PERDÃO
Meu irmão!
Confeço-te,
tantas e tantas ofensas eu fiz ao Pai,
que não posso enumerá-las integralmente.
Sei que nesta vida eu já desejei as coisas alheias,
enganei os meus semelhantes,
julguei-os,
Humilhei-os,
dei falsos testemunhos,
faltei com a verdade,
enfim meu amigo,
fiz tudo errado.
Reconheço os meus erros e estou arrependido,
e por isso,
eu te pergunto, do fundo de minha alma:
obtenho o perdão diante do Pai?
- Apesar de teus erros,
sei que voltarás para ao Pai,
mas quero te dizer:
nunca ofendeste e nem o feriste o Pai...
Ele é o infinito Amor e
está acima de tudo e de todos,
embora imanente em tudo e em todos,
é transcendente,
e ninguém pode Lhe atingir
ou Lhe ofender,
portanto, não tem o que perdoar.
Meu amigo!
Estás sujeito à Lei...,
como toda a criação do Pai,
e o Pai,
não muda a Lei...,
pois tudo que criou e cria é perfeito,
nada pode ser mudado, por ser perfeito.
Se feriste alguém,
feriste à Lei
e a Lei não mudará...,
portanto, meu irmão,
és tu que tens que mudar diante à Lei.
Se reconheces teus erros,
terás toda a oportunidade,
como todos terão,
de se redimirem, diante Dela,
mas sentirás, exatamente,
o que foi sentido pelo que causaste.
Enfim,
Eu te digo:
serás sempre tu mesmo,
responsável pelo que foi e que és,
dono do teu próprio destino,
portanto, tudo que fizerdes,
de bom ou de mau,
lembra-te:
estás fazendo a ti mesmo.
Irás ao Pai,
não pelo seu perdão,
mas sim pelos teus próprios méritos e
é aí que esta toda a sabedoria.
João C. de Vasconcelos
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