Ward e Donald Brownlee, Ed. Campus. São teses um tanto polêmicas, mas muito bem defendidas.







EXPLICAÇÃO DE MILGARES







Não estou afirmando crença ou descrença em milagres, o que me interessa aqui é a explicação dada por Kardec em A Gênese (Gen).







A ressurreição de Lázaro (Gen, cap XV, 40) seria apenas uma letargia e o cheiro ruim, uma suposição de sua irmã, afinal já se passavam 4 dias de sua morte. Certo que certas pessoas que aparentam estar mortas não estão (este pode ter sido o caso da filha de Jairo, Marcos 5.24), mas esta não era a situação de Lázaro pois em Jo 11.11-14 Cristo diz claramente que ele morreu.







No ítem 48 do mesmo capítulo, a multiplicação dos pães é atribuída ao fascínio "por sua palavra e talvez também pela poderosa ação magnética que ele exercia sobre seu auditório, não sentissem a necessidade material de comer". Uma leitura acurada de Mt 14.13-21 revela que a fome era física, que " todos comeram e se fartaram" e que foram recolhidos doze cestos cheios de sobras.







No ítem 47, ele não fornece nenhuma explicação plausível para a transformação da água em vinho ocorrida nas bodas de Cansá (Jo 2.1-12). Jesus "era de uma natureza demais elevada para se deter em efeitos puramente materiais" e que isso "o teria nivelado a um mágico" (duvido que alguém nascido em manjedoura, sendo digno de berço de ouro, teria essa arrogância). Uma saída também tentada foi dizer que não foi um milagre, mas um parábola como tantas outras que Jesus relatou. O problema é que isso se trata de uma narrativa histórica, em que aparecem, além de Jesus, sua mãe e seus discípulos; e é primeira referência a um milagre de Jesus nesse evangelho.







RESTAURAÇÃO DE DOGMAS







Em ESE, cap XXII, 5, Kardec fala "O divórcio é uma lei humana que tem por objeto separar legalmente o que já , de fato, está separado. Não é contrário à lei de Deus, pois que apenas reforma o que os homens hão feito e só é aplicável nos casos em que não se levou em conta a lei divina."







Até aí tudo bem, ele foi, inclusive, avançado para sua época, o problema veio com seus sucessores. No livro Vida e Sexo, de Chico Xavier pelo espírito Emmanuel, cap VIII, lê-se: "Partindo do princípio de que não existem uniões conjugais ao acaso, o divórcio, a rigor, não deve ser facilitado entre criaturas..."



"Óbvio que não nos é lícito estimular o divórcio em tempo algum, competindo-nos tão-somente, nesse sentido, reconfortar e reanimar os irmãos em lide, nos casamentos de provação, a fim de que se sobreponham às próprias susceptibilidades e aflições, vencendo as dura etapas de regeneração ou expiação que rogaram antes do renascimento no Plano Físico, em auxílio a si mesmos; ainda assim, é justo reconhecer que a escravidão não vem de Deus e ninguém possui o direito de torturar ninguém, à face das leis eternas.



O divórcio, pois, baseado em razões justas, é providência humana e claramente compreensível nos processos de evolução pacífica."



"Efetivamente, ensinou Jesus: "não separeis o que Deus ajuntou", e não nos cabe interferir na vida de cônjuge algum, no intuito de arredá-lo da obrigação a que se confiou. Ocorre, porém, que se não nos cabe separar aqueles que as Leis de Deus reuniu para determinados fins, são eles mesmos, os amigos a que se enlaçaram pelos vínculos dos casamento, que desejam a separação entre si, tocando-nos unicamente a obrigação de respeitar-lhes a livre escolha sem ferir-lhes a decisão."







Pelo menos Emmanuel ainda permite divórcio para alguns casos críticos, mesmo sem especificar quais são. O pior é o fato de não permitir acaso, fazendo com que muitas almas gêmeas virarem algemas. Se só nos casamos (ou devemos) com pessoas previamente escolhidas pela lei do karma, como vamos criar novos laços afetivos? Está implícita a falácia do apelo à força (argumentum ad baculum). Os cônjuges são livres para decidir o que quiserem, mas enfrentaram as conseqüências de sua desobediência à lei. Afinal Jesus ao dizer "não separeis o que Deus uniu" não estaria querendo dizer "o que Deus realmente uniu, ser humano nenhum é capaz de separar"?







Richard Simonetti em seu livro Atravessando a Rua, história 39, conta o caso de um casal que, por não resolver suas pendengas na última encarnação, estarão fadados a novo reencontro (cadê o livre arbítrio?).







No mesmo livro, história 3, um casal opta pelo esterilização após o nascimento do terceiro filho. A conseqüência é que três espíritos que estavam programados para aquela família não podem reencarnar. Um vai para planos superiores onde seria útil e outros dois, mas inferiores, passam a fazer obsessão ao casal. Em comentário final, Simonetti diz:



"Ocioso discutir sobre a legitimidade do planejamento familiar. Se os pais têm a responsabilidade de cuidar dos filhos, é elementar seu direito de decidir se desejam tê-los."



"Ressalte-se, todavia, que esse planejamento geralmente remonta à Espiritualidade, com o concurso de generosos e sábio mentores, antes do retorno à carne, quando os casais têm uma visão mais objetiva de seus necessidades evolutivas que, não raro, envolvem prole numerosa."



"O problema é que, chegados à Terra, distraem-se das finalidades da existência e, transitando pela névoa da ilusão, decidem limitar a natalidade, contrariando a própria consciência, que lhes diz inarticuladamente, no imo d álma, que ainda há nascimentos programados para seu lar. Com isso adiam par futuro incerto experiências necessárias à própria edificação".



Confiar na intuição é seguro? Quantos casais não desejam uma prole numerosa e depois mudam de idéia ao se depararem com o custo que já é criar um único filho. Se os mentores fossem realmente sábios, saberiam que não iam agüentar tal carga. O Papa adoraria ter esses argumentos de pressão para os fiéis evitarem contraceptivos. Penas que ele não acredita em reencarnação.







Em Anais do Instituto de Difusão de Cultura Espírita do Brasil, vol. IV, 1979, p. 177, está a conclusão de um capítulo acerca do tema transplante de órgãos. Eis dois ítens da conclusão:



"- Não encontramos no Espiritismo nada que justifique e aprove a fria técnica do transplante, mesmo considerando que examinada por um lado, poderia ser tida como socorro à vítima de certa deficiência orgânica. Enquanto não se levar em conta a existência do componente espiritual no ser humano, o transplante acarretará maiores desequilíbrios do que aqueles que pretende corrigir. Além do mais, a tentativa indiscriminada de prolongamento da vida a qualquer preço, é inatural. É preciso que tudo que tudo se destrua, ensinam os espíritos, para renascer e se regenerar"



"- A palavra final é, pois, que não encontramos no Espiritismo a aprovação à técnica dos transplantes, não porque não a entendamos, mas justamente porque, ainda que rudimentarmente, podemos já alcançar todas as complexidades e objeções éticas envolvidas."



Neste exemplo, há uma perigosa aproximação com mesma postura das testemunhas de Jeová contra a transfusão de sangue. Só trocaram os livros sagrados. Nem a igreja católica foi capaz disso. Certo que já se passaram mais de vinte anos desde a publicação deste texto e já existem opiniões mais moderadas no movimento espíritas em relação aos transplantes. Só quero mostrar o que um raciocínio bitolado, ainda que lógico, de uma "fé racionada" é capaz de deduzir.







Anjos viraram espíritos de luz, demônios agora são chamados obsessores, Inferno virou Umbral e Céu , Colônia. A coação pelo medo de castigos, mesmo que temporários, continua. O suborno das boas obras virou valor maior. E agora? Como fazer a caridade se ela pressupõe desinteresse? Será que trocaram seis por meia dúzia. Talvez o único avanço do Espiritismo tenha sido a chance de nunca se perder a esperança. Nenhum destino está selado. É como se dessem dois passos para frente e um para trás.







RACISMO



A Gênese, cap. XI, item 32

"O progresso não foi, pois, uniforme em toda a espécie humana; as raças mais inteligentes naturalmente progrediram mais que as outras, sem contar que os Espíritos, recentemente nascidos na vida espiritual, vindo a se encarnar sobre a Terra desde que chegaram em primeiro lugar, tornam mais sensíveis a diferença do progresso. Com efeito, seria impossível atribuir a mesma antiguidade de criação aos selvagens que mal se distinguem dos macacos, que aos chineses, e ainda menos aos europeus civilizados."



"Esses Espíritos dos selvagens, entretanto pertencem à humanidade; atingirão um dia o nível de seus irmãos mais velhos, mas certamente isso não se dará no corpo da mesma raça física, impróprio a certo desenvolvimento intelectual e moral. Quando o instrumento não estiver mais em relação ao desenvolvimento, emigrarão de tal ambiente para se encarnar num grau superior, e assim por diante, até que hajam conquistado todos os graus terrestres, depois do que deixarão a Terra para passar a mundos mais e mais adiantados (Revue Spirite, abril de 1863, pág. 97: Perfectibilidade da raça negra)"



Aqui fica patente uma ignorância antropológica e histórica. Tribos aborígenes nada têm de animalesco, possuindo até cultura bem avançada, ainda que tecnologias primitivas. Os chineses já possuíam esplêndida civilização enquanto a maioria dos europeus ainda vivia na idade do bronze.









LE, cap. V

"6º -Por que há selvagens e homens civilizados? Se tomarmos uma criança hotentote recém nascida e a educarmos nas melhores escolas, fareis dela, um dia, um Laplace ou um Newton?(...)"



"(...)Em relação à sexta interrogação acima, dirão naturalmente que o Hotentote é de uma raça inferior; então, perguntaremos se o Hotentote é um homem ou não. Se é um homem, por que Deus o fez, e à sua raça, deserdado dos privilégios concedidos à raça caucásica? Se não é um homem, porque procurar fazê-lo cristão? A doutrina espírita tem mais amplitude do que tudo isto. Segunda ela, não há muitas espécies de homens, há tão somente cujos espíritos estão mais ou menos atrasado, porém, todos suscetíveis de progredir. Não é este princípio mais conforme à justiça de Deus?"



Hotentotes são membros de uma tribo do sul da África. Não seria mais justo a existência de uma única espécie humana, cujos elementos estão separados por culturas mais ou menos complexas? Um hotentote (aliás, qualquer um) recém-nascido, se receber todas as condições materiais e morais adequadas, não terá nenhum empecilho para cursar uma faculdade. Por outro lado, suponha que um avião caia em plena amazônia e o único sobrevente seja um bebê, que foi resgatado por membros de uma tribo indígena desconhecida. Ainda que tal criança descenda da fina flor da nobreza européia, ela vai desevolver habilidades em arco e flecha, em vez de falar latim. Kardec parece se limitar à visão de sua época, quando os caucasianos teriam teriam uma missão de civilizar os povos ainda "selvagens". Um preconceito daquele tempo.





Esta é a pior de todas. Allan Kardec, Obras Póstumas, 1ª parte, capítulo da "Teoria do Belo".



"O negro pode ser belo para o negro, como um gato para os gatos; mas não o é no sentido absoluto, porque os seus traços grosseiros, os lábios grossos, acusam materialidade dos seus instintos; podem perfeitamente exprimir paixões violentas, mas nunca variedades do sentimento e as modulações de um Espírito elevado."



Quero deixar claro que nunca conheci nenhum espírita racista e desconheço qualquer atitude preconceituosa dentro de seus centros. Entretanto, esta passagem existe. Talvez por "Obra póstumas" ter menor importância em relação aos outros livros, muita gente desconheça esta opinião de Kardec. Ele foi muito avançado para seu tempo em questões como igualdade de direitos entre os sexos e divórcio. Mesmo assim, aparenta ter defeitos próprios do ambiente em que viveu, dentre eles uma visão eurocêntrica. É mais culpa da época que do homem. O que realmente intriga é como espíritos mais "evoluídos" e mais à frente que ele não o avisaram do erro de considerar os europeus referencial absoluto de beleza e elevação





























BIOLOGIA/ FÍSCA











O Espiritismo surgiu numa época que o homem carecia de algumas explicações científicas, Kardec supriu as necessidades de alguns alegando que isto ou aquilo era conseqüência da atividade e propriedade dos espíritos, ou que era apenas de conhecimento divino. O tempo passou, as explicações da ciência tradicional apareceram. Será que o espiritismo repetiu o hábito de seus antecessores, que queriam dizer o porquê do Sol e da chuva?











-Em LE questões











4 - Onde se pode encontrar a prova da existência de Deus?

“Num axioma que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a

causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá.”



Qual a causa da causa primária? Esta idéia de primeiro motor já vem desde Aristóteles e já se encontra ultrapassada. Pela pelas próprias leis física (conservação da quantidade de movimento, por exemplo), partículas podem estar movendo e se chocando umas com as outras indefinidamente.



Pela equivalência matéria-energia, toda matéria poderia ser convertida em alguma forma de energia. As energias cinética, térmica, eletromagnética e nucleares possuem sinal positivo, ao passo que a gravitacional é negativa. Somando tudo isto e levando em conta que a energia gravitacional, apesar de fraca, é abundante, pode ser que o resultado final seja zero – viemos do nada. Por enquanto isto é pura especulação e ninguém sabe como fazer tal conta. É apenas um exercício mental sobre a necessidade de uma causa primária.



6 - O sentimento íntimo que temos da existência de Deus não poderia ser fruto da

educação, resultado de idéias adquiridas?

“Se assim fosse, por que existiria nos vossos selvagens esse sentimento?”



Simplificação exgerada. Mitos são as primeira formas do homem tentar explicar a natureza. Quanto mais o homem descobre cientificamente, de menos mitos ele precisa. Já não adoramos o Sol? A medida que o conhecimento progride, lendas vão sendo derrubadas, por isso o ateísmo se tornou mais comum após a desmistificação de boa parte da natureza.











7 - Poder-se-ia achar nas propriedades íntimas da matéria a causa primária da

formação das coisas?

“Mas, então, qual seria a causa dessas propriedades? É indispensável sempre uma

causa primária.”



Se as constantes físicas fossem ligeiramente diferente do que são, o universo, tal como o conhecemos, não existiria. Se a gravidade fosse mais forte, toda matéria já teria sido tragada para dentro de buracos negros, que pipocariam no espaço; se mais fraca, os átomos não se adensariam em estrelas e sem estas não teríamos átomos mais pesados que hidrogênio e hélio. Da mesma forma, com a força eletromagnética mais intensa, o núcleo atômico seria mais instável, podendo o oxigênio radioativo e o ferro físsil. Se mais tênue, líquidos e sólidos não seriam viáveis.











8- Que se deve pensar da opinião dos que atribuem a formação primária a uma

combinação fortuita da matéria, ou, por outra, ao acaso?

“Outro absurdo! Que homem de bom-senso pode considerar o acaso um ser

inteligente? E, demais, que é o acaso? Nada.”



O acaso é tudo. Toda a Mecânica Quântica está calcada em probabilidade. A teoria da evolução também faz uso de mutações aleatórias e, recentemente, a teoria do Caos tem ajudado os cientistas a entender fenômenos complexos. O que acontece é, simplificadamente, que a natureza não opta por todas as alternativas igualmente, escolhendo a longo prazo a mais viável



9 - Em que é que, na causa primária, se revela uma inteligência suprema e superior

a todas as inteligências?

“Tendes um provérbio que diz: Pela obra se reconhece o autor. Pois bem! Vede a

obra e procurai o autor. O orgulho é que gera a incredulidade. O homem orgulhoso nada

admite acima de si. Por isso é que ele se denomina a si mesmo de espírito forte. Pobre ser,

que um sopro de Deus pode abater!”



Hipótese do “design inteligente”. Se há um relógio, então há um relojoeiro. Esta idéia fui muito usada por criacionistas para combater a evolução. A complexidade não surge de uma hora para outra, sendo cumulativa.



10 - Pode o homem compreender a natureza íntima de Deus?

“Não; falta-lhe para isso o sentido.”



Kaluza-Klein, supergravidade, super-cordas, etc. A busca de uma teoria final, que explique todas as forças, continua. Mesmo sabendo do desafio, os físicos ainda buscam ver “a face de Deus”. Mesmo que não consigam, as mais belas páginas da ciência dos séculos XX foram escritas por causa dessa persistência.



38 - Como criou Deus o Universo?

“Para me servir de uma expressão corrente, direi: pela sua Vontade. Nada

caracteriza melhor essa vontade onipotente do que estas belas palavras da Gênese - “Deus

disse: Faça-se a luz e a luz foi feita.”



Se tivessem se contentado com essa resposta, não haveria a Teoria do Big-Bang. Tudo bem que isto era muito além do século XIX, mas não seria melhor os espíritos afirmarem isto do que citar a Bíblia?



42 - Poder-se-á conhecer o tempo que dura a formação dos mundos: da Terra, por

exemplo?

“Nada te posso dizer a respeito, porque só o Criador o sabe e bem louco será quem

pretenda sabê-lo, ou conhecer que número de séculos dura essa formação.”



Exames radiológicos em rochas estima a idade da Terra em 4,5 bilhões de anos. A teoria do Big Bang estima a idade do universo entre 15 e 20 bilhões. É um traço positivista achar limites da ciência estão dentro da experimentação direta. Comte, o criador desta corrente filosófica,não achava que se pudesse, por exemplo, saber de que são feitas as estrelas. Ainda no século XIX, o estudo do espectro luminoso da luz destas, permitiu saber de que gases elas são feitas. Esta opinião é de Kardec ou do Espírito de Verdade?











46 - "Os tecidos dos homens e dos animais não encerram os germes de uma multidão de vermes que aguardam, para eclodir, a fermentação pútrida necessária à sua existência?".









Esta tese de que os seres vivos surgem da eclosão da vida na matéria é a tese conhecida por abiogênese ou da geração espontânea, que foi provada falsa por Pasteur em 1862.











"53 - O homem nasceu sobre diversos pontos do globo?

- Sim, e em épocas diversas, e isso é uma das causas da diversidade de raças; depois os homens, em se dispersando sob diferentes climas e aliando-se a outras raças, formaram os novos tipos.



- Essas diferenças constituem espécies distintas?

- Certamente que não, todos são da mesma família; as diferentes variedades de um mesmo fruto impedem que pertençam à mesma espécie?



54 - Se a espécie humana não procede de um só, os homens devem deixar por isso de se reconhecerem como irmãos?

- Todos os homens são irmãos em Deus, porque são animados pelo espírito e tendem ao mesmo fim. Quereis sempre tomar as palavras, literalmente."











A conclusão de que somos todos irmãos está certa, mas de um premissa errada. De fato, durante anos a paleoantropologia se dividiu entre os que achavam que a humanidade tinha uma origem única ou múltipla. Recentemente, porém, análises feitas com o DNA mitocondrial de diversos povos modernos revelaram que eles estão muito próximos uns dos outros, indicando uma origem única. Crê-se que toda a humanidade evoluiu de um grupo de algumas centenas de indivíduos, oriundo da África. Os fósseis mais antigos de humanos anatomicamente modernos datam de 100.000 anos e, de lá, nossos ancestrais partiram para o resto do globo; encontrando pelo caminho os descendentes de correntes migratórias anteriores, como os neandertais. Estes ramos colaterais do gênero homo se extinguiram sem deixar descendentes; provavelmente por cratástrofes naturais, doenças e a competição com nossos ancestrais diretos.

A evolução, como de qualquer outra espécie, se assemelha mais com uma árvore ramificada, cujos galhos são constantemente podados pela tesoura da extinção, do que com linhas paralelas. Pode ser até que a história dos galhos mude; mas os frutos, NÓS, não se alterarão. Somos irmãos e não primos. O conceito de raça não faz sentido em nossa espécie, pois as diferenças são ínfimas











- LE, Cap VIII, pergunta 402:



...O sono liberta a alma parcialmente do corpo. Quando dorme. o homem se acha por algum tempo no estado em que fica permanentemente depois que morre. ..."





Nosso corpo não fica como morto depois que dorme e, pelo contrário, em certas fases do sono o cérebro trabalha ativamente.

No século XIX havia muito pouco conhecimento a respeito do funcionamento da mente. Ainda é um campo nebuloso, mas já estamos colhendo algumas luzes onde há 140 anos atrás só podíamos dizer "não sei".















-Em Chico Xavier, Emmanuel, "Dissertações Mediúnicas sobre Importantes Questões que Preocupam a Humanidade" - 1937-38, editora da FEB, p 125. Emmanuel (o espírito) comenta o fato de que doenças infecciosas como a lepra, a tuberculose, e outras permanecerem tão intratáveis quanto há 200 anos antes; de que os investigadores puderam vislumbrar o mundo microbiano sem saber eliminá-lo por sondarem os fenômenos sem lhes auscultarem as causas divinas; e de que a saúde humana nunca será o produto de comprimidos...



Pouco depois houve a difusão dos antibióticos, que curaram doenças como a tuberculose e a lepra... Será que Emmanuel realmente entende de biologia?











- Em Divaldo Franco, Joanna de Ângelis Estudos Espíritas - 1973 FEB :



Afirma que o perispírito é o responsável por todo processo teratológico. p-43. Há medicamentos que causam processos teratológicos (mutações) , tal como a talidomida. Como atribuir a causas espirituais deformidades que pode ser artificialmente induzidas?















ESPIRITISMO, CIÊNCIA E LÓGICA.







O Espiritismo surgiu numa época em que o ambiente filosófico estava dominado pela corrente do positivismo. Um dos aspectos dos positivistas era que a realidade só pode ter raízes práticas na observação dos fenômenos naturais, os quais se acham sob o império de imutáveis leis naturais. Há a preocupação exclusiva de se estudar apenas aquilo que se pode se útil para a humanidade, com a negação total do valor de qualquer pesquisa de causas primárias ou finais. É visível a influência dessa filosofia nas obras de Kardec; seja na forma de um arranjo cristalino de sua doutrina, uma estrutura rígida, digna de portar as leis imutáveis que foram transmitidas diretamente pelo Espírito da Verdade; sejam quando evita a busca de causas finais para a nossa existência, afinal não teríamos maturidade suficiente para um mergulho profundo nos desígnios de Deus. Para dar-lhe cunho científico, criou postulados para seu sistema como os da causalidade, ação e reação e a reencarnação e, em seguida, desenvolveu todo um leque de deduções que seria a expressão do funcionamento do mundo espiritual. Para evitar que entrasse numa camisa de força, deixou uma brecha para mudanças: "Caminhando de par com o progresso, o Espiritismo jamais será ultrapassado, porque se novas descobertas lhe demonstrassem estar em erro acerca de um ponto qualquer, ele se modificaria nesse ponto. Se uma verdade nova se revelar, ele a aceitará" (A Gênese).



O tempo passou. O Positivismo revelou-se tão simplista quanto as crenças que propunha combater. Deixou descendente, mas eles já estão longe do original. O século XX foi pródigo em destruir paradigmas, a começar pela Física clássica. Da constatação de que ela não explicava satisfatoriamente certos fenômenos surgiram dois novos campos: a Relatividade de Einstein e a menos famosa ao grande público, mas igualmente revolucionária, Mecânica Quântica. Os elétrons, prótons e nêutrons não podem ser imaginados como pequenas coisas independentes do mundo restante. O mundo quântico nada tem haver com essas coisas, que podem ser apalpadas. Apenas permite aos cientistas relacionar diferentes observações dos átomos entre si ou em matérias ainda menores, como procedimento para harmonizar suas observações. O átomo se converteu num simples código para um modelo matemático, não em parte da realidade. A Mecânica Quântica é aceita até hoje devido ao seu pleno êxito, não por ser intuitiva e bela. Muito pelo contrário: os paradoxos que seu sistema geraria no mundo macroscópico desafiam o senso comum e intrigaram até seus criadores. Sua modelagem probabilística acabou com o sonho de ser prever qualquer evento, desde que fossem dadas as condições iniciais. O acaso entrou definitivamente na Ciência, pelo menos no microcosmo. Muita gente não gosta disso. O próprio Einstein não gostava disso exclamou: "Deus não joga dados". Mas parece que Ele joga, sim.



Até a Matemática que se achava acima das crises de paradigmas das demais disciplinas também teve seu choque. Os matemáticos se empenhavam na busca de um conjunto finito de axiomas do qual se pudesse deduzir toda a Matemática. O banho de água fria veio quando o Gödel demonstrou que qualquer sistema lógico é incompleto. Sempre haverá sentenças em que não se poderá decidir se elas são verdadeiras ou falsas e a inclusão de mais axiomas apenas retarda o surgimento dessa questão. Em suma, há verdades que nunca serão atingidas. Longe de ser desesperador isto é bom. É sinal de que a Matemática nunca irá se esgotar. Podemos criar álgebras e geometrias tão malucas quanto queiram nossa imaginação; só uma coisa é exigida: coerência. A Lógica libertou-se totalmente das amarras ao mundo real.



O olhar que as ciência lançam sobre o homem também mudou. Não somos mais o produtos acabado da evolução, não estamos à testa de uma fila indiana das espécies. Somos apenas um ramo de uma árvore ramificada, que é constantemente podada pela tesoura da extinção. Não somos os mais evoluídos; pois evolução não significa progresso, mas adaptação. Uma ervinha é mais auto-suficiente que nós e toda nossa inteligência não é garantia de vida eterna.



As causas primárias e finais voltaram. A busca por uma "teoria final" que unifique em um só campo a Relatividade e a Mecânica Quântica prossegue. Dela se espera poder se descobrir o que levou o Universo a ser do que jeito que é e qual o seu destino.



E o Espiritismo? Onde está o perispírito na equação de Schörendinger? Se ele estiver lá, o que a estatística quântica fará ao nosso livre arbítrio, já que cada decisão tinha uma probabilidade não nula de ser diferente? A lógica a doutrina é única ou existirão sistemas alternativos? Se o homem começar a colonizar o sistema solar, para onde irão os seres que habitam os outros planetas? Ou eles não habitam. Mensagens consoladoras continuam chegando em profusão; mas por que não chegam a cura para alguma doença, a dedução de um complicado teorema ou um romance digno de um Nobel de literatura? As incongruências aqui citadas, não foram corrigidas dos livros até agora, por quê? Os discípulos do mestre não estão seguindo o conselho do mesmo de o renegarem quando suas idéias caducassem. Kardec está se tornando para o Espiritismo o mesmo que Aristóteles foi para a Idade Média. Se foi ciência, não é mais; pois ficou marcando passo durante todo século XX. Já é hora de uma atualização de A Gênese, não? Se foi filosofia, não é mais; pois está ficando dogmático. Se foi religião, continua sendo; pois está reproduzindo os mesmos defeitos de suas anteriores - Judaísmo e Cristianismo. A propósito, que papel têm o Islamismo, Hinduísmo, Confucionismo, Budismo, etc.? Eles não estão na escala de revelações de Kardec. Algo ficou faltando. Tantas perguntas...







EPÍLOGO







Vim de meio espírita, achava a teoria bela e lógica. Conforme fui amadurecendo, constatei que o suntuoso edifício do Kardecismo apresenta, no mínimo, sérias rachaduras. Ninguém soube responder ou se interessou por minha dúvidas, por isso me afastei da religião e resolvi correr atrás de minhas próprias respostas. Não guardo mágoas; conheci pessoas muito nobres que acreditam no que fazem, apesar de questionar seus motivos. O que quero é sacudir um pouco os fiéis para que respondam as lacunas.



Se eu ainda acredito em espíritos? Não. Eles são muito mentirosos!









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