A história abordada hoje por Elio Gaspari em sua coluna, publicada em muitos jornais pelo Brasil afora, é emblemática sobre o governo de Lula Lá. Refiro-me à primeira-cadela. Haverá um correspondente masculino, um primeiro-cão? Quem será o quadrúpede manda-chuva? Se disserem que eu disse que é Lula Lá eu desminto. Sequer admito que insinuei.
O paralelo com Magri, ministro do Trabalho de Collor, se impõe. Quem não lembra do famoso “cachorro também é gente”? Collor começou com cachorrada e acabou em cachorrada, corrido do governo qual cão sardento. Lula Lá terá um epílogo mais feliz? Juro por todos os santos que torço para que seja assim, embora não acredite. Reservo-me o direito da dúvida.
Notável também a coluna do Diogo Mainardi, publicada na Veja que está nas bancas. Ele, como eu, dá-se ao trabalho de ler os discursos do presidente. Concluímos a mesma coisa, pois uma só conclusão se impõe: Lula é um analfabeto funcional, que não sabe falar e, por isso, não sabe exatamente o que diz. É uma nulidade, ou será lulidade? O neologismo se impõe como sinônimo.
Os jornais todos, ao longo da semana, apontaram o bate-cabeça no governo, típico de neófitos despreparados. A própria Veja traz uma longa matéria sobre o assunto. Dizem os repórteres que falta liderança. Ora, se o homem não sabe falar, falta-lhe a condição para liderar. “Quem não se comunica se estrumbica”, já dizia o falecido Chacrinha, cuja alcunha estaria bem a designar o governo todo. Se não sabe falar, não sabe nada sobre os negócios do Estado, não sabe nada de nada. E o grão-vizir, isto é, o ministro José Dirceu, ainda não achou o tempo certo para as coisas e não conseguiu se impor como líder. Esse negócio de democracia, além de dar trabalho, permite que os supostos subordinados tenham idéias próprias e contrariem as ordens. Atrevidos! Ele deve estar pensando que Stalin é que estava certo: não obedeceu, pau (ou tiro, conforme o caso). Seu discípulo, Saddam Hussein, colocou o método em prática com sucesso. Será por isso que o PT o defende de forma tão incondicional (refiro-me a Saddam, claro, não ao método)?
Tudo isso só prova que a minha tese, a de que os piores chegaram ao poder, não é uma mera hipérbole. É um fato histórico. As lulidades estão sendo multiplicadas ao infinito. Lula governando, cercado de Zés Grazianos por todos os lados e auxiliado por Dirceu, só pode dar no que está dando: confusão. A máquina administrativa simplesmente parou. Uma situação dessas não pode permanecer muito tempo. Ou o governo aprende a governar ou os brasileiros terão que aprender a escolher melhor seus governantes, como fizeram nos tempos do Collor.
Enquanto isso, o tal Fome Zero, outra lulidade tocada diretamente por José, o Graziano Falastrão, está parado. Anulou, alulou, zerou, sei lá! Por que parou, parou por quê? Digo-lhe, meu caro leitor: parou porque não sabem como fazer. Governar dá um certo trabalho e requer competência. Reuniões intermináveis e síndrome de assembleísmo não matam a fome de ninguém. Podem matar, sim, mas de inanição e de raiva.
De minha parte, nem consigo me divertir. Dá pena. Um relato desse me dói até o mais fundo da alma. O povo brasileiro não merecia isso, mesmo tendo posto Lula Lá. O castigo está sendo desproporcional ao erro."