Gustave Geley (1868-1924), médico. Não se destacou como sábio em outro ramo da Ciência, mas sim em Metapsíquica. Foi Fundador e Presidente do “Intituto Metapsíquico Internacional” de Paris.
*** Geley é apresentado pelos espíritas como o cientista mais claramente a favor da comunicação dos mortos. Apresentam-no inclusive como um modelo a seguir pelos parapsicólogos céticos. Não há dúvida de que Geley inicialmente foi espírita, e assim se mostra sem ambages no seu primeiro livro, onde apresenta uma visão geral do espiritismo. (GELEY, Gustave: Essai de Revue Générale et d’Interprétation Synthétique Du Spiritisme, Paris, 1897. Tradução por SANTOS, Isidoro Duarte: Resumo da Doutrina Espírita, 2.ª edição, São Paulo, LAKE [Livraria Allan Kardec Editora], 1958)
(...) Mas à medida que foi estudando, Geley foi se afastando cada vez mais de suas idéias espíritas pré-científicas. (...)
(...) no Primeiro Congresso Internacional de Pesquisas Psíquicas, celebrado em Copenhague em 1921, Geley apresenta sua posição três anos antes de sua morte: “Pelo momento, toda prova direta e imediata corre o risco de ser descartada imediatamente pela imensa maioria dos cientistas, inclusive pelos metapsíquicos. Em rigor, dizem, tudo pode se explicar pelas faculdades supranormais (parapsicológicas) do médium. E com efeito, está claro que se reconhecemos as capacidades (do vivo...) não há mais lugar para uma prova certa de identificação espírita. Seria vão, a nosso ver, negar essas realidades (as faculdades dos vivos) e obstinar-se no caminho dessas identificações”. (GELEY, G., sua ponência, em Compte-Rendu... Copenhague, op. cit., (francês), p. 38 – Cfr. Comodamente, MUSSO, José Ricardo: Em los Limites de la Psicologia. Desde el Espiritismo hata la Parapsicología, Buenos Aires, Périplo, 1954, p. 213)
O Dr. Eugéne Osty, que conviveu e trabalhou longos anos com o Dr. Geley, sucedendo-o na Presidência da I.M.I. e que era um dos homens que melhor o conhecia, garante que Geley não só foi duvidando cada vez mais da hipótese espírita à medida em que avançavam os estudos da Metapsíquica, senão também que nos últimos anos de sua vida já abandonara completamente essa hipótese: “A bela inteligência do Dr. Geley, aberta a tudo o que é verdadeiro, acabou por compreender que todos os objetos de estudo metapsíquico são explicados pelos poderes extraordinários dos vivos”. (Révue Métapsychique, 1926)
Fonte: “Palavra de Iahweh”, Oscar González-Quevedo, S.J., 1.ª edição, São Paulo, Loyola, 1993, p. 202 s., volume 5 de “Os Mortos Interferem no Mundo?”.
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“Fora da VERDADE não há CARIDADE nem, muito menos, SALVAÇÃO!”