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Artigos-->A Bíblia e o Trabalho em Grupo -- 28/07/2003 - 21:50 (João Afonso Carvalho Ferreira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A BÍBLIA E O TRABALHO EM GRUPO





É comum nos depararmos com ocupantes de função de chefia ou coordenação que sempre estão muito ocupados, super atarefados, reclamando porque “tem serviço demais”, “os outros não assumem”, “tudo é comigo” e uma infinidade de afirmações do gênero. São pessoas que não podem ausentar-se da atividade. Nem adoecer podem! Férias, viagem e coisas tais, nem pensar. Especialmente em ONGs, igrejas e outros grupos onde a maior força é o trabalho voluntário, é comum encontrarmos esse tipo de ocorrência.

Analisando a situação, normalmente nos vemos a presença do pernicioso hábito, presença constante na administração de quaisquer atividades: a concentração. Ele é encontrado nas mais diversas esferas e ramos da administração, pública como privada, do controle de uma residência a trabalhos de voluntariado. Nestes, então, é onde se faz notar com muita força

Por falta de formação, ou por insegurança, é comum a pessoa assumir o que deveria ser a coordenação ou liderança de um grupo para desenvolver determinada atividade, eventual ou permanente, e concentrar em si todas as decisões, todas as iniciativas, passando já “mastigado” o que os membros da equipe devem fazer, quando não elas próprias fazendo tudo, em vez de coordenarem.

Este comportamento tem inúmeros pontos negativos: no grupo não se revelam novas lideranças; os seus componentes atuam qual máquina, recebendo o que fazer e apenas atuando sem dar contribuição intelectual, apenas executando algo que lhe foi dado para fazer, de tal modo, em determinado horário e/ou local.

O coordenador, líder ou chefe estará sempre assoberbado, normalmente reclamando de falta de tempo, acometido de estresse, trabalhando demais, gastando excessiva e desnecessariamente energia, ou deixando de realizar tarefas mais importantes para o grupo ou para a atividade e que, realmente, cabem ao líder ou coordenador desempenhar. E o pior: quase sempre o resultado não sai a contento.

E o grupo? Bem, no grupo podem ocorrer algumas respostas negativas, tais como acomodação das pessoas, esperando sempre a iniciativa de outrem, fazendo “apenas o que é dado para fazer”; evasão de pessoas que gostam de tomar iniciativa, decidir, participar mais efetivamente, assumir responsabilidades.

E o que pensam as pessoas concentradoras? Que os outros não sabem decidir, que é mais fácil realizar a tarefa do que ensiná-la a alguém. Esquecem-se de que, ensinando a outrem, a partir de determinado tempo o aprendiz “andará com as próprias pernas”, assumindo partes do trabalho que deixarão de consumir tempo de quem ensinou.

A propósito, lembro aqui uma grande aula de descentralização, que se encontra no na Bíblia Sagrada (Êxodo, 18,13-23). Ali estão variados aspectos que devem ser observados para uma boa delegação. Jetro, sogro de Moisés, observou que “... o povo procurava por ele desde o amanhecer até à noite”. Então, Jetro falou a Moisés: “... o que você está fazendo não está certo. Você está matando, tanto a si mesmo como ao povo que o acompanha. É uma tarefa muito pesada, e você não pode fazê-la sozinho. Aceite o meu conselho, para que Deus esteja com você: represente o povo diante de Deus e apresente junto de Deus as causas dele. Ensine a eles os estatutos e as leis; faça que eles conheçam o caminho a seguir e as ações que devem praticar. Escolha entre o povo homens capazes e tementes a Deus, que sejam seguros e inimigos do suborno; estabeleça-os como chefes de mil, de cem, de cinquenta e de dez. Eles administrarão regularmente a justiça para o povo; os assuntos graves, eles trarão a você; os assuntos simples, eles próprios resolverão. Desse modo, vocês repartirão a tarefa, e você poderá realizar a sua parte”.

Eis alguns pontos que devem ser observados ao se preparar a descentralização de atividades, e que estão no ensinamento do velho Jetro, transmitido há milênios:

- escolher pessoas adequadas para a atividade e distribuir a competência conforme a capacidade de cada um;

- instruir os novos coordenadores, a fim de terem pleno conhecimento dos limites de suas atribuições e do que o grupo espera de cada um;

As consequências de um bom processo de delegação normalmente são as melhores possíveis, eis que possibilitam o surgimento de novas lideranças, propiciam maior participação e comprometimento no grupo e evita que o líder fique aja matando “a si mesmo como ao povo que o acompanha”.

A concentração, ao contrário, frustra os componentes do grupo, acomoda-os a “fazer o que mandam” e o nefasto resultado é conhecido. Quer ver melhor? Observe nos grupos de que participa, seja no trabalho, em casa, ou em quaisquer outros grupos. E constatando o problema, não deixe de dar sua contribuição para descentralizar, através de um processo de delegação bem elaborado, para que o grupo realmente envolva a todos. E não verifique somente a atuação “dos outros”. Veja também como está a sua atuação como coordenador.

E bons resultados, com as bênçãos de Deus!



João Afonso, Palmas - TO
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