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Artigos-->Che Guevara invade o Cariri -- 11/06/2003 - 14:55 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
"Artigo publicado no diário Jornal do Cariri, que se edita em Juazeiro do Norte (CE) dia 03/06/2003



MUNICIPIO DE AURORA (CE) HOMENAGEIA “ CHE GUEVARA”



Armando Lopes Rafael (*)



A matéria foi divulgada no “Diário do Nordeste”, caderno Regional, em 01/06/2003. Leiamos um trecho: “ O nome de Ernesto Che Guevara de Serna chega ao sertão do Cariri. Inaugurado no sítio Santa Vitória, município de Aurora, o primeiro Posto de Saúde Avançado com o nome do médico revolucionário que deixou a medicina para fazer a revolução cubana ao lado de Fidel Castro”. Diz ainda a matéria, citando o autor da idéia de homenagear o guerrilheiro: “ Guevara foi um médico humanitário, que estudou em escola pública e fez uma opção pelos pobres da América Latina. É preciso mostrar este lado humano de Che que foi detentor de uma grande cultura humanística. Espero que o exemplo de Guevara, como estudante e médico, seja referência para os jovens de Aurora”.



Com tantos nordestinos ilustres, que souberam valorizar os pobres, e não são lembrados (por exemplo: Antônio Conselheiro, Luiz Gonzaga, Beato Zé Lourenço, Patativa do Assaré, dentre outros) a Prefeitura de Aurora teve de escolher justamente o guerrilheiro argentino-cubano para homenagear...



Lendo a notícia veio-me à mente um dos programas “Roda Viva”, da TV Cultura, quando foi entrevistado o ensaísta e político mexicano Jorge Castañeda, que falou sobre seu livro “Che Guevara, a Vida em Vermelho”. Castañeda desmistificou completamente o guerrilheiro. Disse, com todas as letras, que Che Guevara era uma pessoa profundamente autoritária, machista, racista e intolerante.



Che Guevara iniciou sua vida pública como companheiro de Fidel Castro, na guerrilha de Sierra Maestra, que prometia devolver a liberdade aos cubanos (à época vítimas de outra ditadura, a de Fulgêncio Batista) mas que terminou por implantar um regime comunista de partido único, na ilha-prisão. Ficou célebre uma passagem de Che Guevara em Sierra Maestra. Nomeado comandante de uma coluna (divisão interna dos revolucionários) aquele que “ não perdia a ternura jamais”, certa ocasião, se deparou com um subordinado furtando um pouco de comida. Mandou fuzilar o “ladrão” imediatamente, sem maiores formalidades e sem conceder-lhe o sagrado direito de defesa. Pasmem! Aquele que teria dedicado a vida inteira à "causa dos pobres", assassinou um deles, por roubar um pouco de alimento para saciar a fome. “Hay que endurecer...”



Vitoriosa a Revolução, Guevara participou de centenas de fuzilamentos de partidários de Fulgêncio Batista no “Paredón”. Depois foi premiado com a Presidência do Banco Central de Cuba. Como não entendia nada de economia, mas só de guerrilha e de fuzilamentos, acabou por arruinar o banco, agravando ainda mais o estado lastimável da economia cubana. Depois foi mandado para fazer outras revoluções na Venezuela, Congo e Bolívia. Nesses países, muita gente inocente foi imolada. Por essa época, década 60 do século passado, Che Guevara elogiou, através dos meios de comunicação, a Revolução Cultural chinesa, feita por Mao Tsé Tung. Nessa Revolução Cultural o tirano chinês comandou a morte de milhares de pessoas. Teve casos de chineses que morreram porque usavam calça jeans.



Quanta decepção nos causa, o fato deste sanguinário ter seu nome numa obra pública do município de Aurora. Ao final desta leitura, algum leitor poderá argumentar: não importa as ações de Che Guevara, o que vale é que ele dedicou a vida inteira a um ideal. Se esse argumento for válido, não estranhemos se alguém lembrar de homenagear também Adolf Hitler...



(*) Armando Lopes Rafael é graduado em História, com pós-graduação em História do Brasil, pela Universidade Regional do Cariri - URCA"







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