Manter um relacionamento sempre foi difícil. E’preciso abrir de algumas coisa e aceitar outras das quais, às vezes não gostamos. Talvez por isso os relacionamentos de hoje sejam tão rápidos, superficiais e, às vezes, hipócritas.
A maioria das pessoas prefere “ficar” a manter um relacionamento mais sério. Outras mantêm mais de um ao mesmo tempo, com medo de ficarem sozinhas. Assim, acabam enganando os outros e a si mesmo sobre seus sentimentos. Não sabem exatamente como se sentem em relação ao outro - ou outros. São pessoas que sentem necessidade de ter um relacionamento para não se sentirem sozinhas. Mas que tipo de relacionamento nasce de uma carência?
A mídia cria essa necessidade de relacionamento. Filmes, campanhas publicitárias, novelas, tudo sempre mostra um casal feliz, passando a mensagem de que só se é feliz se você está com alguém e que, a solidão traz a infelicidade e o insucesso.
Contudo, a maioria não quer se envolver num relacionamento sério, prefere aqueles superficiais, sem muito envolvimento, e, às vezes, não passam de uma noite. Há aqueles que preferem manter mais de um ao mesmo tempo, usando a velha desculpa: “quem tem dois tem um. Quem tem um, não tem nenhum”. Que tipo de relação uma pessoa desse tipo pode manter? Não tem sentimentos sinceros por ninguém, engana a todos, mente o tempo todo, e é hipócrita, pois não admite que o outro também mantenha outro relacionamento. Sente-se “traído”. Mas não pensa no que o outro sentirá quando descobrir que não é o único. Simplificando, é uma pessoa hipócrita e egoísta.
Hipocrisia, traição, falta de sentimentos, são típicos do mundo capitalista. Por isso, não é de se estranhar que os relacionamentos modernos sejam assim. E ainda há aqueles que classificam os romances de hoje de fast-love, como os fast-food: rápidos e sem valor (nutricional e sentimental).