Um livro antigo mais atual do que nunca... A Bíblia!
A Bíblia contém 66 livros dos quais 39 compõe o antigo testamento escrito antes de Cristo e 27 compõe o novo testamento que foi escrito depois de Cristo. A Bíblia foi escrita durante 1600 anos, começando quando o Egito era potência do mundo e terminando quando Roma era a Senhora no cenário mundial.
A língua utilizada na escrita foi o hebraico para o antigo testamento e o grego para o novo testamento. A Bíblia se resume em Leis, profecias, história, poesia e conselhos. Quarenta pessoas participaram na escrita do livro entre eles: reis, pastores, pescadores, funcionário público, sacerdotes, general e um médico. Interessante que todos eles fizeram a mesma observação: - Não escrevemos nossas próprias idéias, mas, as de Deus!
Segundo a edição em inglês, de 1988, do livro dos recordes, calcula-se que entre 1815 e 1975 foi impresso 2.500.000.000 de exemplares da Bíblia. Nenhum outro livro na história se quer chegou próximo dessa cifra. A Bíblia também é o único livro que foi traduzido para mais de 1.800 idiomas diferentes e por isso hoje, ela está disponível a quase 100% da população mundial. A Nova Enciclopédia Britânica classifica a Bíblia como “provavelmente a coleção mais influente de livros na história humana”.
Muitas obras antigas ainda existem hoje porque foram gravadas em pedra ou em duráveis tábuas de argila. Mas isso não aconteceu com a Bíblia. Esta foi originalmente escrita em papiro ou em pergaminho, materiais muito mais perecíveis. Assim os manuscritos produzidos pelos escritores originais já desapareceram há muito tempo. Então como foi preservada a Bíblia?
No passado existiam os Massoretas, eles se encarregavam de copiar o livro sagrado. Era considerada uma função nobre e, o cuidado que se tinha para reproduzir as escrituras era tanto, que as letras eram contadas uma a uma para não escapar qualquer erro!
O professor Norman K. Gottward relata: “Uma noção do cuidado com que eles [os escribas encarregados de preservar o tradicional texto Hebraico] se desincumbiram dos seus deveres é indicada no requisito rabínico de que todos os novos manuscritos fossem revisados e as cópias falhas rejeitadas imediatamente”. (A Light to the History of the Biblical Text, editado por Frank Moore Cross e Shemaryahu Talmon, 1975 – pp. 276 e 277)
Milhares de cópias foram laboriosamente feitas à mão e esta era a única maneira normal que se tinha para reproduzir o livro. No entanto há um perigo quando se fazem cópias manuscritas. O arqueólogo e bibliotecário do Museu Britânico, explicou: “Ainda não foram criados a mão e o cérebro humanos que consigam copiar na inteireza uma obra extensa sem absolutamente nenhum erro... Forçosamente se introduziriam sem querer erros” (The Book of Books: An Introduction – pg. 222)
Portanto caso tenha ocorrido um erro no manuscrito original, este erro conseqüentemente se repetiu quando se tornou à base para outras cópias. Tendo em vista os muitos milhares de cópias da Bíblia feitas manualmente, como sabemos que este processo de reprodução não a alterou radicalmente a ponto de ficar irreconhecível?
Até 1947, era difícil de responder esta pergunta, mas 1947, porém, foram encontrados alguns fragmentos de manuscritos bem antigos próximos ao mar Morto, inclusive partes dos livros da Bíblia hebraica. Alguns dos fragmentos datam de antes do tempo de Cristo. Os eruditos compararam-nos com manuscritos hebraicos existentes, para confirmar sua exatidão.
Uma das obras mais antigas descobertas foi o livro inteiro de Isaías, e a exatidão deste texto em comparação com a Bíblia atual é espantosa. O professor Millar Burrows escreve: “Muitas das diferenças entre o [recém-descoberto] rolo de Isaías e o texto massorético podem ser explicadas como erros de cópia. Fora disso, no todo, há uma notável concordância com o texto encontrado nos manuscritos medievais. Tal concordância num manuscrito bem mais antigo fornece um testemunho que renova a confiança na exatidão geral do texto tradicional. É de admirar que no decorrer de uns mil anos o texto tenha sofrido tão pouca alteração”. (The Dead Sea Scrolls, de Millar Burrows, 1955 – pp. 303, 304)
A bíblia sempre foi alvo de oposição e ódio. Bíblias eram queimadas em fogueiras públicas desde a Idade Média e mesmo nos tempos modernos a leitura e distribuição da Bíblia tem sido punidas com multas e prisões. Em séculos passados, tais “crimes” muitas vezes levavam a tortura e morte.
Por incrível que pareça a própria igreja católica na pessoa dos papas Gregório VII e Inocêncio III fez tremendos esforços para impedir que a Bíblia fosse traduzida para a língua cotidiana do povo. Paralelo a isso, ocorreu uma total devoção por parte de muitos para preservar esse livro apesar da implacável perseguição religiosa e política.
Diante disso e considerando a incrível trajetória da Bíblia, aos pseudo-intelectuais que não sei porque, querem hoje destruí-la, gostaria de dizer que a Bíblia jamais será destruída ou se quer cairá no esquecimento como acontece aos livros comuns escritos pelo homem, que com o passar do tempo inevitavelmente se tornam obsoletos. Para a Bíblia o tempo passou, no entanto suas mensagens continuam mais vivas do que nunca e digo mais, se todos aplicassem a metade dos conselhos bíblicos certamente nós viveríamos numa harmonia tão plena a ponto de antever a promessa bíblica de um paraíso aqui na terra!
Praticamente todas as religiões utilizam a Bíblia, mas nenhuma aplica de fato seus conselhos. Nenhuma segue a orientação bíblica: “ De graça recebeis, de graça daí”; “ Tens de amar seu próximo como a ti mesmo”. Quando Jesus estava para ser morto, ele foi questionado a respeito do governo que ele pregava e respondeu: - “ Meu Reino não faz parte desse mundo.” Ele também foi questionado sobre os impostos e ele disse: “ Veja a figura estampada nessa moeda, de quem é? – É de César disseram. - Ora, daí a César o que é de César e a Deus as coisas de Deus.”
Será que sua religião aplica esses exemplos bíblicos? Cobram para ensinar? Demonstram o verdadeiro amor ao próximo? Jesus não tinha o mínimo de interesse nos assuntos políticos e o que dizer da sua religião? Seus líderes participam na política pedindo votos ou se candidatando como deputados, senadores e presidentes? Caso diga sim, ela está muito longe de seguir os conselhos e orientações bíblicas.
Aos obstinados em apontar erros, falhas e incoerências na Bíblia eu gostaria de informar ainda que os escritores da bíblia foram inspirados por Deus como eles mesmos afirmaram, no entanto os copistas (massoretas) não! De modo que pode ter havido erros, mas em nada esses erros alteraram a essência da mensagem que chegou praticamente intacta até nós como comprova o Rolo do Mar Morto! Talvez você ainda pergunte: - Ora, porque o Deus perfeito permitiria a ocorrência desses erros? Aí eu digo: - Ora, quem sabe Deus não tenha inserido propositadamente alguns erros justamente para afastar certas pessoas que não tem o mínimo interesse em servi-lo?
Um erudito chamado James Barr escreveu: “ Meu relato sobre a formação da tradição bíblica é um relato sobre trabalho humano. È a declaração da crença do homem”.(The Bible in the Modern World – de James barr, 1973, p.120)
Essa é sua opinião? Não importa como responda a esta pergunta, considere apenas o seguinte: Se a Bíblia for apenas a palavra de homem, então, logicamente, não há solução clara para os problemas da humanidade. A humanidade terá simplesmente que se arranjar sozinha! Contudo, se a Bíblia for mesmo a Palavra de Deus, então ela é exatamente o livro antigo mais atual que nunca, e que necessitamos para conseguir passar por estes tempos difíceis, entendendo plenamente quais são os planos deDeus para o nosso futuro!
José Roberto Braz
Consultor de empresas, músico e produtor de áudio digital
