993300>Cada um a seu jeito, com suas virtudes e defeitos, com seus acertos e erros, com os seus mais ou menos, com seus saber e ignorância, enfim, cada qual com seu "beMal", escreve aqui na Usina.
Consabe-se que a atmosfera global que se implantou na actual vida das pessoas não permite ordenar com justiça a escala dos valores culturais em exercício.
Conheço pessoas que não conseguem ordenar uma só frase e no entanto apresentam-se autores de livros e escritos que de facto não escreveram.
A posse de meios através do dinheiro tudo consegue e concretiza. No entanto, tarde ou cedo o efeito verdadeiro vem à tona, dizia-se e ainda se vai dizendo. E quando não vem?!
Mais do que nunca, seja em que parâmetro for da vida, a luta é renhida e atinge limites de intensa e sórdida perversidade. A submissão tácita aos donos do dinheiro baila nos olhos do quotidiano.
Aqui, na Usina, que designo como seara lídima das letras em plena liberdade, têm os seus usuários pois a oportunidade de escrever sobre o que muito bem quiserem e entenderem. Isto não tem preço, mas infelizmente o espectro da ignominiosa censura e obstrução ainda ronda evidente e, pasme-se, persiste imbecil e ridículo.
Creio que tais mentores não lograrão nunca mais do que o terreno que possuem. Seria lastimosa perda para a Língua Portuguesa que algo de obstrutivo e cerceante caísse sobre o importantíssimo e essencial aspecto da liberdade de expressão. Quem para tal pende não sabe deveras o que a si mesmo e aos outros está a fazer.
E vamos lá então todos escrever!...
Porto / Portugal, 12.05.2002 = 19H51
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